Contaminações, sexo e drogas pela poesia de Augusto dos Anjos e Gottfried Benn
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/190205 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2018. |
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Contaminações, sexo e drogas pela poesia de Augusto dos Anjos e Gottfried BennLiteraturaSexo na literaturaPoesia brasileiraPoesia alemãTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2018.A hipótese desta tese, contaminação linguística, nasce da observação do uso frequente de palavras estranhas / estrangeiras na poesia de Augusto dos Anjos e de Gottfried Benn. O aporte teórico que origina e fundamenta a pesquisa é o texto Wörter aus der Fremde , ( palavras do estrangeiro , [1959], 1990), de Theodor W. Adorno. O teórico explica como palavras estrangeiras causam uma ruptura na língua alemã porque são como a costela de prata que um autor insere no corpo da língua. Isso se revela como anorgânico, como certificado histórico do fracasso de toda padronização linguística. Tal disparidade não significa apenas o sofrimento da língua, como na famosa frase de Hebbel rompimento para a criação , mas também na realidade. (ADORNO, [1959], 1990, p. 219). À luz da teoria de Adorno, entre outros teóricos, explora-se a poesia a partir da hipótese da contaminação linguística como artifício literário (cf. Benn) que interrompe o fluxo turvo (cf. Adorno) da linguagem e provoca um desconforto na leitura, um estremecimento galvânico dirá Hugo Friedrich. Surgem, então, palavras estranhas / estrangeiras e incomuns para o contexto regular da poesia. Essas palavras penetram a linguagem e interrompem a comunicação. Nos poemas de Anjos destaca-se: a desarrumação dos intestinos / Assombra! Vede-a! Os vermes assassinos / Dentro daquela massa que o húmus come, / Numa glutoneria hedionda, brincam, / Como as cadelas que as dentuças trincam / No espasmo fisiológico da fome. (ANJOS, 1994, p. 197). Além disso, há palavras associadas à experiência por substâncias psicoativas e que desenvolvem a aversão, como no poema de Benn Cocaína ( Cocain ), em que as palavras não recorrentes provocam sensações repulsivas: estilhaçado eu ó grave abcesso purulento : / Febre dispersa defesa docemente estourada: / escorre, ó escorres tu dê à luz, / com ventre em sangue, a deformação. (BENN, 2006, p. 108). O rompimento do fluxo turvo , ou seja, da leitura linear ocorre pela interrogação diante dos versos de sentidos aparentemente dispersos, incompreensíveis. Investiga-se, assim, pela hipótese da contaminação linguística, a poesia de Anjos e Benn, destacando as intencionalidades da quebra e dispersão dos significados. Essa ruptura leva a reflexões críticas que emergem de contaminações temáticas como doenças, sexo e drogas pela poesia dos poetas.Barbosa, Maria AparecidaUniversidade Federal de Santa CatarinaRohr, Cilene Trindade2018-09-27T04:05:11Z2018-09-27T04:05:11Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis265 p.| il.application/pdf354181https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/190205porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-09-27T04:05:14Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/190205Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732018-09-27T04:05:14Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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