RELATOS, EXPERIÊNCIAS E REFLEXÕES INTERDISCIPLINARES NO COMBATE À VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/199253 |
Resumo: | Esta comunicação busca sintetizar as ações interdisciplinares que conduziram o projeto de extensão “Biografias do trauma: um olhar literário e interdisciplinar para a experiência da violência obstétrica” (EPEC/FURG). Iniciado em 2016, o referido projeto culminou, em 2018, em diferentes e diversos resultados que comprovam sua produtividade e que serão apresentados neste evento. Um deles refere-se ao seu desmembramento para a pesquisa científica em literatura. O caminho inverso, feito da extensão à pesquisa determinou a compreensão de que a violência é uma realidade que inspira a ficção e pode estar inscrita na literatura através da experiência de quem a viveu. Os fragmentos desses relatos coletados na extensão, e que serão apresentados no 37º SEURS, retratam a realidade enfrentada por mulheres no ambiente institucional de assistência ao parto, pós-parto e abortamento, na cidade de Rio Grande. As ações do projeto destacam, como objetivos primeiros: 1) a coleta e o registro de relatos de mulheres vítimas da violência obstétrica; 2) a avaliação, em equipe interdisciplinar, das narrativas para identificar as expressões dessa violência e suas sequelas; 3) a orientação jurídica para denúncias formais e 4) o encaminhamento para apoio psicológico – quando for da vontade da participante/vítima. No âmbito da teoria literária, que perpassa os processos metodológicos dessa extensão, os relatos são avaliados a partir de uma linha teórica que aproxima a narrativa do testemunho. Para autores como Lévi (2015) e Seligmann-Silva (2003), as narrativas são expressões legítimas de manifesto e de denúncia que se inserem no arquivo da memória social. A aplicação dessas teorias na ação extensionista permite compreender que o testemunho representa um “dever de memória” (Ricoeur, 2007) e uma responsabilidade moral que impõe à sociedade uma mudança de postura frente à caracterização dessa violência. |
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