Percepções e dimensões espaciais do uso dos serviços ecossistêmicos: subsídios para análise de risco e gestão do Ecossistema Babitonga

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Herbst, Dannieli Firme
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216039
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2020.
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spelling Percepções e dimensões espaciais do uso dos serviços ecossistêmicos: subsídios para análise de risco e gestão do Ecossistema BabitongaEcologiaServiços ambientaisTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2020.Estudos sobre serviços ecossistêmicos vêm crescendo em todo o mundo, tendo o conceito e aplicações evoluido no sentido de permitir abordagens ecossistêmicas que integrem diferentes sistemas de conhecimento e busquem conectar com a gestão. A presente tese identifica e mapeia o uso de serviços ecossistêmicos, com base na percepção dos usuários diretos do ecossistema Babitonga (pescadores, maricultores, agentes de turismo e recreação, agentes de transporte aquaviário e mineradores de areia), bem como identifica os conflitos e pressões, decorrentes dos usos para o ecossistema e demais usuários. O primeiro capítulo da Tese investigou a percepção de usuários diretos sobre os serviços ecossistêmicos obtidos do ecossistema Babitonga, norte de Santa Catarina, e explorou como transformar este sistema de governança costeiro a partir de uma perspectiva ecossistêmica dos valores compartilhados da natureza. O segundo capítulo, além de mapear as atividades e usos dos serviços ecossistêmicos, descreveu e analisou os conflitos, as cadeias de impacto e os riscos decorrentes de múltiplos usos diretos, no ecossistema como um todo e em três diferentes habitats: manguezais, fundo rochoso consolidado (lages) e coluna d?água. Os dados apresentados foram coletados de forma colaborativa e integrativa a partir de três ciclos de oficinas com os usuários diretos do ecossistema (39 oficinas). No primeiro capítulo obtivemos 285 citações, categorizadas em 127 serviços ecossistêmicos diferentes e 31 subcategorias, codificadas em tipologias convencionais de serviços ecossistêmicos). Os serviços: alimento (provisão) e turismo e lazer (cultural) foram percebidos por todos os grupos de usuários, destacando-se como serviços de valor compartilhado. Foram observadas diferenças de percepção entre grupos. Atualmente as políticas públicas, fragmentadas e baseadas em interesses econômicos, supervalorizam alguns serviços, sem considerar a manutenção dos usos/ atividades e qualidade de vida de todos os usuários e da população do ecossistema, o que gera assimetrias de poder e usos insustentáveis. No segundo capítulo mapeamos 28 atividades realizadas no ecossistema, destacando o uso de 10 tipos de serviços ecossistêmicos: quatro de provisão (ex. alimento, areia e óleo) e seis culturais (ex. navegação, turismo, beleza cênica e pesca esportiva). As áreas mais utilizadas coincidem com as áreas com maior quantidade de conflitos. Pescadores e agentes de Turismo e recreação são os setores mais envolvidos em conflitos e ambos recebem pressões de todos os outros grupos de usuários. Todos os habitats analisados estão sob alto risco. Na busca de alternativas para alcançar um sistema socioecológico mais coerente e equitativo social e ecologicamente, os dois capítulos trazem caminhos e recomendações para uma agenda de gestão transformativa e baseada no ecossistema. Ambos capítulos ressaltam a relevância dos valores compartilhados (alimento e turismo). O acesso às percepções de diferentes usuários a partir de uma mesma metodologia foi essencial para indicar caminhos, as atividades e os tipos de uso que devem ser priorizados no processo de gestão a partir da avaliação de risco dos habitats e do ecossistema como um todo: a pesca, maricultura e as atividades do turismo e recreação. Ao final, apresentamos contribuições da Tese no desenvolvimento teórico-metodológico do campo de pesquisa e aplicações da abordagem de serviços ecossistêmicos.Abstract: Ecosystem services studied have been increasing around the world, and the concept and applications evolved to allow ecosystem-based approaches that integrate different knowledge systems and seek to increase the understanding and response of decision-makers to their management needs. This thesis aimed to identify and map the use of ecosystem services, based on the perception of direct users of the Babitonga ecosystem (fishers, mariculture, tourism and recreation, water transport and sand miners agents), as well as to identify the conflicts and pressures arising from uses of the ecosystem and other users in an ecosystem-based approach. The Thesis is organized in two chapters. The first investigated the perception of direct users about ecosystem services obtained from the Babitonga ecosystem, North of Santa Catarina state coast, and explored how to transform this coastal governance system with the opportunity of ecosystem-based management and by translating shared values from nature. The second, in addition to mapping the activities and uses of ecosystem services, described and analyzed the impacts chains, conflicts and risks arising from multiple direct uses on the ecosystem as a whole and in three different habitats: mangroves, consolidated rocky bottom (submerged outcrops) and water column. The data were collected collaboratively and integratively with the direct users of the ecosystem during three workshop cycles (39 workshops). In the first chapter we obtained 285 citations, categorized into 127 different ecosystem services and 31 subcategories, encoded in conventional typologies of ecosystem services). The services: food (provision) and tourism and leisure (cultural) were perceived by all user groups, standing out as services of shared value. Differences in perception were observed between groups. Currently, fragmented policies based on economic interests overvalue some services, without considering the maintenance of the uses / activities and quality of life of all users and the population of the ecosystem, which generates power asymmetries and unsustainable uses. In the second chapter we mapped 28 activities carried out in the ecosystem, highlighting the use of 10 types of ecosystem services: four provisioning services (e.g., food, sand and oil) and six cultural services (e.g., navigation, tourism, scenic beauty and sport fishing). The most used areas coincide with the areas with the most conflict. Fishermen and tourism and recreation agents are the sectors most involved in conflict and both receive pressures from all other user groups. All three habitats analyzed are at high risk. In the search for alternatives to achieve a more coherent and socially and ecologically equitable social and ecological system, the two chapters provide paths and recommendations for a transformative and ecosystem-based management agenda. This thesis highlight the relevance of shared values (food and tourism). Access to the perceptions of different users from the same methodology was essential to indicate paths, activities and types of use that should be prioritized in the management process from the risk assessment of habitats and the ecosystem as a whole: fishing, mariculture and tourism and recreation activities. Finally, we present Thesis contributions in the theoretical-methodological development of the research field and applications of the ecosystem services approach.Hanazaki, NatáliaUniversidade Federal de Santa CatarinaHerbst, Dannieli Firme2020-10-21T21:24:57Z2020-10-21T21:24:57Z2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis120 p.| il., gráfs.application/pdf369796https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216039engreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-10-21T21:24:57Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/216039Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-10-21T21:24:57Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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