Relativismo semântico: além de o minimalismo e contextualismo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Diogo Ferreira Codinha dos
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/17751
Resumo: Uma das disputas mais interessantes e vivas actualmente no âmbito da Filosofia da Linguagem é a disputa entre Minimalismo Semântico (MS) e Contextualismo Semântico (CS). Essa disputa aparentemente está relacionada com o que determina o conteúdo da elocução ou as suas condições de verdade. Demonstrarei num primeiro momento que essa disputa é meramente verbal e que a discussão entre MS e CS não tem qualquer cariz substantivo; ou seja, a divergência reside no facto de ambas as posições usarem a mesma noção fundamental de modo distinto, adoptando noções de conteúdo vero-condicional e de Semântica divergentes. Após defender que a discussão entre MS e CS é infrutífera, procurarei defender uma alternativa teórica que permita de forma substantiva opôr-se ao MS e ao CS, embora diferentemente; designarei essa alternativa por Relativismo Semântico (RS). O RS permitirá essa oposição, uma vez que não está comprometido com qualquer noção particular de conteúdo vero-condicional ou Semântica e, assim, pode perfeitamente dialogar com as posições minimalistas e contextualistas. Qualquer que seja a noção de conteúdo vero-condicional adoptada, o RS possuirá como sua tese principal que as condições de verdade de uma asserção só são determináveis mediante o recurso a um sistema de aferição das mesmas. Pretendo relançar uma das disputas mais populares no âmbito da Filosofia da Linguagem, redireccionando-a, para que a mesma não se resuma a uma discussão acerca do que é semanticamente relevante ou irrelevante, mas para que seja acerca de como é o conteúdo vero-condicional determinado; a questão que realmente importa.
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