A Concepção agostiniana do conhecimento em De Trinitate (livros XII, XIII e XIV)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/99413 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
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A Concepção agostiniana do conhecimento em De Trinitate (livros XII, XIII e XIV)FilosofiaDeusImagem (Filosofia)SabedoriaCiênciaDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em FilosofiaO presente trabalho propõe-se a analisar a concepção agostiniana de conhecimento nos livros XII, XIII e XIV do tratado "A Trindade". As reflexões sobre este tema são apresentadas de forma hierárquica, até a definição da imagem da Trindade no ser. O tema situa-se no interior da obra. Mesmo inserido na grande questão teológica sobre a Trindade, cumpre um papel sobretudo filosófico, isto é, um estudo do conhecimento que se desenvolve por meio do exercício filosófico, na "elevação" da mente visando as coisas não transitórias, eternas e imutáveis. O que vai culminar na "aquisição" daquilo que Santo Agostinho considera como sabedoria. No primeiro capítulo seguiu-se o livro XII do tratado e se pode agrupar os assuntos abordados em três temas principais: a imagem de Deus no homem, a deturpação da imagem pelo pecado, e a distinção entre ciência e sabedoria. Estes temas são abordados após a definição do que seja o homo exterior e o homo interior, por meio dos quais é possível, também, perceber a diferenciação entre a razão inferior, que se ocupa da ação, e a razão superior, voltada à contemplação. A conclusão deste capítulo dá-se ao afirmar que a sabedoria ocupa-se das razões eternas, a contemplação; já a ciência volta-se ao conhecimento racional das coisas temporais. No segundo capítulo aborda-se o livro XIII, tendo-se, logo de início, a confirmação do discernimento entre ciência e sabedoria, conforme comentário do livro anterior e, a partir do prólogo do Evangelho de João, encontra-se o atrelamento da figura de Jesus à sabedoria e de João Batista à ciência. O primeiro constitui a contemplação da verdade eterna, o segundo concebe a verdade histórica, que constitui o ponto de partida da fé. Neste ponto Agostinho abre espaço para discutir a questão da felicidade, pois todos desejam a vida beata. Para ser feliz ad aeternum, no entanto, é necessário superar a morte, o que não se realiza por meio da Filosofia, e este desejo permanece um mistério para o homem que pode recorrer à fé para iluminar suas atitudes, segundo a qual o indivíduo foi criado para a imortalidade. Isto pode ser melhor compreendido se se aceitar o exemplo de Cristo, que assumiu a condição humana sem deixar de ser o Filho de Deus e, ao ser morto, ressuscitou e ascendeu aos céus levando consigo o corpo mortal, para simbolizar que o autor da vida é vencedor da morte. Esta temática pode ser considerada pura digressão teológica, mas bem observada possui uma contribuição fundamental, visto que o homem tem a opção de volver-se à fé, por meio da qual mostra como Cristo tem indicado a via para conseguir a imortalidade, condição para continuar a gozar da beatitude. No terceiro capítulo, trabalha-se o livro XIV, e a verdadeira sabedoria. Devido ao fato de o homem ter sido criado à [...] imagem e semelhança [...] divina, possui ele gravado em si, de forma indelével, a unicidade e a trindade, e estas não são adventícias. A contemplação da trindade na alma acontece quando a mens volta seu pensamento sobre si própria, isto é, quando as três faculdades que a compõem: memória, inteligência e vontade, voltam suas atenções para si, fazendo com que ela pense em si, coloque-se diante de si e mantenha-se presente a si. Isto constitui a trindade interior da alma denominada de consciência de si, que se dá através da memoria sui, intelligentia sui e amor sui. Depois disso, Agostinho apresenta a trindade da sabedoria, que não se dá por uma relação entre a alma e ela mesma, mas entre a alma e Deus, da qual esta é a imagem, o que a habilita à memoria Dei, à intelligentia Dei, e ao amor Dei. Esta segunda trindade é a da alma revivificada pela participação em Deus. Isto acontece porque ela é capax Dei. Considera-se aí o ápice do conhecimento, a verdadeira sabedoria, isto é, poder participar e refletir sobre a natureza criadora, eterna e imutávelFlorianópolis, SCHebeche, Luiz AlbertoUniversidade Federal de Santa CatarinaSzeskoski, Luís Valdecir2013-03-04T20:09:55Z2013-03-04T20:09:55Z20122012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf313777http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/99413porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-05-06T00:59:45Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/99413Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-05-06T00:59:45Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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