Conservação pós-colheita de pinhões [sementes de Araucaria angustifolia (Bertoloni) Otto Kuntze] armazenados em diferentes temperaturas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amarante,Cassandro Vidal Talamini do
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Mota,Clenilso Sehnen, Megguer,Clarice Aparecida, Ide,Gilberto Massachi
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência Rural
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782007000200008
Resumo: O pinhão (semente de Araucaria angustifolia) representa importante fonte de renda aos produtores rurais e uma opção a mais de alimento característico a ser oferecido aos turistas e à população em geral na região Sul do Brasil. A temperatura e a umidade de armazenamento são os principais determinantes da preservação pós-colheita de pinhões. Este trabalho objetivou avaliar os efeitos da temperatura de armazenamento nas taxas respiratórias e de evolução de etileno, bem como na perda de massa fresca e na germinação pós-colheita de pinhões destinados para consumo alimentar humano. Seguiu-se o delineamento experimental inteiramente casualizado com seis temperaturas de armazenamento (2, 10, 20, 30, 40 e 50°C) e quatro repetições, cada repetição correspondendo a amostras contendo cerca de 300g de pinhões. Pinhões armazenados nas diferentes temperaturas não apresentaram produção de etileno (em níveis detectáveis através de cromatografia gasosa, com sensibilidade de 1ppm). A taxa respiratória aumentou substancialmente com o aumento na temperatura, com um Q10 <FONT FACE=Symbol>@</FONT> 2,5 na faixa de temperatura de 2 a 37,1°C. Houve redução substancial da respiração com o aumento na temperatura de 37,1 para 50°C. A maior germinação dos pinhões foi verificada na temperatura de 20°C (~55% dos pinhões germinados aos 26 dias de armazenamento), reduzindo em temperaturas menores (~1% e 21% de germinação nas temperaturas de 2 e 10°C, respectivamente) ou maiores (9% e <1% de germinação nas temperaturas de 30°C e 40-50°C, respectivamente). Estes resultados demonstram a importância do resfriamento de pinhões para temperaturas próximas a 0°C, visando a reduzir a atividade metabólica, especialmente a respiração, com vistas à preservação de sua qualidade e à redução na perda de massa fresca e na germinação pós-colheita.
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