Molduras poéticas: as dobras de Francisco Alvim

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zaparoli, Suzy
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/215662
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2019
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spelling Molduras poéticas: as dobras de Francisco AlvimLiteraturaPoesia brasileiraDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2019Nesta dissertação, propomos tecer uma análise das obras poéticas do poeta Francisco Soares Alvim Neto, a saber, Sol dos cegos (1968), Passatempo (1974), Dia sim, dia não (1978), Lago, montanha (1981), Festa (1981), Amostra Grátis (1957-1963), Exemplar Proceder (1978), Elefante (2000) e, sua mais recente produção, O Metro nenhum (2011), através do movimento entre interior e exterior, entre o dentro e fora. Dessa forma, buscamos perceber, em um primeiro momento, a transgressão da poética de Francisco Alvim no âmbito da construção de seus poemas que aparecem como gêneros outros, havendo, portanto, um trânsito entre o gênero poema e outros gêneros que estão fora daquilo que tradicionalmente conhecemos como poesia. Em um segundo momento, observamos, na construção poética das obras, o entrelaçamento de momentos históricos que se desdobram até à cena atual, pensando, conforme Walter Benjamin (2012), o conceito de história como ruína, sendo ela mesma, como a própria poesia, dobrável, ou seja, contendo várias camadas e fragmentos. Buscamos analisar, sobretudo, a (re)ação poética ao contexto sociopolítico da época em que o poeta iniciou seu fazer poético, mais especificamente, à ditadura militar (1964-1985), a qual criou um sistema de censura e repressão, para conter os sujeitos que se marcavam contra o regime. Também procuramos pensar os poemas-vozes, como destaca Flora Süssekind (2002), em que Francisco Alvim capta vozes de fora e traz para dentro do poema e relacioná-los com conceitos de teatralização, através da palavra como ?partilha de vozes? em diálogo com Nancy (2006) e com a teoria antropofágica de Oswald de Andrade (1928), em que há uma deglutição do outro, do diferente, para a criação de algo novo. Por fim, ao querermos captar os sons que Francisco Alvim traz em sua poesia, nos deparamos com outro elemento importante para a construção de sua poética: o olho. O último capítulo discute, portanto, a imagem que se abre como uma paisagem em uma janela, no sentido daquilo que se dá a ver ao poeta e o toca para que construa poemas que partem do dentro para fora. Esse movimento, entre interior e exterior, não pode ser lido como algo unidirecional, mas devemos pensar em um ?ser singular plural?, como proposto por Nancy (2006), que, para usar um termo de George Larossa Bondía (2002), atua no confim entre esses dois limites.Abstract: In this dissertation, we propose an analysis of the poetic works of Francisco Soares Alvim Neto: Sol dos cegos (1968), Passatempo (1974), Dia sim, dia não (1978), Lago, montanha (1981), Festa (1981), Amostra Grátis (1957-1963), Exemplar Proceder (1978), Elefante (2000) and, his more recent work, Metro Nenhum (2011), through the movement between inside and outside. So, we try to realize, in first moment, the poetic transgression of Francisco Alvim in the scope of the construction of his poems that appear as other genres, happening, therefore, movement among poem genre and other discursive genres that, traditionally, we don?t know how poetry. In a second moment, we observe, in the poetic construction, entanglement of historical moments that unfold to actual scene, thinking, in accordance with to Walter Benjamin (2012), the concept of history as ruin, that like poetry, is foldable, containing layers and fragments. We seek to analyses, mostly, the poetic (re)action to the sociopolitical context of the time in which the poet began his poetic making, specifically, to the Brazilian military dictatorship (1964-1985) that created a system of censorship and repression to restrain subjects that marked against the regime. We also seek to think of the poems-voices, as Flora Süssekind (2002) highlights, in which Francisco Alvim captures voices from outside and brings into the poem and relate them with dramatization concepts, through the word like ?sharing voices?, in dialogic with Nancy (2006) and with anthropophagic theory of Oswald de Andrade (1928), in that there deglutition the other, for the creation of new something. Finally, when we want to capture the sounds that Francisco Alvim brings in his poetry, we come across another important element for the construction of his poetic: the Eye. The last chapter discusses, therefore, the image that opens up as a landscape in a window, in the sense of what is seen to the poet and the plays him for that he builds poems that depart from the inside for out. This movement, between interior and exterior, cannot be read as unidirectional something, but we must to think of a ?being singular plural?, as proposed by Nancy (2006), who, to use a term of George Larossa Bondía (2002), acts in the confim between these two limits.Fonseca, Jair Tadeu daUniversidade Federal de Santa CatarinaZaparoli, Suzy2020-10-21T21:19:06Z2020-10-21T21:19:06Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis144 p.| il.application/pdf362397https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/215662porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-10-21T21:19:06Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/215662Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732020-10-21T21:19:06Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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