Exposição ocupacional de trabalhadores rurais a agrotóxicos como fator de risco para depressão: avaliação de parâmetros inflamatórios, bioquímicos e oxidativos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zanchi, Mariane Magalhães
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/252484
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2023.
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spelling Exposição ocupacional de trabalhadores rurais a agrotóxicos como fator de risco para depressão: avaliação de parâmetros inflamatórios, bioquímicos e oxidativosFarmáciaDepressãoProdutos químicos agrícolasEstresse oxidativoAnsiedadeTrabalhadores ruraisTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2023.O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo e um dos maiores consumidores de agrotóxicos. Este estudo buscou elucidar os mecanismos pelos quais a exposição ocupacional a agrotóxicos pode levar ao desenvolvimento de transtornos mentais comuns, como ansiedade e depressão. realizou-se uma revisão sistemática, investigando se a exposição ocupacional a agrotóxicos é fator de risco para depressão, ansiedade e suicídio. Os resultados mostraram que a exposição a agrotóxicos é fator de risco para depressão e que intoxicações prévias ou múltiplas intoxicações por agrotóxicos aumentam as estimativas de risco para depressão ou outros transtornos mentais. Demonstrou-se também que as taxas de suicídio aumentam em áreas dedicadas à agricultura com consumo intensivo de agrotóxicos. Os dados sugerem que deve ser dedicada maior atenção à saúde mental do agricultor. Posteriormente, avaliou-se a saúde mental dos trabalhadores rurais do Oeste Catarinense, assim como o perfil oxidativo e inflamatório. Foram selecionados trabalhadores rurais expostos ocupacionalmente a agrotóxicos para o grupo teste, e indivíduos residentes na área urbana do município de Maravilha/SC não expostos ocupacionalmente a agrotóxicos para o grupo controle. Foram coletados dados sócio demográficos, história ocupacional e história clínica dos participantes. Como instrumento de avaliação do estado emocional foi aplicado o Inventário de Ansiedade (IDATE) e o Inventário de Beck para depressão (IDB). Parâmetros bioquímicos, inflamatórios e de dano oxidativo foram avaliados em amostras de sangue de ambos os grupos. A classe de agrotóxicos mais utilizada pelos participantes do estudo foi a dos herbicidas, com destaque para o glifosato. O grupo exposto apresentou pontuação maior para sintomas depressivos quando comparado ao grupo controle, além de apresentar sintomas mais graves de depressão. A exposição crônica a agrotóxicos induziu estresse oxidativo e modificador periférico, mesmo na ausência de intoxicação aguda, e pode ser um dos mecanismos de neurotoxicidade provocada pelos agrotóxicos. Além da neurotoxicidade, a baixa escolaridade também parece estar associada a sintomas depressivos em agricultores. No entanto, mais estudos são necessários para elucidar o mecanismo de indução da neurotoxicidade dos agrotóxicos, e sua relação com transtornos mentais comuns.Abstract: Brazil is one of the largest food producers in the world and one of the largest consumers of pesticides. This study sought to elucidate the mechanisms by which occupational exposure to pesticides can lead to the development of common mental disorders, such as anxiety and depression. Initially, a systematic review was carried out, investigating whether occupational exposure to pesticides is a risk factor for depression, anxiety and suicide. The results showed that occupational exposure to pesticides is a risk factor for depression and that previous pesticide poisoning increases risk estimates for depression or other mental disorders. It has also been shown that suicide rates increase in areas dedicated to agriculture with intensive consumption of pesticides. The data suggest that more attention should be dedicated to the mental health of the farmer. Subsequently, the mental health of rural workers in western Santa Catarina was evaluated, as well as the oxidative and inflammatory profile. Rural workers occupationally exposed to pesticides were selected for the test group, and individuals residing in the urban area of the municipality of Maravilha/SC not occupationally exposed to pesticides for the control group. Sociodemographic data, occupational history and clinical history of the participants were collected. Anxiety Inventory (STAI) and Beck Depression Inventory (BDI) were used as an instrument to assess emotional state. Biochemical, inflammatory and oxidative damage parameters were evaluated in blood samples from both groups. The class of pesticides most used by study participants was herbicides, with emphasis on glyphosate. The exposed group had a higher score for depressive symptoms when compared to the control group, in addition to having more severe symptoms of depression. Chronic exposure to pesticides induced oxidative stress and peripheral inflammation, even in the absence of acute intoxication, and this may be one of the mechanisms of neurotoxicity induced by pesticides. In addition to neurotoxicity, low education also seems to be associated with depressive symptoms in farmers. However, further studies are needed to elucidate the mechanism of induction of neurotoxicity from pesticides, and its relationship with common mental disorders.Souza, Ariane Zamoner Pacheco deUniversidade Federal de Santa CatarinaZanchi, Mariane Magalhães2023-12-05T23:29:59Z2023-12-05T23:29:59Z2023info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis140 p.| tabs.application/pdf385227https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/252484porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-05T23:29:59Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/252484Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732023-12-05T23:29:59Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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