A gamificação da narrativa da telenovela em Velho Chico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Literatura e Autoritarismo |
Texto Completo: | http://periodicos.ufsm.br/LA/article/view/27975 |
Resumo: | A morte trágica do ator Domingos Montagner que interpretava o personagem Santo, um dos protagonistas da telenovela Velho Chico (Rede Globo – 2016), criada e escrita por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Luis Fernando Carvalho, a alguns capítulos do final da narrativa, não apenas chocou e colocou em luto o país inteiro como, também, impôs um problema muito grave e concreto à obra. Como manter o personagem que era vivido por Montagner na narrativa? A solução encontrada pela equipe de produção da novela surpreendeu positivamente espectadores e crítica. A câmera até então objetiva e neutra, que assumia um foco ideal através do qual o espectador assiste às cenas de fora, foi substituída por uma câmera subjetiva que assumiu um foco narrativo em primeira pessoa. O espectador foi então retirado do lugar clássico de observador externo, sendo convidado a assumir o foco narrativo do personagem. A técnica, apesar de não usual, não é uma novidade absoluta e já foi usada, por exemplo, em A dama do lago (1947), Viagem alucinante (2009), e no Brasil em: Eros, o deus do amor (1981) e Viajo porque preciso volto porque te amo (2009). A novidade está em realizar esta ousadia formal em uma narrativa popular, de grande audiência, e obter o engajamento imediato do público à técnica. Nesse sentido, propomos analisar este sucesso a partir da ideia de imersão advinda das narrativas em primeira pessoa dos videogames. |
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