Schwannoma vestibular: involução tumoral espontânea

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Penido, Norma de Oliveira [UNIFESP]
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Tangerina, Rodrigo P., Kosugi, Eduardo Macoto [UNIFESP], Abreu, Carlos Eduardo Cesário de, Vasco, Matheus Brandão
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/4063
http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992007000600024
Resumo: A história natural dos schwannomas vestibulares ainda não está totalmente elucidada, mas sua maioria tende a apresentar crescimento lento, muitos permanecendo sem sintomas durante toda a vida do paciente. Cerca de 69% deste tipo de tumor diagnosticados não apresentam crescimento e, destes, 16% chegam a apresentar regressão tumoral. Considerando os tumores que apresentam crescimento, cerca de 70% crescem menos de 2 mm ao ano. O avanço nos métodos de diagnóstico por imagem, particularmente à ressonância magnética com contraste de gadolínio, permite o diagnóstico cada vez mais de lesões com sintomas mínimos e tamanhos menores. O tratamento de escolha para estes tumores ainda é a ressecção completa do tumor. As técnicas cirúrgicas apresentaram grande avanço nas últimas décadas, o que possibilitou diminuição da mortalidade. Assim, a cirurgia, que antes tinha como objetivo apenas a ressecção completa do tumor, agora visa também à preservação da audição e da função do nervo facial. Considerações finais: Considerando-se sua história natural, abre-se a possibilidade de uma conduta conservadora já que o ritmo de crescimento no primeiro ano após o diagnóstico prediz o comportamento do tumor nos próximos anos. A conduta conservadora não implica em repúdio à cirurgia, devendo ser utilizada em casos de aumento tumoral, piora dos sintomas ou desejo do paciente. Além disso, em relatos de literatura não há diferença estatisticamente significante entre os pacientes submetidos à cirurgia logo após o diagnóstico ou após conduta conservadora inicial, no que diz respeito às seqüelas pós-operatórias.
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spelling Penido, Norma de Oliveira [UNIFESP]Tangerina, Rodrigo P.Kosugi, Eduardo Macoto [UNIFESP]Abreu, Carlos Eduardo Cesário deVasco, Matheus BrandãoUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)2015-06-14T13:37:15Z2015-06-14T13:37:15Z2007-12-01Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, v. 73, n. 6, p. 867-871, 2007.0034-7299http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/4063http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992007000600024S0034-72992007000600024.pdfS0034-7299200700060002410.1590/S0034-72992007000600024A história natural dos schwannomas vestibulares ainda não está totalmente elucidada, mas sua maioria tende a apresentar crescimento lento, muitos permanecendo sem sintomas durante toda a vida do paciente. Cerca de 69% deste tipo de tumor diagnosticados não apresentam crescimento e, destes, 16% chegam a apresentar regressão tumoral. Considerando os tumores que apresentam crescimento, cerca de 70% crescem menos de 2 mm ao ano. O avanço nos métodos de diagnóstico por imagem, particularmente à ressonância magnética com contraste de gadolínio, permite o diagnóstico cada vez mais de lesões com sintomas mínimos e tamanhos menores. O tratamento de escolha para estes tumores ainda é a ressecção completa do tumor. As técnicas cirúrgicas apresentaram grande avanço nas últimas décadas, o que possibilitou diminuição da mortalidade. Assim, a cirurgia, que antes tinha como objetivo apenas a ressecção completa do tumor, agora visa também à preservação da audição e da função do nervo facial. Considerações finais: Considerando-se sua história natural, abre-se a possibilidade de uma conduta conservadora já que o ritmo de crescimento no primeiro ano após o diagnóstico prediz o comportamento do tumor nos próximos anos. A conduta conservadora não implica em repúdio à cirurgia, devendo ser utilizada em casos de aumento tumoral, piora dos sintomas ou desejo do paciente. Além disso, em relatos de literatura não há diferença estatisticamente significante entre os pacientes submetidos à cirurgia logo após o diagnóstico ou após conduta conservadora inicial, no que diz respeito às seqüelas pós-operatórias.The natural history of Vestibular Schwannomas (VS) is yet not totally known, but most of them have the tendency to slow growth, sometimes without any kind of symptoms during the individual s entire time. About 69% of diagnosed VS do not grow at all and 16% of these can even regress. Considering tumors that grow, about 70% have grown less than 2mm an year. Advanced radiological diagnosis, especially magnetic resonance imaging with gadolinium helps us diagnose small and less symptomatic tumors. Treatment of choice still is complete tumor resection. Surgical approaches have improved considerably and have helped preserve facial nerve function and hearing. Considering VS s natural history, there is a possibility for conservative treatment for these tumors, because their growth in the first year after diagnosis predicts tumor growth behavior in the next years. Surgery should be done in cases of tumor growth, patient s desire or symptoms worsening. Moreover, in terms of postoperative sequelae, there is no difference between patients who underwent surgery immediately after diagnosis and those who underwent initial conservative treatment for these tumors.Epm UNIFESPEPM UNIFESPUNIFESP, EPMSciELO867-871porABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-FacialRevista Brasileira de Otorrinolaringologianeurinoma do acústicoschwannoma vestibulartratamentoacoustic neuromasvestibular schwannomatreatmentSchwannoma vestibular: involução tumoral espontâneaVestibular Schwannoma: spontaneous tumor involutioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0034-72992007000600024.pdfapplication/pdf819872${dspace.ui.url}/bitstream/11600/4063/1/S0034-72992007000600024.pdfe70e20f044a9d7c7af28ddf8473bd9c6MD51open accessTEXTS0034-72992007000600024.pdf.txtS0034-72992007000600024.pdf.txtExtracted texttext/plain15081${dspace.ui.url}/bitstream/11600/4063/2/S0034-72992007000600024.pdf.txt042905755cd9712dc0c0c5d6f4fb0acdMD52open access11600/40632023-02-15 09:30:32.02open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/4063Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-25T12:30:54.293715Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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