Estudo sobre a prevenção do uso indevido de álcool e outras drogas em um Instituto Federal de Educação no estado de São Paulo

• Autor(a) principal: Silva, Debora Cavalcante Da [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9245556; https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/64729
• topic: Uso/Abuso De Drogas; Ciência Da Implementação; Transtornos Relacionados Ao Uso De Substâncias; Escola; Prevention; Drug Use/Abuse; Implementation Science; Substance-Related Disorders; School

O uso de álcool e outras drogas têm afetado inúmeras pessoas ao redor do mundo, causando milhares de mortes a cada ano, podendo trazer diversos outros prejuízos como: incapacidades, consequências à saúde, dependência, etc. Dados apontam que os adolescentes e os jovens são vulneráveis ao uso de drogas e são mais propensos a se colocarem em risco em razão deste uso, havendo a necessidade da existência de intervenções preventivas a este respeito, assim, a escola se torna um ambiente importante para a realização das ações junto a este público. Dessa forma, o presente estudo objetivou estudar, por meio de questionário online com servidores, a prevenção ao uso de álcool e outras drogas em um “Instituto Federal de Educação”, buscando compreender a prevalência, características e tipos de ações existentes nesse sentido, assim como dificuldades e obstáculos para a sua implementação. Para complementar o referido estudo, realizou-se também uma revisão integrativa dos relatos de experiência sobre a prevenção do uso de álcool e outras drogas em escolas brasileiras, com o objetivo de conhecer como são feitas as ações interventivas em relação ao uso de drogas nas escolas. Os resultados da revisão integrativa demonstraram que a grande maioria das intervenções preventivas no contexto escolar brasileiro foram feitas em instituições educacionais públicas; mais da metade das ações atingiram apenas uma escola/campus, dentre as quais houveram algumas que foram realizadas apenas para uma única sala/turma, ou para um número pequeno de estudantes, não alcançando toda a escola; grande parte foram feitas por meio de projetos de extensão universitária, sem a participação dos pais, e sem uma participação ativa dos docentes das escolas alvo (de ensino fundamental e médio) nas atividades realizadas. No estudo com os profissionais do instituto federal de educação participaram 63 servidores de 28 campi da instituição localizados em diversas cidades do Estado de São Paulo. Os resultados demonstraram que a prevenção, quando realizada, é feita na grande maioria das vezes por meio de palestras pontuais e sem regularidade; 71,4% dos servidores disseram que seu campus não possui projeto ou programa de prevenção ao uso de álcool e outras drogas em vigor atualmente, e outros 27% nunca ouviram falar sobre a existência de algum projeto ou programa em vigor em seu campus. As dificuldades e obstáculos encontrados foram: falta de capacitação; dúvidas de como agir; sensação de não estar devidamente preparado para atuar frente a esta questão; falta de apoio da comunidade escolar (docentes, pais, servidores administrativos, comunidade do entorno da escola) e de sensibilização sobre o tema das drogas; falta de apoio institucional; rara existência de discussões e eventos sobre o assunto dentro da escola. Finalmente, consideramos necessária a realização de mais pesquisas científicas sobre o tema, em especial envolvendo as práticas e experiências no contexto escolar, e maior divulgação de estudos científicos.