Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) em pacientes hospitalizados por descompensação aguda da cirrose com ou sem infecção bacteriana : embora semelhantes, muito diferentes!

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rayes, Ariane Borgonovo
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/185381
Resumo: Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Cuidados Intensivos e Paliativos, Florianópolis, 2017
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spelling Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) em pacientes hospitalizados por descompensação aguda da cirrose com ou sem infecção bacteriana : embora semelhantes, muito diferentes!Ciências médicasTerapia intensivaCuidados paliativosCirrose hepáticaInfecçãoDissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Cuidados Intensivos e Paliativos, Florianópolis, 2017A imunossupressão própria da cirrose hepática, e a maior propensão a procedimentos invasivos diagnósticos e terapêuticos podem contribuir para uma maior prevalência de infecção bacteriana nesses pacientes. A síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) está presente em 40% a 60% dos indivíduos cirróticos na admissão hospitalar. A ativação do sistema imune, pela presença de infecção ou por outros fatores desencadeantes, leva à produção de grandes quantidades de mediadores inflamatórios, com ação em diferentes órgãos e quadro clínico sistêmico que tem sido observado em inúmeras doenças. No entanto, o impacto da SIRS com ou sem infecção no prognóstico desses indivíduos foi pouco estudado. Objetivos: Comparar as características clínicas, laboratoriais e o prognóstico de pacientes cirróticos hospitalizados por descompensação aguda com ou sem SIRS, relacionada ou não a infecções bacterianas (sepse). Métodos: Estudo de coorte prospectivo que avaliou indivíduos admitidos por cirrose descompensada em dois hospitais terciários de referência para tratamento de doenças hepáticas no Brasil. Resultados: Foram incluídos 543 pacientes com MELD de 17,2 ± 7,0; 43,0% classificados como Child-Pugh C e ACLF presente em 26,3%. Foram diagnosticados com SIRS 232 pacientes (42,7%) e, entre eles, 145 apresentavam infecção (62,5%) e 87 não apresentavam infecção (37,5%). Foram associados a presença de SIRS o uso de propranolol (OR 0,576; 95% IC 0,390 0,851; P = 0,006), HDA (OR 2,883; 95% IC 1,810 4,593; P < 0,001), encefalopatia (OR 1,520; 95% IC 1,016 2,274; P = 0,042), infecção nas primeiras 48 horas (OR 3,632; 95% IC 2,370 5,566; P < 0,001) e MELD elevado (OR 1,035; 95% IC 1,005 1,067; P = 0,024). Entre os indivíduos com SIRS, a presença de infecção associou-se a HDA (OR 0,128; 95% IC 0,066 0,250; P < 0,001) e baixos níveis de albumina (OR 0,383; 95% IC 0,229 0,642; P < 0,001). E infecção nas primeiras 48 horas (OR 0,455; 95% IC 0,213 0,973; P =0,042), baixos níveis de albumina (OR 0,530; 95% IC 0,298 0,945; P = 0,031), ascite (OR 0,323; 95% IC 0,151 0,691; P = 0,004) e MELD elevado (OR 1,124; 95% IC 1,069 1,181; P < 0,001) como associados de forma independente à mortalidade em 90 dias de indivíduos cirróticos com SIRS admitidos por descompensação da doença. Conclusões: A SIRS é comum em pacientes cirróticos hospitalizados e apresenta características clínicas, laboratoriais e prognóstico distintos quando relacionada à infecção (sepse). A presença de ascite à admissão, menores níveis de albumina, maiores valores de MELD e a presença de infecção nos indivíduos com SIRS estão relacionadas a menor sobrevida em 90 dias.Abstract: Immune suppression of liver cirrhosis, and a high propensity for invasive diagnostic and therapeutic procedures may contribute to a higher prevalence of bacterial infection in these patients. Systemic inflammatory response syndrome (SIRS) is present in 40% to 60% of cirrhotic individuals at hospital admission. Activation of the immune system, by the presence of infection or by other triggering factors, leads to the production of large quantities of inflammatory mediators, with action in different organs and a systemic clinical presentation that has been observed in numerous diseases. However, the impact of SIRS with or without infection on the prognosis of these individuals was poorly studied. Objectives: To compare the clinical, laboratory and prognostic characteristics of cirrhotic patients hospitalized for acute decompensation with or without SIRS, whether or not related to bacterial infections (sepsis). Methods: Prospective cohort study evaluated individuals admitted for decompensated cirrhosis in two tertiary referral hospitals for the treatment of liver diseases in Brazil. Results: 543 patients with MELD of 17.2 ± 7.0; 43.0% classified as Child-Pugh C and ACLF present in 26.3%. 232 patients were diagnosed with SIRS (42.7%), and among them, 145 had infection (62.5%) and 87 had no infection (37.5%). The presence of SIRS was associated with the use of propranolol (OR 0.576, 95% CI 0.390 - 0.851, P = 0.006), UDB (OR 2.883, 95% CI 1.810 - 4.593, P <0.001), encephalopathy (OR 1.520, 95% (OR 3,632, 95% CI 2,370-5,566, P <0.001) and high MELD score (OR 1,035, 95% CI, 1.005 - 1.067, P = 0.024). Among individuals with SIRS, the presence of infection was associated with UDB (OR 0,128; 95% CI 0.066 - 0.250; P <0.001) and low albumin (OR 0.333; 95% CI 0.229-0.642; P <0.001). And infection in the first 48 hours (OR 0.455, 95% CI 0.213-0.973, P = 0.042), low albumin (OR 0.530, 95% CI 0.298-0.945, P = 0.031), ascites (OR 0.333, 95% CI 0.151-0.69, P = 0.004) and high MELD score (OR 1.124; 95% CI 1.069-1.181; P <0.001) were independently associated with 90-day mortality in cirrhotic patients with SIRS admitted for disease decompensation. Conclusions: SIRS is common in hospitalized cirrhotic patients and presents distinct clinical, laboratory and prognostic features when related to infection (sepsis). The presence of ascites at admission, lower albumin levels, higher MELD levels and the presence of infection in individuals with SIRS are related to lower survival at 90 days.Schiavon, Janaína Luz NarcisoUniversidade Federal de Santa CatarinaRayes, Ariane Borgonovo2018-04-13T19:22:28Z2018-04-13T19:22:28Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis67 p.| il., gráfs., tabs.application/pdf350804https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/185381porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-04-13T19:22:29Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/185381Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732018-04-13T19:22:29Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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