A subdeterminação semântica da metáfora

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schiochett, Daniel
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/179013
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2017.
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spelling A subdeterminação semântica da metáforaFilosofiaMetáforaSemântica (Filosofia)LingüísticaTeoria do minimalismo (Linguística)Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2017.A tese deste trabalho consiste em sustentar que o melhor conceito para tratar da relação entre metáfora e linguagem é o da subdeterminação semântica. Entretanto, o modo mais comum de tratar o fenômeno das metáforas, denominado no texto de quadro semântica-pragmática, relega à pragmática (e não à semântica, como era de se esperar) a função de explicar como o significado metafórico de uma frase é um acarretamento gerado pelo contexto. Segundo este quadro, uma metáfora não diz respeito diretamente à semântica da frase mas às intenções dos falantes contextualmente disponíveis. Neste quadro, metáforas seriam indeterminadas semanticamente pois acarretamentos pragmáticos são virtualmente infinitos e não precisam remeter à proposição semanticamente expressa. Argumentamos, entretanto, que essa não é uma boa solução pois metáforas parecem depender do que é dito por meio do código linguístico, o que sugere algum tipo de determinação semântica, mesmo que parcial. Os dados das ciências cognitivas também não corroboram a tese do quadro semântica-pragmática apesar de oferecerem indícios importantes acerca do modo como percebemos semelhanças e extrapolamos domínios de experiência. Contudo não são ainda felizes em apresentar algum tipo de alternativa que vincule diretamente o fenômeno das metáforas à existência do código linguístico. As melhores alternativas para o tratamento da questão nascem do debate entre contextualismo e minimalismo semânticos. Metáforas seriam casos de flexibilidade semântica também presentes em outros fenômenos linguísticos. Para o minimalismo, metáforas podem ser tratadas através da introdução de um operador lexical que garantiria a flexibilidade contextual necessária a termos semânticos contextualmente dependentes. Para o contextualismo, metáforas acontecem quando termos em uma frase funcionam como conceitos ad hoc e são passíveis de enriquecimentos pragmáticos fortes. Apesar de não chegarem a uma única solução, o debate entre minimalismo e contextualismo oferece explicações do fenômeno que corroboram a hipótese da subdeterminação semântica defendida nesta tese.<br>Abstract : The thesis of this work intends to sustain that the best concept to deal with the relationship between metaphor and language is the one of semantic underdetermination. However the most common way of dealing with the phenomenon of metaphors, referred in the text as semantic-pragmatic picture, relegates to pragmatic (not to semantics as expected) the function of explaining how the metaphorical meaning of a phrase is a context-generated entailment. According to this picture, a metaphor is not directly related to the phrase semantics but to the speaker intentions in the context available. It shows that metaphors would be indeterminate semantically because pragmatic entailments are virtually infinite and do not need to refer to the semantically expressed proposition. We argue, however, that this is not a good solution because metaphors seem to depend on the linguistic code, suggesting some sort of semantic determination, even if partial. Cognitive sciences data do not corroborate the thesis of the semantic-pragmatic picture too, despite providing significant evidence about how we perceive similarities and extrapolate experiences domain. Yet they still can not produce an alternative which directly links the phenomenon of metaphors to the existence of the linguistic code. The best alternatives to handle with matter come from the debate between contextualism and semantic minimalism. Metaphors would be cases of semantic flexibility also present in other linguistic phenomena. For minimalism, metaphors can be addressed through the introduction of a lexical operator that would guarantee the necessary contextual flexibility to contextually dependent semantic terms. For contextualism, metaphors occur when terms within a phrase function as ad hoc concepts and are amenable to strong pragmatic enrichments. Although they do not reach a single solution, the debate between minimalism and contextualism offers explanations of the phenomenon that corroborate the hypothesis of the semantic underdetermination presented in this thesis.Braida, Celso ReniUniversidade Federal de Santa CatarinaSchiochett, Daniel2017-09-05T04:15:50Z2017-09-05T04:15:50Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf347978https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/179013porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-09-05T04:15:50Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/179013Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732017-09-05T04:15:50Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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