Auto-enxerto percutâneo de medula óssea em coelhos: I. Coleta, preparo e aplicação
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2001 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ciência Rural |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782001000600016 |
Resumo: | Foram utilizados 36 coelhos da raça Nova Zelândia Branca, machos, com peso médio de 3,5kg e idade entre cinco e seis meses para avaliação da coleta, do preparo e da técnica de aplicação do auto-enxerto percutâneo de medula óssea (MO). Em 20 coelhos anestesiados, uma agulha para punção de MO foi inserida na crista ilíaca, sendo a medula aspirada com auxílio de seringa de 20m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> heparinizada. As 20 amostras obtidas foram preparadas de duas maneiras, utilizando-se 10 amostras em cada procedimento: 1) medula integral: após a coleta de 1m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif">, a amostra foi homogeneizada e, em casos de presença de coágulo, ela foi descartada; 2) medula centrifugada: após a coleta de 2m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> a medula foi centrifugada por 10 minutos, sendo o sobrenadante removido e 1m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> do sedimento homogeneizado. Em ambos os procedimentos, as amostras foram submetidas à contagem de células nucleadas. Nos 16 coelhos restantes, para permitir a avaliação da técnica de aplicação da MO, foi criada, cirurgicamente, uma falha óssea em ambos os rádios, pela remoção de um segmento osteoperiosteal com 1,0cm de comprimento, localizado a três centímetros da articulação rádio-carpo-ulnar. Após cinco dias da realização das falhas ósseas, os 16 coelhos foram separados em dois grupos iguais (I e II), sendo novamente anestesiados e preparados para a enxertia. No grupo I, cada animal recebeu 1,0m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> de medula integral, imediatamente após a coleta, em um dos rádios (tratamento) e 1,0m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> de solução salina fisiológica no rádio contralateral (controle). No grupo II, cada animal recebeu 1,0m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> de medula concentrada em um dos rádios (tratamento) e 1,0m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> de solução salina fisiológica no rádio contralateral (controle). Em função da característica física da medula, a coleta das amostras constituiu-se em procedimento simples, envolvendo trauma mínimo. Foi necessária prévia heparinização da seringa de coleta, o que não impediu a osteogenicidade das células. Com relação ao preparo das amostras, observou-se ampla variação individual na contagem celular nos dois procedimentos. A concentração da medula por centrifugação não interferiu negativamente no seu potencial osteogênico. A aplicação por via percutânea mostrou-se um método simples, com mínimo trauma aos tecidos, não introduzindo tecido desvitalizado e, desta forma, reduzindo o risco de infecção e de interferência na reparação óssea. A avaliação radiográficados membros operados, realizadas no dia da enxertia e uma semana após, demonstrou a eficiência da aplicação da MO e sua atuação na formação de osso. |
id |
UFSM-2_90d524d72f59a11a80b4c71930952f0d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0103-84782001000600016 |
network_acronym_str |
UFSM-2 |
network_name_str |
Ciência rural (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Auto-enxerto percutâneo de medula óssea em coelhos: I. Coleta, preparo e aplicaçãocirurgia ósseaenxerto ósseoreparação ósseaForam utilizados 36 coelhos da raça Nova Zelândia Branca, machos, com peso médio de 3,5kg e idade entre cinco e seis meses para avaliação da coleta, do preparo e da técnica de aplicação do auto-enxerto percutâneo de medula óssea (MO). Em 20 coelhos anestesiados, uma agulha para punção de MO foi inserida na crista ilíaca, sendo a medula aspirada com auxílio de seringa de 20m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> heparinizada. As 20 amostras obtidas foram preparadas de duas maneiras, utilizando-se 10 amostras em cada procedimento: 1) medula integral: após a coleta de 1m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif">, a amostra foi homogeneizada e, em casos de presença de coágulo, ela foi descartada; 2) medula centrifugada: após a coleta de 2m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> a medula foi centrifugada por 10 minutos, sendo o sobrenadante removido e 1m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> do sedimento homogeneizado. Em ambos os procedimentos, as amostras foram submetidas à contagem de células nucleadas. Nos 16 coelhos restantes, para permitir a avaliação da técnica de aplicação da MO, foi criada, cirurgicamente, uma falha óssea em ambos os rádios, pela remoção de um segmento osteoperiosteal com 1,0cm de comprimento, localizado a três centímetros da articulação rádio-carpo-ulnar. Após cinco dias da realização das falhas ósseas, os 16 coelhos foram separados em dois grupos iguais (I e II), sendo novamente anestesiados e preparados para a enxertia. No grupo I, cada animal recebeu 1,0m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> de medula integral, imediatamente após a coleta, em um dos rádios (tratamento) e 1,0m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> de solução salina fisiológica no rádio contralateral (controle). No grupo II, cada animal recebeu 1,0m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> de medula concentrada em um dos rádios (tratamento) e 1,0m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> de solução salina fisiológica no rádio contralateral (controle). Em função da característica física da medula, a coleta das amostras constituiu-se em procedimento simples, envolvendo trauma mínimo. Foi necessária prévia heparinização da seringa de coleta, o que não impediu a osteogenicidade das células. Com relação ao preparo das amostras, observou-se ampla variação individual na contagem celular nos dois procedimentos. A concentração da medula por centrifugação não interferiu negativamente no seu potencial osteogênico. A aplicação por via percutânea mostrou-se um método simples, com mínimo trauma aos tecidos, não introduzindo tecido desvitalizado e, desta forma, reduzindo o risco de infecção e de interferência na reparação óssea. A avaliação radiográficados membros operados, realizadas no dia da enxertia e uma semana após, demonstrou a eficiência da aplicação da MO e sua atuação na formação de osso.Universidade Federal de Santa Maria2001-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782001000600016Ciência Rural v.31 n.6 2001reponame:Ciência Ruralinstname:Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)instacron:UFSM10.1590/S0103-84782001000600016info:eu-repo/semantics/openAccessBarros,Séfora Vieira da Silva Gouvea deDel Carlo,Ricardo JunqueiraVargas,Marlene IsabelGalvão,Simone RezendeFilho,Alfredo Maiapor2003-11-03T00:00:00ZRevista |
dc.title.none.fl_str_mv |
Auto-enxerto percutâneo de medula óssea em coelhos: I. Coleta, preparo e aplicação |
title |
Auto-enxerto percutâneo de medula óssea em coelhos: I. Coleta, preparo e aplicação |
spellingShingle |
Auto-enxerto percutâneo de medula óssea em coelhos: I. Coleta, preparo e aplicação Barros,Séfora Vieira da Silva Gouvea de cirurgia óssea enxerto ósseo reparação óssea |
title_short |
Auto-enxerto percutâneo de medula óssea em coelhos: I. Coleta, preparo e aplicação |
title_full |
Auto-enxerto percutâneo de medula óssea em coelhos: I. Coleta, preparo e aplicação |
title_fullStr |
Auto-enxerto percutâneo de medula óssea em coelhos: I. Coleta, preparo e aplicação |
title_full_unstemmed |
Auto-enxerto percutâneo de medula óssea em coelhos: I. Coleta, preparo e aplicação |
title_sort |
Auto-enxerto percutâneo de medula óssea em coelhos: I. Coleta, preparo e aplicação |
author |
Barros,Séfora Vieira da Silva Gouvea de |
author_facet |
Barros,Séfora Vieira da Silva Gouvea de Del Carlo,Ricardo Junqueira Vargas,Marlene Isabel Galvão,Simone Rezende Filho,Alfredo Maia |
author_role |
author |
author2 |
Del Carlo,Ricardo Junqueira Vargas,Marlene Isabel Galvão,Simone Rezende Filho,Alfredo Maia |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Barros,Séfora Vieira da Silva Gouvea de Del Carlo,Ricardo Junqueira Vargas,Marlene Isabel Galvão,Simone Rezende Filho,Alfredo Maia |
dc.subject.por.fl_str_mv |
cirurgia óssea enxerto ósseo reparação óssea |
topic |
cirurgia óssea enxerto ósseo reparação óssea |
description |
Foram utilizados 36 coelhos da raça Nova Zelândia Branca, machos, com peso médio de 3,5kg e idade entre cinco e seis meses para avaliação da coleta, do preparo e da técnica de aplicação do auto-enxerto percutâneo de medula óssea (MO). Em 20 coelhos anestesiados, uma agulha para punção de MO foi inserida na crista ilíaca, sendo a medula aspirada com auxílio de seringa de 20m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> heparinizada. As 20 amostras obtidas foram preparadas de duas maneiras, utilizando-se 10 amostras em cada procedimento: 1) medula integral: após a coleta de 1m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif">, a amostra foi homogeneizada e, em casos de presença de coágulo, ela foi descartada; 2) medula centrifugada: após a coleta de 2m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> a medula foi centrifugada por 10 minutos, sendo o sobrenadante removido e 1m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> do sedimento homogeneizado. Em ambos os procedimentos, as amostras foram submetidas à contagem de células nucleadas. Nos 16 coelhos restantes, para permitir a avaliação da técnica de aplicação da MO, foi criada, cirurgicamente, uma falha óssea em ambos os rádios, pela remoção de um segmento osteoperiosteal com 1,0cm de comprimento, localizado a três centímetros da articulação rádio-carpo-ulnar. Após cinco dias da realização das falhas ósseas, os 16 coelhos foram separados em dois grupos iguais (I e II), sendo novamente anestesiados e preparados para a enxertia. No grupo I, cada animal recebeu 1,0m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> de medula integral, imediatamente após a coleta, em um dos rádios (tratamento) e 1,0m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> de solução salina fisiológica no rádio contralateral (controle). No grupo II, cada animal recebeu 1,0m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> de medula concentrada em um dos rádios (tratamento) e 1,0m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> de solução salina fisiológica no rádio contralateral (controle). Em função da característica física da medula, a coleta das amostras constituiu-se em procedimento simples, envolvendo trauma mínimo. Foi necessária prévia heparinização da seringa de coleta, o que não impediu a osteogenicidade das células. Com relação ao preparo das amostras, observou-se ampla variação individual na contagem celular nos dois procedimentos. A concentração da medula por centrifugação não interferiu negativamente no seu potencial osteogênico. A aplicação por via percutânea mostrou-se um método simples, com mínimo trauma aos tecidos, não introduzindo tecido desvitalizado e, desta forma, reduzindo o risco de infecção e de interferência na reparação óssea. A avaliação radiográficados membros operados, realizadas no dia da enxertia e uma semana após, demonstrou a eficiência da aplicação da MO e sua atuação na formação de osso. |
publishDate |
2001 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2001-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782001000600016 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782001000600016 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0103-84782001000600016 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Santa Maria |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Santa Maria |
dc.source.none.fl_str_mv |
Ciência Rural v.31 n.6 2001 reponame:Ciência Rural instname:Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) instacron:UFSM |
instname_str |
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) |
instacron_str |
UFSM |
institution |
UFSM |
reponame_str |
Ciência Rural |
collection |
Ciência Rural |
repository.name.fl_str_mv |
|
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1749140522662887424 |