O uso da toxina botulínica tipo a no tratamento da espasticidade dos membros inferiores em crianças com paralisia cerebral: revisão sistemática
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Data de Publicação: | 2016 |
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Resumo: | Introdução: a paralisia cerebral (PC) é a causa mais comum de deficiência motora em crianças nos países desenvolvidos. O tipo de distúrbio motor mais frequentemente observado na PC é a espasticidade, e seu controle representa um grande desafio no tratamento destes pacientes. A toxina botulínica tipo A (TBA) é um agente que vem sendo utilizado nas últimas décadas para induzir um bloqueio neuromuscular focal, com potencial para controlar os efeitos deletérios da espasticidade. Objetivos: Avaliar a efetividade e a segurança da TBA no tratamento da espasticidade nos membros inferiores em crianças com PC, visando a melhora da marcha, da função, amplitude de movimento e satisfação. Métodos: Revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados e de acordo com o método estabelecido pela Colaboração Cochrane. As seguintes bases de dados foram pesquisadas: MEDLINE, CENTRAL, EMBASE, CINAHL, SSCI e CPCI-S. Não houve restrição em relação ao idioma ou data. A última busca foi realizada em dezembro de 2014. Foram incluídos estudos envolvendo crianças com paralisia cerebral, comparando o uso da toxina botulínica tipo A nos membros inferiores com outras intervenções. Os desfechos primários avaliados foram o padrão de marcha e a funcionalidade. Os desfechos secundários foram a amplitude de movimento articular, a satisfação, a qualidade de vida e a medida da espasticidade. Dois autores selecionaram os estudos, avaliaram a qualidade metodológica e extraíram os dados de forma independente. Um terceiro autor foi consultado nos eventuais casos de discordância. A avaliação da qualidade dos estudos foi realizada por meio da Ferramenta Cochrane de Risco de Viés. A qualidade da evidência para cada desfecho principal foi graduada de acordo com o sistema GRADE. Sempre que possível a síntese quantitativa dos dados (metanálise) foi realizada. Os dados dicotômicos foram avaliados por meio do risco relativo. Os dados contínuos foram avaliados por meio da diferença de médias. Um nível de significância estatística de 5% foi utilizado. A avaliação da heterogeneidade se baseou no teste do I 2 > 50% e análise visual. Resultados: Foram encontrados 26 ensaios clínicos randomizados, envolvendo 1137 participantes. O uso de diferentes protocolos de aplicação da toxina botulínica foi comparado ao (1) cuidado usual ou fisioterapia, (2) placebo ou ?sham?, (3) gessos seriados, (4) órteses. Na comparação 1 (11 estudos), evidências de baixa e muito baixa qualidade demonstraram superioridade da TBA na melhora visual da marcha no médio prazo e da funcionalidade no curto prazo. Também foi observada maior efetividade da TBA na melhora da amplitude de movimento do tornozelo e joelho e na satisfação, embora tenha sido relacionada a uma maior incidência de eventos adversos. Na comparação 2 (dez estudos), evidências de moderada e alta qualidade demonstraram superioridade da TBA na melhora do padrão de marcha no curto e médio prazo, mas não na funcionalidade no curto, médio e longo prazo. Não foram observadas diferenças entre os grupos na amplitude de movimento articular e na incidência de eventos adversos, embora o grupo TBA tenha apresentado maiores índices de satisfação. Na comparação 3 (quatro estudos), evidências de baixa e moderada qualidade não demonstraram diferença entre os grupos no padrão de marcha no curto e médio prazo e na funcionalidade no curto, médio e longo prazo. A amplitude de movimento do tornozelo e taxa de eventos adversos foi similar entre os grupos. Na comparação 4 (um estudo), evidências de muito baixa qualidade demonstram superioridade da TBA na funcionalidade e amplitude de movimento do quadril. Conclusões: Quando comparada a um grupo controle ou placebo, a TBA foi efetiva no controle da espasticidade na PC no que diz respeito à melhora da marcha e à satisfação. A taxa de eventos adversos foi semelhante ao placebo. Também houve superioridade da TBA quando comparado ao uso de órteses na funcionalidade e amplitude de movimento. Entretanto, a TBA não se mostrou superior aos gessos seriados em nenhum dos desfechos avaliados. |
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http://lattes.cnpq.br/0981211406387862Blumetti, Francesco Camara [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/2475032370919617Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Belloti, Joao Carlos [UNIFESP]São Paulo2018-07-30T11:53:32Z2018-07-30T11:53:32Z2016-12-30Introdução: a paralisia cerebral (PC) é a causa mais comum de deficiência motora em crianças nos países desenvolvidos. O tipo de distúrbio motor mais frequentemente observado na PC é a espasticidade, e seu controle representa um grande desafio no tratamento destes pacientes. A toxina botulínica tipo A (TBA) é um agente que vem sendo utilizado nas últimas décadas para induzir um bloqueio neuromuscular focal, com potencial para controlar os efeitos deletérios da espasticidade. Objetivos: Avaliar a efetividade e a segurança da TBA no tratamento da espasticidade nos membros inferiores em crianças com PC, visando a melhora da marcha, da função, amplitude de movimento e satisfação. Métodos: Revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados e de acordo com o método estabelecido pela Colaboração Cochrane. As seguintes bases de dados foram pesquisadas: MEDLINE, CENTRAL, EMBASE, CINAHL, SSCI e CPCI-S. Não houve restrição em relação ao idioma ou data. A última busca foi realizada em dezembro de 2014. Foram incluídos estudos envolvendo crianças com paralisia cerebral, comparando o uso da toxina botulínica tipo A nos membros inferiores com outras intervenções. Os desfechos primários avaliados foram o padrão de marcha e a funcionalidade. Os desfechos secundários foram a amplitude de movimento articular, a satisfação, a qualidade de vida e a medida da espasticidade. Dois autores selecionaram os estudos, avaliaram a qualidade metodológica e extraíram os dados de forma independente. Um terceiro autor foi consultado nos eventuais casos de discordância. A avaliação da qualidade dos estudos foi realizada por meio da Ferramenta Cochrane de Risco de Viés. A qualidade da evidência para cada desfecho principal foi graduada de acordo com o sistema GRADE. Sempre que possível a síntese quantitativa dos dados (metanálise) foi realizada. Os dados dicotômicos foram avaliados por meio do risco relativo. Os dados contínuos foram avaliados por meio da diferença de médias. Um nível de significância estatística de 5% foi utilizado. A avaliação da heterogeneidade se baseou no teste do I 2 > 50% e análise visual. Resultados: Foram encontrados 26 ensaios clínicos randomizados, envolvendo 1137 participantes. O uso de diferentes protocolos de aplicação da toxina botulínica foi comparado ao (1) cuidado usual ou fisioterapia, (2) placebo ou ?sham?, (3) gessos seriados, (4) órteses. Na comparação 1 (11 estudos), evidências de baixa e muito baixa qualidade demonstraram superioridade da TBA na melhora visual da marcha no médio prazo e da funcionalidade no curto prazo. Também foi observada maior efetividade da TBA na melhora da amplitude de movimento do tornozelo e joelho e na satisfação, embora tenha sido relacionada a uma maior incidência de eventos adversos. Na comparação 2 (dez estudos), evidências de moderada e alta qualidade demonstraram superioridade da TBA na melhora do padrão de marcha no curto e médio prazo, mas não na funcionalidade no curto, médio e longo prazo. Não foram observadas diferenças entre os grupos na amplitude de movimento articular e na incidência de eventos adversos, embora o grupo TBA tenha apresentado maiores índices de satisfação. Na comparação 3 (quatro estudos), evidências de baixa e moderada qualidade não demonstraram diferença entre os grupos no padrão de marcha no curto e médio prazo e na funcionalidade no curto, médio e longo prazo. A amplitude de movimento do tornozelo e taxa de eventos adversos foi similar entre os grupos. 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Botulinum toxin A (BTX-A) has been used in the past decades to induce a focal neuromuscular block in CP, potentially controlling the harmful effects of spasticity. Purpose: To evaluate the safety and effectiveness of BTX-A in the treatment of lower limb spasticity in CP, in regards to walking ability, function, joint range of motion and satisfaction. Method: This was a systematic review of randomized controlled trials (RCT), conducted according to the methods recommended by the Cochrane Collaboration. We searched the following electronic databases: MEDLINE, CENTRAL, EMBASE, CINAHL, SSCI and CPCI-S. There were no date or language restrictions. The last search was performed in December 2014. We included studies involving children with CP, where BTX-A injections in the lower limb muscles were compared to other interventions. The primary outcomes were gait analysis and function. The secondary outcomes were joint range of motion, satisfaction, quality of life and the measure of spasticity. Two independent authors performed study selection, methodological evaluation, and data extraction. A third author was consulted in case of disagreements. Study quality was evaluated with the Cochrane risk of bias tool. The quality of the evidence for every main outcome was graded according to the GRADE method. A quantitative analysis of available data was conducted whenever possible. Dichotomous data were analyzed using relative risks. Continuous data were analyzed using the mean difference. For all statistic tests, we considered a 5% significance level. We assessed heterogeneity by a visual analysis and the test > 50%. Results: We found 26 RCT, randomizing a total of 1137 participants. The use of BTX-A in the lower limb muscles was compared to: (1) usual care or physiotherapy, (2) placebo or ?sham?, (3) serial casting, (4) orthoses. For comparison 1 (11 studies), low and very low quality evidence showed that BTX-A was more effective to improve gait in the medium-term and function in the short-term. We also found some evidence of higher joint range of motion and satisfaction in the BTX-A group, although a higher rate of adverse events was noted. For comparison 2 (10 studies), moderate and high quality evidence showed that BTX-A was more effective to improve gait in the short- and medium-term, but not function in any term. No differences between groups were seen on joint range of motion and adverse events, although higher levels of satisfaction were seen in the BTX-A group. For comparison 3 (4 studies), low and moderate quality evidence showed no difference between groups in gait pattern in the short- and medium-term, and function in any term. Ankle range of motion and the rate of adverse events were similar between groups. For comparison 4 (1 study), very low quality evidence showed higher improvements in function and hip range of motion. Conclusion: When compared to placebo or a non-placebo control, BTX-A was effective to improve gait and satisfaction. The rate of adverse events with BTX-A was similar to placebo. BTX-A was also more effective than orthoses to improve function and range of motion. However, BTX-A was not shown to be more effective than ankle serial casting for any of the assessed outcomes.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2013 a 2016)289 f.https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4149569BLUMETTI, Francesco Camara. O uso da toxina botulínica tipo a no tratamento da espasticidade dos membros inferiores em crianças com paralisia cerebral: revisão sistemática. 2016. 289 f. Tese (Doutorado em Cirurgia Translacional) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.FRANCESCO CAMARA BLUMETTI - PDF A.pdfhttp://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48792porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Paralisia cerebralToxina botulinica tipo aEspasticidade muscularRevisãoO uso da toxina botulínica tipo a no tratamento da espasticidade dos membros inferiores em crianças com paralisia cerebral: revisão sistemáticaBotulinum toxin A in the treatment of lower limb spasticity in children with cerebral palsy: systematic reviewinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM)Cirurgia TranslacionalCiências da saúdeMedicinaORIGINALFRANCESCO CAMARA BLUMETTI - PDF A.pdfapplication/pdf7924484https://repositorio.unifesp.br/bitstreams/adc6209f-db4d-4a47-a305-38234e7c7f01/download3a94fd7c5d7eb9b469d7ca89ef9bb1b0MD5211600/487922024-04-12 16:03:05.88oai:repositorio.unifesp.br/:11600/48792https://repositorio.unifesp.brRepositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652024-04-12T16:03:05Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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Introdução: a paralisia cerebral (PC) é a causa mais comum de deficiência motora em crianças nos países desenvolvidos. O tipo de distúrbio motor mais frequentemente observado na PC é a espasticidade, e seu controle representa um grande desafio no tratamento destes pacientes. A toxina botulínica tipo A (TBA) é um agente que vem sendo utilizado nas últimas décadas para induzir um bloqueio neuromuscular focal, com potencial para controlar os efeitos deletérios da espasticidade. Objetivos: Avaliar a efetividade e a segurança da TBA no tratamento da espasticidade nos membros inferiores em crianças com PC, visando a melhora da marcha, da função, amplitude de movimento e satisfação. Métodos: Revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados e de acordo com o método estabelecido pela Colaboração Cochrane. As seguintes bases de dados foram pesquisadas: MEDLINE, CENTRAL, EMBASE, CINAHL, SSCI e CPCI-S. Não houve restrição em relação ao idioma ou data. A última busca foi realizada em dezembro de 2014. Foram incluídos estudos envolvendo crianças com paralisia cerebral, comparando o uso da toxina botulínica tipo A nos membros inferiores com outras intervenções. Os desfechos primários avaliados foram o padrão de marcha e a funcionalidade. Os desfechos secundários foram a amplitude de movimento articular, a satisfação, a qualidade de vida e a medida da espasticidade. Dois autores selecionaram os estudos, avaliaram a qualidade metodológica e extraíram os dados de forma independente. Um terceiro autor foi consultado nos eventuais casos de discordância. A avaliação da qualidade dos estudos foi realizada por meio da Ferramenta Cochrane de Risco de Viés. A qualidade da evidência para cada desfecho principal foi graduada de acordo com o sistema GRADE. Sempre que possível a síntese quantitativa dos dados (metanálise) foi realizada. Os dados dicotômicos foram avaliados por meio do risco relativo. Os dados contínuos foram avaliados por meio da diferença de médias. Um nível de significância estatística de 5% foi utilizado. A avaliação da heterogeneidade se baseou no teste do I 2 > 50% e análise visual. Resultados: Foram encontrados 26 ensaios clínicos randomizados, envolvendo 1137 participantes. O uso de diferentes protocolos de aplicação da toxina botulínica foi comparado ao (1) cuidado usual ou fisioterapia, (2) placebo ou ?sham?, (3) gessos seriados, (4) órteses. Na comparação 1 (11 estudos), evidências de baixa e muito baixa qualidade demonstraram superioridade da TBA na melhora visual da marcha no médio prazo e da funcionalidade no curto prazo. Também foi observada maior efetividade da TBA na melhora da amplitude de movimento do tornozelo e joelho e na satisfação, embora tenha sido relacionada a uma maior incidência de eventos adversos. Na comparação 2 (dez estudos), evidências de moderada e alta qualidade demonstraram superioridade da TBA na melhora do padrão de marcha no curto e médio prazo, mas não na funcionalidade no curto, médio e longo prazo. Não foram observadas diferenças entre os grupos na amplitude de movimento articular e na incidência de eventos adversos, embora o grupo TBA tenha apresentado maiores índices de satisfação. Na comparação 3 (quatro estudos), evidências de baixa e moderada qualidade não demonstraram diferença entre os grupos no padrão de marcha no curto e médio prazo e na funcionalidade no curto, médio e longo prazo. A amplitude de movimento do tornozelo e taxa de eventos adversos foi similar entre os grupos. Na comparação 4 (um estudo), evidências de muito baixa qualidade demonstram superioridade da TBA na funcionalidade e amplitude de movimento do quadril. Conclusões: Quando comparada a um grupo controle ou placebo, a TBA foi efetiva no controle da espasticidade na PC no que diz respeito à melhora da marcha e à satisfação. A taxa de eventos adversos foi semelhante ao placebo. Também houve superioridade da TBA quando comparado ao uso de órteses na funcionalidade e amplitude de movimento. Entretanto, a TBA não se mostrou superior aos gessos seriados em nenhum dos desfechos avaliados. |
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