Auto-enxerto percutâneo de medula óssea em coelhos: I. Coleta, preparo e aplicação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barros,Séfora Vieira da Silva Gouvea de
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: Del Carlo,Ricardo Junqueira, Vargas,Marlene Isabel, Galvão,Simone Rezende, Filho,Alfredo Maia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência Rural
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782001000600016
Resumo: Foram utilizados 36 coelhos da raça Nova Zelândia Branca, machos, com peso médio de 3,5kg e idade entre cinco e seis meses para avaliação da coleta, do preparo e da técnica de aplicação do auto-enxerto percutâneo de medula óssea (MO). Em 20 coelhos anestesiados, uma agulha para punção de MO foi inserida na crista ilíaca, sendo a medula aspirada com auxílio de seringa de 20m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> heparinizada. As 20 amostras obtidas foram preparadas de duas maneiras, utilizando-se 10 amostras em cada procedimento: 1) medula integral: após a coleta de 1m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif">, a amostra foi homogeneizada e, em casos de presença de coágulo, ela foi descartada; 2) medula centrifugada: após a coleta de 2m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> a medula foi centrifugada por 10 minutos, sendo o sobrenadante removido e 1m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> do sedimento homogeneizado. Em ambos os procedimentos, as amostras foram submetidas à contagem de células nucleadas. Nos 16 coelhos restantes, para permitir a avaliação da técnica de aplicação da MO, foi criada, cirurgicamente, uma falha óssea em ambos os rádios, pela remoção de um segmento osteoperiosteal com 1,0cm de comprimento, localizado a três centímetros da articulação rádio-carpo-ulnar. Após cinco dias da realização das falhas ósseas, os 16 coelhos foram separados em dois grupos iguais (I e II), sendo novamente anestesiados e preparados para a enxertia. No grupo I, cada animal recebeu 1,0m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> de medula integral, imediatamente após a coleta, em um dos rádios (tratamento) e 1,0m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> de solução salina fisiológica no rádio contralateral (controle). No grupo II, cada animal recebeu 1,0m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> de medula concentrada em um dos rádios (tratamento) e 1,0m<img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> de solução salina fisiológica no rádio contralateral (controle). Em função da característica física da medula, a coleta das amostras constituiu-se em procedimento simples, envolvendo trauma mínimo. Foi necessária prévia heparinização da seringa de coleta, o que não impediu a osteogenicidade das células. Com relação ao preparo das amostras, observou-se ampla variação individual na contagem celular nos dois procedimentos. A concentração da medula por centrifugação não interferiu negativamente no seu potencial osteogênico. A aplicação por via percutânea mostrou-se um método simples, com mínimo trauma aos tecidos, não introduzindo tecido desvitalizado e, desta forma, reduzindo o risco de infecção e de interferência na reparação óssea. A avaliação radiográficados membros operados, realizadas no dia da enxertia e uma semana após, demonstrou a eficiência da aplicação da MO e sua atuação na formação de osso.
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