Uma aleluia bárbara gritada: a atualidade de Augusto dos Anjos
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/229808 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-graduação em Literatura, 2021. |
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Uma aleluia bárbara gritada: a atualidade de Augusto dos AnjosLiteraturaPoesia brasileiraAlegoriaModernidadeDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-graduação em Literatura, 2021.Nesta dissertação procuramos responder algumas questões acerca da poesia de Augusto dos Anjos, tais como: Quem é o Eu identificado pelo título de seu único livro? Quem são os doentes, cujas sinas são narradas no poema de mesmo título? Qual a especificidade do fazer com a linguagem presente na poética deste autor? A partir de uma homofonia presente em \"Os Doentes\" entre as palavras hética ? significando tísica ? e ética ? dimensão humana da escolha ? realizamos uma leitura que procurou salientar a intenção alegórica como procedimento literário adotado pelo poeta. Durante o trabalho de pesquisa nos deparamos com algumas afinidades entre a poética de Augusto dos Anjos e a psicanálise e também com a poesia de Charles Baudelaire, como analisada pelo filósofo Walter Benjamin. Contrariamente a outras leituras de cunho biográfico ou psicologista, esta análise procura demonstrar que a doença, o verme, a podridão, a caveira, a morte, entre outras, são imagens alegóricas construídas pelo poeta para revelar uma barbárie encoberta sob o verniz da cultura na modernidade em seu desenfreado avançar sobre alguns povos e rumo ao esgotamento de recursos naturais. A crise vivida na passagem do século XIX para o XX, prenúncio das catástrofes por vir, permitiu ao poeta retratar a História como tempo arruinado e nos legou uma poesia capaz de nos advertir acerca da repetição do adoecimento ético nos dias atuais. Nessa poesia, as doenças orgânicas e as mazelas psíquicas descritas pelo Eu lírico são dimensões paralelas ao que é descrito como degeneração ética.Abstract: In this dissertation we try to answer some questions about Augusto dos Anjos' poetry, such as: who is the I identified by the title of his only book; who are \"the sick\", whose signs are narrated in the poem of the same title; what is the specificity of the act to do with the language present in this author's poetics. From a homophony present in \"The sicks\" between the words hetic - meaning phthisis - and ethics - human dimension of choice - we adopted a reading that sought to highlight the allegorical procedure adopted by the poet. During the research work, we came across some affinities between Augusto dos Anjos' poetics and psychoanalysis, as well as Charles Baudelaire's poetry, as analyzed by the philosopher Walter Benjamin. Contrary to other readings of a biographical or psychologist nature, the present analysis seeks to demonstrate that the disease, the worms, the rot, the skull, the death, among others, are allegorical images constructed by the poet to reveal a barbarism hidden under the varnish of culture in modernity, in its unbridled advance on some people and towards the depletion of natural resources. The crisis experienced at the turn of the 19th to the 20th century, a foreshadow of the catastrophes to come, allowed the poet to portray history as a ruined time and convey us a poetry capable of warning us about the repetition of ethical illness in the present day. In this poetry, the organic diseases and psychic ailments described by the lyrical self are dimensions parallel to what is described as ethical degeneration.Andrade, Ana Luiza Britto Cezar deUniversidade Federal de Santa CatarinaFlôres, Claudemir Pedroso2021-11-11T19:24:50Z2021-11-11T19:24:50Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis187 p.| il.application/pdf373573https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/229808porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-11-11T19:24:50Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/229808Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732021-11-11T19:24:50Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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