Os recursos hídricos na bacia do Rio Jacutinga, Meio-Oeste de SC: o uso da terra e a qualidade das águas.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/200113 |
Resumo: | A bacia hidrográfica do Rio Jacutinga integra a Região Hidrográfica do Vale do Rio do Peixe (RH3), na região Oeste de Santa Catarina. Está situada na província hidrogeológica do Paraná, sobre aquífero fissural da Formação Serra Geral (SASG), em área do bioma Mata Atlântica. A bacia é caracterizada pela criação intensiva de suínos e aves, base da indústria de alimentos, e dá sustentação a um parque agroindustrial altamente competitivo. A suinocultura catarinense é reconhecida pela sua produtividade, participando com aproximadamente 30% das exportações brasileiras do setor (IBGE, 2011). Atividade potencialmente poluidora, a suinocultura é considerada por diversos autores como a principal responsável pelo comprometimento da qualidade da água no Oeste de Santa Catarina (SC/SDM, 1997; LINDNER, 1999; GUIVANT e MIRANDA, 2004), em decorrência da densidade de animais (+ de 300 suínos/km2 ), do volume de efluente aí produzido, e da inexistência de área agricultável suficiente para a aplicação deste nutriente como fertilizante. Os indícios de degradação dos corpos hídricos superficiais e a ocorrência de estiagens, fez aumentar a perfuração de poços profundos, e os riscos de poluição dos mananciais subterrâneos. A caracterização físico-química e microbiológica de uma amostra de água oriunda de 23 poços profundos e 11 pontos superficiais foi o instrumento de análise dos usos da terra, com vistas a ampliar a percepção para a importância da gestão do território na manutenção da qualidade dos recursos hídricos, na sustentabilidade ambiental e na saúde da população. Nas análises de qualidade da água subterrânea, constatou-se amostras com os parâmetros coliformes totais e termotolerantes, turbidez, ferro, fósforo e manganês em desconformidade com os padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria 2.914 (BRASIL/MS, 2011), indicando a necessidade de monitoramentos sistemáticos e novos estudos, em virtude dos riscos decorrentes dessa situação para a saúde pública. Nas amostras de águas superficiais, evidenciou-se a presença de turbidez, manganês, nitrogênio total, ferro total, sólidos suspensos e totais, DQO e fósforo em um número significativo de amostras, além de coliformes totais, coliformes termotolerantes e DBO em 100% das amostras analisadas. O Índice de Qualidade das Águas superficiais (IQA) calculado segundo a National Sanitation Foundation (NSF), resultou em valores entre 26 e 51, com classificação ruim para 10 amostras da água superficial analisada, e apenas uma amostra com classificação aceitável, evidenciando restrições ao uso desse manancial no abastecimento público (CONAMA 357/2005). |
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