Influência dos fatores biopsicossociais e da manipulação vertebral no controle da dor em indivíduos com dor lombar inespecífica crônica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vier, Clécio
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/214851
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Neurociências, Florianópolis, 2019.
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spelling Influência dos fatores biopsicossociais e da manipulação vertebral no controle da dor em indivíduos com dor lombar inespecífica crônicaNeurociênciasDor lombarManipulação da colunaNeurofisiologiaTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Neurociências, Florianópolis, 2019.A dor lombar é considerada a maior causa de incapacidade no mundo, e nos últimos anos, pesquisas vem mostrando o envolvimento dos fatores biopsicossociais na cronificação e manutenção da dor lombar. Entretanto, há fatores como a resiliência que estão envolvidos na melhora da dor lombar. Com isso, fisioterapeutas utilizam vários tratamentos para tentar diminuir a queixa principal desses indivíduos, sendo que os tratamentos multimodais têm se mostrado mais eficazes se comparados à aplicação isolada de uma técnica. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a intensidade e limiar de dor, a incapacidade, os aspectos psicossociais, o sono, e a qualidade de vida, bem como o efeito da manipulação vertebral associada à educação em neurociências da dor em indivíduos com dor lombar inespecífica crônica. Para isso, foi realizado um ensaio clínico sham-controlado aleatorizado, estudos observacionais de inter-relação dos fatores biopsicossociais e uma pesquisa de tradução, adaptação transcultural e propriedades psicométricas da Escala em Resiliência na Dor. Ao total, 422 indivíduos com idade entre 18 e 65 anos foram recrutados para as pesquisas. Para o ensaio clínico sham-controlado aleatorizado, os indivíduos foram randomizados em dois grupos: grupo experimental: Manipulação vertebral mais educação em neurociências da dor; grupo Sham: Terapia sham mais educação em neurociências da dor. Foram realizados 12 atendimentos, sendo dois atendimentos semanais, durante 6 semanas. A análise estatística foi aplicada com o objetivo de analisar o efeito do tratamento e relacionar os desfechos entre os grupos nas medidas de resultado do pré e pós-tratamento e follow-up de 12 semanas. Os dados mostram que o desfecho primário dessa pesquisa, intensidade da dor, foi reduzido. Contudo, não foi encontrada diferença significativa entre os grupos no pós-tratamento (diferença entre grupos: -0,6 pontos, IC 95%: -1,5 a -0,3) e no follow-up de 12 semanas (diferença entre grupos: -0,4 pontos, IC 95%: -1,6 a 0,8). Entretanto, foi observada uma melhora significativa da incapacidade no follow-up de 12 semanas (diferença entre grupos: -2,7 pontos, IC 95%: -0,55 a 0,1) e da qualidade de vida na subescala física dos indivíduos (diferença entre grupos: -3.6%, IC 95%: 0,3 a 6,9) entre a manipulação vertebral e a terapia Sham no pós-tratamento. Os demais desfechos não apresentaram diferença estatisticamente significante entre os grupos. Além disto, foi encontrada uma alta relação entre incapacidade e risco de mau prognóstico (r= 0,74; p<0,01), bem como correlações moderadas entre a intensidade de dor e a catastrofização (r= 0,63; p<0,05), e a qualidade do sono e a resiliência (r= -0,45; p<0,05). Ademais, foi observada coerência nos achados da avaliação intra (CCI: 0,90; IC 95%: 0,75 ? 0,96; a-Chronbach: 0,95), inter-observador (CCI: 0,68; IC 95%: 0,33 ? 0,86; a-Chronbach: 0,81), no teste-reteste (CCI: 0,87; IC 95%: 0,60 - 0,87; a-Chronbach: 0,87), bem como na validade divergente e preditiva, e responsividade da escala, assim como a tradução e adaptação transcultural da Escala em Resiliência na Dor se mostrou de fácil compreensão. Desta forma, conclui-se que estes resultados reforçam a importância da utilização de tratamentos voltados para os fatores biopsicossociais do indivíduo com dor lombar inespecífica crônica, além de reafirmar que uma abordagem multimodal contribui para redução da dor e melhora da incapacidade e qualidade de vida desses indivíduos. Futuros estudos podem considerar a investigação dos efeitos à longo prazo dessa combinação de técnicas e analisar variáveis como a qualidade do sono e a resiliência como desfechos do tratamento.Abstract: Low back pain is the main cause of disability worldwide, in recent years researches have been showing the evolvement of biopsychosocial factors in the chronification and maintenance of this condition. On the other hand, factors as resilience is also evolved in the improvement of this condition. Thereby, physical therapists have been using many treatments to decrease the individuals? chief complaint. Then, multimodal treatments have been shown more effective than single techniques. In this way, the aim of this research is to evaluate intensity and threshold of pain, disability, psychosocial factors, sleep, and quality of life, as well as the effect of the vertebral manipulation and pain neuroscience education in individuals with chronic nonspecific low back pain. For this, it is done a randomized sham-controlled trial, cross-sectional studies and one research of translation, cross-cultural adaptation and psychometric properties of the Pain Resilience Scale. In total, 422 individuals aging from 18 to 65 years old were recruited. In the randomized sham-controlled trial, individuals were randomized in two treatment groups: Experimental Group: Spinal manipulation plus pain neuroscience education; Sham Group: Sham treatment plus pain neuroscience education. Twelve appointments were done, two times a week, for 6 weeks. After data collection, statistical analysis was applied to compare and relate outcomes between groups on pre, post treatment and 12-weeks follow-up. Our main outcome, pain intensity, was decreased in both groups, but it was not found between-group difference in post-treatment (between-group difference: -0,6 points, CI 95%: -1,5 a -0,3), and 3-month follow-up (between-group difference: -0,4 points, IC 95%: -1,6 a 0,8). Results showed a benefic effect of spinal manipulation to disability (between-group difference: -2,7 points, 95% IC: -0.55 to 0.1) in the 3-month follow-up, and physical subscale of quality of life (-3.6%, 0.3 to 6.9) in the 6-week follow-up. Other outcomes in this research did not show significance between-group difference. In relation to cross-sectional studies was observed high correlation between disability and risk of poor prognosis (r = 0.74; p<0.01), and it was also observed moderate correlations between pain intensity and catastrophizing (r = 0,63; p<0,05), and between quality of sleep and resilience (r= -0,45; p<0,05). In addition, it was observed consistency on intra (ICC: 0,90; CI 95%: 0,75 ? 0,96; a-Chronbach: 0,95), inter-rater (ICC: 0,68; CI 95%: 0,33 ? 0,86; a-Chronbach: 0,81), and also on test-retest (ICC: 0,87; CI 95%: 0,60 - 0,87; a-Chronbach: 0,87), as well as on divergent and predictive validation, and responsivity of the scale, even as translation and psychometric properties of Pain Resilience Scale was considered of easy reading comprehension. Thus, these results strengthen the importance of applying a treatment looking widely to biopsychosocial factors in individuals with chronic nonspecific low back pain, in addition to reaffirming that a multimodal approach contributes to decrease pain condition and disability and improve quality of life in these individuals. Future studies must consider a long-term investigation of this approach and analysis variables as sleep and resilience as outcomes of this approach.Santos, Adair Roberto Soares dosUniversidade Federal de Santa CatarinaVier, Clécio2020-10-21T21:10:27Z2020-10-21T21:10:27Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis115 p.| il., gráfs.application/pdf369217https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/214851porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-10-21T21:10:27Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/214851Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-10-21T21:10:27Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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