O idoso e a velhice sob a ótica de estudantes de medicina: um estudo de representações sociais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ezequiel, Maria Cristina Diniz Gonçalves [UNIFESP]
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/20573
Resumo: Este estudo teve como objetivos analisar as Representações Sociais que estudantes de Medicina têm do idoso e da velhice, buscando apreender as concepções sob a ótica do estudante do 4º.ano da faculdade de Medicina de Petrópolis; discutir as relações que este estudante tem com o idoso e a velhice e identificar suas dificuldades, anseios e expectativas no manejo com os pacientes idosos. Fizemos revisão bibliográfica sobre conceitos de Representações Sociais, Representações Sociais e Saúde, Velhice e o Processo de Envelhecimento, e o Idoso e a Velhice na Sociedade Brasileira Atual, falando de índices demográficos, de como estamos nos relacionando com os idosos, tentando mostrar que a "causa" deles é uma causa de todos nós. Esta é uma pesquisa de cunho qualitativo que utilizou como instrumentos o questionário com perguntas semiestruturadas e a técnica do ‘grupo focal’. A população de estudo foi composta por noventa e seis estudantes que cursaram o 4º. ano de medicina, no ano de 2004. A análise dos dados foi realizada utilizando dois procedimentos: cálculo de freqüência de ocorrência e porcentagens, e análise temática dentro dos critérios de análise de conteúdo. Os resultados foram discutidos e encontraram-se concepções da velhice, como ‘sabedoria’ e ‘experiência’ para amenizar o fato de ser um período de perdas, incapacidades, dependência, doença e proximidade da morte. Podem ter qualidade de vida, se puderem trabalhar, ter lazer, serem respeitados. Os velhos são teimosos, não aceitam a velhice, mas são pacientes que reconhecem o trabalho dos estudantes como futuros médicos. Relacionam-se bem quando são identificados como avós e parentes. As atitudes estão diretamente relacionadas ao vínculo e são negativas quanto maior for o medo e a angústia sentidos pelos estudantes, por associarem velhice à doença e à morte. Revelam saberem pouco sobre o processo de envelhecimento, fato que dificulta a relação médico/paciente por se sentirem impotentes, com limites. Consideramos a importância da educação permanente no estímulo à construção do conhecimento nesta área, visto que a velhice é uma realidade e a população idosa está em crescente progressão. Relevamos a necessidade imperiosa de introduzir estudantes de medicina nas comunidades, nos primeiros anos de graduação, para que tenham o contato com a população saudável no sentido pleno da palavra, visando que se crie vínculo e implante nos estudantes de medicina de hoje, o senso de responsabilidade social.
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Fizemos revisão bibliográfica sobre conceitos de Representações Sociais, Representações Sociais e Saúde, Velhice e o Processo de Envelhecimento, e o Idoso e a Velhice na Sociedade Brasileira Atual, falando de índices demográficos, de como estamos nos relacionando com os idosos, tentando mostrar que a "causa" deles é uma causa de todos nós. Esta é uma pesquisa de cunho qualitativo que utilizou como instrumentos o questionário com perguntas semiestruturadas e a técnica do ‘grupo focal’. A população de estudo foi composta por noventa e seis estudantes que cursaram o 4º. ano de medicina, no ano de 2004. A análise dos dados foi realizada utilizando dois procedimentos: cálculo de freqüência de ocorrência e porcentagens, e análise temática dentro dos critérios de análise de conteúdo. Os resultados foram discutidos e encontraram-se concepções da velhice, como ‘sabedoria’ e ‘experiência’ para amenizar o fato de ser um período de perdas, incapacidades, dependência, doença e proximidade da morte. Podem ter qualidade de vida, se puderem trabalhar, ter lazer, serem respeitados. Os velhos são teimosos, não aceitam a velhice, mas são pacientes que reconhecem o trabalho dos estudantes como futuros médicos. Relacionam-se bem quando são identificados como avós e parentes. As atitudes estão diretamente relacionadas ao vínculo e são negativas quanto maior for o medo e a angústia sentidos pelos estudantes, por associarem velhice à doença e à morte. Revelam saberem pouco sobre o processo de envelhecimento, fato que dificulta a relação médico/paciente por se sentirem impotentes, com limites. Consideramos a importância da educação permanente no estímulo à construção do conhecimento nesta área, visto que a velhice é uma realidade e a população idosa está em crescente progressão. Relevamos a necessidade imperiosa de introduzir estudantes de medicina nas comunidades, nos primeiros anos de graduação, para que tenham o contato com a população saudável no sentido pleno da palavra, visando que se crie vínculo e implante nos estudantes de medicina de hoje, o senso de responsabilidade social.This study had as objectives to analyze the Social Representations that students of Medicine have of the senior and of the old age, looking for to apprehend the conceptions as seen as by student's of the 4th grade of the Petropolis Medical Scholl – Rio de Janeiro; the relationships that this student has with the senior and the old age to discuss and to identify their difficulties, longings and expectations in the handling with the senior patients. We made bibliographical revision on concepts of Social Representations, Social Representations and Health, Old age and the Process of Aging, and the Senior and the Old age in the Current Brazilian Society, speaking about demographic indexes, of as we are linking with the seniors, trying to show that their "cause" is a cause of all of us. This is a research of qualitative stamp that it used as instruments the questionnaire with semistructured questions and the technique of the ‘focus groups’. The study population was composed by ninety six students that studied the 4th grade of medicine, in the year of 2004. The analysis of the data was accomplished using two procedures: calculation of occurrence frequency and percentages, and thematic analysis inside of the criteria of content analysis. The results were discussed and they were conceptions of the old age, as 'wisdom' and 'experience' to soften the fact of being a period of losses, incapacities, dependence, disease and proximity of the death. They can have life quality, if they could work, to have leisure, they be respected. The old ones are stubborn, they don't accept the old age, but they are patient that recognize the students' work as future medical doctors. They link well when they are identified as grandparents and relatives. The attitudes are directly related to the bond and they are negative as adult is the fear, the anguish felt by the students, for they associate old age to the disease and the death. The students demonstrated very little factual knowledge about the process of ageing, a fact that impairs the student-patient relationship by intensifying the feelings of helplessness and of limitation, normally expressed by medical students. We consider that the introduction of a policy of continuous education represents a permanent stimulus for the construction of knowledge in this area, helping make the students understand that the ever increasing presence of the elderly in our society is a fact of life. It is thus very important to introduce medical students directly into the community, at an even earlier stage of their curriculum, permitting them to establish a relationship to the healthy members of the community in order to increase their bonding capacity as well as to help them develop more elaborately their sense of social responsibility.BV UNIFESP: Teses e dissertações180 f.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Percepção socialIdosoSenilidade prematuraEstudantes de medicinaO idoso e a velhice sob a ótica de estudantes de medicina: um estudo de representações sociaisThe elderly and the aging as seen by medical students: a social representation studyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de Enfermagem (EPE)Ensino em ciências da saúde – São PauloORIGINALPublico-20573.pdfPublico-20573.pdfapplication/pdf679961${dspace.ui.url}/bitstream/11600/20573/1/Publico-20573.pdf8c9355e732794912e5a9b60a27ee8f64MD51open accessTEXTPublico-20573.pdf.txtPublico-20573.pdf.txtExtracted texttext/plain292598${dspace.ui.url}/bitstream/11600/20573/3/Publico-20573.pdf.txt00ca3f429cf55e45f88d30a256fd646bMD53open accessTHUMBNAILPublico-20573.pdf.jpgPublico-20573.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3738${dspace.ui.url}/bitstream/11600/20573/5/Publico-20573.pdf.jpg3648b9737b1adb253ad114d36c50b66dMD55open access11600/205732023-05-15 01:17:44.007open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/20573Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-15T04:17:44Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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