Utilização da microscopia confocal para determinação de superóxido mediante estímulo com luteolina em células endoteliais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz, Yan Milen Coelho [UNIFESP]
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67443
Resumo: Introdução: O estresse oxidativo endotelial afeta todo o sistema circulatório, sendo marcado por diversos agentes reativos denominados espécies reativas de oxigênio. A luteolina é um flavonóide com efeito antioxidante, mas seus efeitos sobre as células endoteliais são pouco conhecidos. O presente trabalho utilizou a sonda dihidroetidina (DHE) em microscopia confocal para investigar a geração de superóxido (O2•-) em células endoteliais de ratos. Foram analisados os efeitos de luteolina isolada ou em associação à Angiotensina II (Ang II), um peptídeo hipertensor relacionado ao estresse oxidativo vascular. Métodos: Células endoteliais cultivadas da veia cava de rato foram previamente plaqueadas em lamínulas, pré-tratadas com a sonda fluorescente DHE [10 μM] por 30 minutos e expostas à luteolina [10, 20 e 50 μM] por 10 minutos, em presença ou ausência de Ang II [1μM]. Controles positivo e negativo foram feitos pelo tratamento das células com meio de cultura contendo alto nível de glicose (HG, 25 mM) ou tempol (300 μM), respectivamente. As células foram fixadas e as lamínulas foram analisadas em um microscópio confocal. Os comprimentos de onda utilizados foram 490 nm excitação e 590 nm emissão, e as configurações do sistema de aquisição de imagem se mantiveram padronizadas para todas as capturas. A intensidade da fluorescência foi quantificada célula a célula por densitometria, empregando-se ferramentas do software ImageJ para delimitação automática do contorno celular individualmente. Resultados: As imagens obtidas no microscópio confocal apresentaram alto grau de qualidade e foram analisadas com sucesso. A identificação do estresse oxidativo através da sonda DHE foi comprovada nas células incubadas com meio HG. Houve redução significativa da geração de O2•- após os tratamentos com luteolina 10 μM, 20 μM e 50 μM isolada e em associação com Ang II 1 μM em comparação às células não tratadas. (* P < .05) Conclusão: O ensaio de microscopia confocal mostrou que a luteolina reduz a geração de O2•- pelas células endoteliais em relação ao basal e na presença de Ang II. Esses resultados sugerem que o efeito antioxidante da luteolina no endotélio deve ser mais profundamente avaliado para melhor compreensão dos mecanismos de interação com Ang II. Esses dados também mostram consistência na metodologia empregada para utilização da sonda DHE como ferramenta para quantificação relativa de O2•- em culturas celulares.
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Métodos: Células endoteliais cultivadas da veia cava de rato foram previamente plaqueadas em lamínulas, pré-tratadas com a sonda fluorescente DHE [10 μM] por 30 minutos e expostas à luteolina [10, 20 e 50 μM] por 10 minutos, em presença ou ausência de Ang II [1μM]. Controles positivo e negativo foram feitos pelo tratamento das células com meio de cultura contendo alto nível de glicose (HG, 25 mM) ou tempol (300 μM), respectivamente. As células foram fixadas e as lamínulas foram analisadas em um microscópio confocal. Os comprimentos de onda utilizados foram 490 nm excitação e 590 nm emissão, e as configurações do sistema de aquisição de imagem se mantiveram padronizadas para todas as capturas. A intensidade da fluorescência foi quantificada célula a célula por densitometria, empregando-se ferramentas do software ImageJ para delimitação automática do contorno celular individualmente. Resultados: As imagens obtidas no microscópio confocal apresentaram alto grau de qualidade e foram analisadas com sucesso. A identificação do estresse oxidativo através da sonda DHE foi comprovada nas células incubadas com meio HG. Houve redução significativa da geração de O2•- após os tratamentos com luteolina 10 μM, 20 μM e 50 μM isolada e em associação com Ang II 1 μM em comparação às células não tratadas. (* P < .05) Conclusão: O ensaio de microscopia confocal mostrou que a luteolina reduz a geração de O2•- pelas células endoteliais em relação ao basal e na presença de Ang II. Esses resultados sugerem que o efeito antioxidante da luteolina no endotélio deve ser mais profundamente avaliado para melhor compreensão dos mecanismos de interação com Ang II. Esses dados também mostram consistência na metodologia empregada para utilização da sonda DHE como ferramenta para quantificação relativa de O2•- em culturas celulares.Introduction: Endothelial oxidative stress affects the entire circulatory system, being marked by several reactive agents called reactive oxygen species. Luteolin is a flavonoid with antioxidant effect, but its effects on endothelial cells are poorly known. The present work used the dihydroethidine probe (DHE) in confocal microscopy to investigate the generation of superoxide (O2•-) in rat endothelial cells. The effects of luteolin alone or in association with Angiotensin II (Ang II), a hypertensive peptide related to vascular oxidative stress, were analyzed. Methods: Cultured rat vena cava endothelial cells were previously plated on coverslips, pretreated with the fluorescent probe DHE [10 μM] for 30 minutes and exposed to luteolin [10, 20 and 50 μM] for 10 minutes in the presence or absence of Ang II [1μM]. Positive and negative controls were made by treating cells with culture medium containing high glucose (HG, 25 mM) or tempol (300 μM), respectively. Cells were fixed and coverslips were analyzed under a confocal microscope. The wavelengths used were 490 nm excitation and 590 nm emission, and the image acquisition system settings remained standard for all captures. The fluorescence intensity was quantified cell by cell by densitometry, using ImageJ software tools to automatically delimit the cell contour individually. Results: Confocal microscope images were of high quality and were successfully analyzed. The identification of oxidative stress through the DHE probe was proven in cells incubated with HG medium. There was a significant reduction in O2•- generation after treatments with luteolin 10 μM, 20 μM and 50 μM alone and in association with Ang II 1 μM in comparison with untreated cells. (* P <.05) Conclusion: The confocal microscopy assay showed that luteolin reduces the generation of O2•- by endothelial cells in relation to basal values and in the presence of Ang II. These results suggest that the antioxidant effect of luteolin on the endothelium must be further evaluated to better understand the mechanisms of interaction with Ang II. These data also show consistency in the methodology employed to use the DHE probe as a tool for relative quantification of O2•- in cell cultures.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Universidade Federal de São PauloFernandes, Liliam [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/2515147908021339http://lattes.cnpq.br/0855402909928836Cruz, Yan Milen Coelho [UNIFESP]2023-05-02T12:35:49Z2023-05-02T12:35:49Z2019-11-01info:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion32 f.application/pdfhttps://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67443porDiademainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-08-12T16:14:24Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/67443Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-08-12T16:14:24Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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