Avaliação da infecção aguda e crônica por tripomastigotas de Trypanosoma cruzi (TcI e TcVI) em camundongos isogênicos BALB/c e C57BL/6

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Bianca Rodrigues Lima [UNIFESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4239461
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47993
Resumo: Trypanosoma cruzi é o agente etiológico da Doença de Chagas, que afeta milhões de pessoas no mundo. Diferentes isolados de T. cruzi apresentam características genotípicas e fenotípicas variadas, o que interfere na interação patógeno-hospedeiro; assim, o parasita é classificado em seis grupos (TcI a TcVI). A infecção por T. cruzi se desenvolve em duas fases, aguda e crônica, com características distintas e importante atuação do sistema imunológico em cada uma, tanto com fatores protetores como patogênicos. O camundongo tem sido utilizado como modelo experimental para Doença de Chagas pois mimetiza a infecção humana em vários aspectos, e o desenvolvimento da doença varia conforme a linhagem do hospedeiro e a cepa do parasita utilizados. Assim, foi avaliada a infecção aguda e crônica pelas cepas G (TcI) e CL (TcVI) de T. cruzi com tropismo e infectividade distintos em duas linhagens de camundongos isogênicos (C57BL/6 e BALB/c), que demonstram diferentes graus de susceptibilidade a diferentes cepas de T. cruzi. Foi analisado o tropismo do parasita por diferentes tecidos, por meio de microscopia confocal e qPCR; e também foi avaliada a resposta do hospedeiro à infecção, pela análise das populações de linfócitos no baço e macrófagos peritoneais, além de quantificação de citocinas e quimiocinas séricas. Resultados de qPCR mostraram que a cepa CL instaurou a infecção mais rapidamente que a cepa G; ao mesmo tempo, a resposta de camundongos BABL/c, por meio da secreção de diferentes citocinas, teve início precoce comparado a C57BL/6. No pico da fase aguda, por microscopia confocal e qPCR foi observada a disseminação da infecção em todos os grupos analisados, com algumas diferenças com relação ao tropismo do parasita, e nesse momento também todos os animais mostraram responder a infecção pelo aumento da concentração de citocinas séricas, entretanto camundongos BALB/c aparentaram ter uma regulação melhor da resposta imune do que C57BL/6. De fato, na fase crônica, camundongos C57BL/6 apresentaram resposta exacerbada de citocinas e quimiocinas, além de diminuição na população de células T regulatórias. Assim, os resultados obtidos indicam que, nesses modelos de infecção experimental, a desregulação da reposta imune, típica de Doença de Chagas crônica, pode ser resultado da perda do controle entre citocinas pró e anti-inflamatórias ainda durante a fase aguda.
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Diferentes isolados de T. cruzi apresentam características genotípicas e fenotípicas variadas, o que interfere na interação patógeno-hospedeiro; assim, o parasita é classificado em seis grupos (TcI a TcVI). A infecção por T. cruzi se desenvolve em duas fases, aguda e crônica, com características distintas e importante atuação do sistema imunológico em cada uma, tanto com fatores protetores como patogênicos. O camundongo tem sido utilizado como modelo experimental para Doença de Chagas pois mimetiza a infecção humana em vários aspectos, e o desenvolvimento da doença varia conforme a linhagem do hospedeiro e a cepa do parasita utilizados. Assim, foi avaliada a infecção aguda e crônica pelas cepas G (TcI) e CL (TcVI) de T. cruzi com tropismo e infectividade distintos em duas linhagens de camundongos isogênicos (C57BL/6 e BALB/c), que demonstram diferentes graus de susceptibilidade a diferentes cepas de T. cruzi. Foi analisado o tropismo do parasita por diferentes tecidos, por meio de microscopia confocal e qPCR; e também foi avaliada a resposta do hospedeiro à infecção, pela análise das populações de linfócitos no baço e macrófagos peritoneais, além de quantificação de citocinas e quimiocinas séricas. Resultados de qPCR mostraram que a cepa CL instaurou a infecção mais rapidamente que a cepa G; ao mesmo tempo, a resposta de camundongos BABL/c, por meio da secreção de diferentes citocinas, teve início precoce comparado a C57BL/6. No pico da fase aguda, por microscopia confocal e qPCR foi observada a disseminação da infecção em todos os grupos analisados, com algumas diferenças com relação ao tropismo do parasita, e nesse momento também todos os animais mostraram responder a infecção pelo aumento da concentração de citocinas séricas, entretanto camundongos BALB/c aparentaram ter uma regulação melhor da resposta imune do que C57BL/6. De fato, na fase crônica, camundongos C57BL/6 apresentaram resposta exacerbada de citocinas e quimiocinas, além de diminuição na população de células T regulatórias. Assim, os resultados obtidos indicam que, nesses modelos de infecção experimental, a desregulação da reposta imune, típica de Doença de Chagas crônica, pode ser resultado da perda do controle entre citocinas pró e anti-inflamatórias ainda durante a fase aguda.Trypanosoma cruzi is the etiologic agent of Chagas' disease, that affects millions of people worldwide. Different strains of T. cruzi present specific genotype and phenotype characteristics, that interfere with host-pathogen interactions and thus, the parasite has been classified into six groups (TcI to TcVI). T. cruzi infection develops in acute and chronic phases featured by different characteristics with an important role of the immune system that has a dual role as both protective and pathogenic element. Mouse is a well-established experimental model of Chagas' disease because it reproduces important features of human infection and provides an experimental basis for the study of host lineages and the parasite strain. Thus, we evaluated acute and chronic infection by G (TcI) and CL (TcVI) strains of T. cruzi, which have distinct tropism and infectivity, in two inbred mice lineages (C57BL/6 and BALB/c), that display variable susceptibility degrees for different T. cruzi strains. We have analyzed parasite tropism for different tissues by confocal microscopy and qPCR, and we also evaluated host responses to infection by analyzing splenic lymphocytes and peritoneal macrophages populations, besides quantifying serum cytokines and chemokines. qPCR results showed that CL strain established the infection faster than G strain; at the same time, BALB/c response, through diverse in cytokine secretion, had been initiated earlier than in C57BL/6 mice. At the parasitaemia peak in acute phase, we observed that the infection was disseminated in all groups analyzed, either by confocal microscopy or by qPCR, with some differences concerning parasite tropism; and at this point, all the animals had responded to infection by increasing serum cytokines concentration, however BALB/c mice seemed to better regulate the immune response than C57BL/6. Indeed, at the chronic phase, C56BL/6 mice presented exacerbated cytokine and chemokine responses, and also had a decrease in regulatory T cell population. Thus our results point that, in these experimental models, the deregulation of immune response, that is typical of chronic Chagas? disease, may be due to loss of pro and anti-inflammatory cytokines control early in the acute phase of the disease.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2013 a 2016)87 f.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Trypanosoma cruziTrypanosoma cruziAvaliação da infecção aguda e crônica por tripomastigotas de Trypanosoma cruzi (TcI e TcVI) em camundongos isogênicos BALB/c e C57BL/6Evaluation of acute and chronic infection with Trypanosoma cruzi trypomastigotes (TcI and TcVI) in BALB/c and C57BL/6 inbred miceinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM)Microbiologia e ImunologiaCiências biológicasMicrobiologiaORIGINALBIANCA RODRIGUES LIMA FERREIRA - PDF A.pdfBIANCA RODRIGUES LIMA FERREIRA - PDF A.pdfDissertação de mestradoapplication/pdf3123097${dspace.ui.url}/bitstream/11600/47993/2/BIANCA%20RODRIGUES%20LIMA%20FERREIRA%20-%20PDF%20A.pdf4b0ccd29cebf65fc0eb81fdfb838b90cMD52open access11600/479932023-05-16 11:38:15.896open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/47993Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-25T12:35:59.810906Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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