Avaliação morfogenética quantitativa dos plexos submucoso e mioentérico do íleo de eqüinos com aganglionose

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Muniz, Eliane [UNIFESP]
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9126
Resumo: A aganglionose intestinal é a ausência congênita e hereditária dos neurônios ganglionares que formam os plexos submucoso e mioentérico, com conseqüente produção de distúrbios peristálticos. Em humanos, esta doença é denominada “Doença de Hirschsprung” (DH) e nos eqüinos aganglionose íleocólica (AIC). As perdas econômicas na produção eqüina relacionadas à gravidade da AIC, bem como a ausência de estudos quantitativos tridimensionais na morfofuncionalidade dos plexos, cria a necessidade de estudos que possam contribuir para o entendimento da mesma. Neste trabalho objetivou-se realizar uma avaliação morfoquantitativa (estereológica) dos plexos nervosos submucoso e mioentérico, do íleo de potros clinicamente sadios e em potros acometidos por aganglionose ileo-cólica. Os parâmetros estereológicos estimados foram: Volume do íleo (Víleo), densidade de volume dos gânglios mioentéricos (VvGmio) e dos gânglios do plexo Submucoso(VvGsub), volume total dos gânglios mioentéricos (VTOTGmio) e Volume Total dos gânglios Submucosos (VTOTGsub), densidade de volume das túnicas: muscular do íleo (VvMUS), submucosa do íleo (VvSUB) e mucosa do íleo (VvMUC) e o volume total destas túnicas: (VTOTMUS), (VTOTSUB), (VTOTMUC), respectivamente. Foram utilizados o íleo de cinco potros machos sadios, sem raça definida (Grupo controle “GC”) e cinco potros machos acometidos pela AIC da raça “Paint Horse” (Grupo experimental “GE”). Após a eutanásia dos potros, o íleo foi removido e amostrado pelo princípio do “Fractionator”. As amostras foram: fixadas (Formoldeído 4%), embebidas (Araldite) e seccionadas (ultramicrótomo). Após 18hs do nascimento os potros do GE, apresentaram sinais de desconforto abdominal recorrente, diminuição ou ausência da motilidade intestinal, hiporexia, taquipnéia, taquicardia e tenesmo. Geneticamente os potros do GE foram homozigotos na análise de PCR para gene mutante pela SLOB. O volume total do íleo apresentou uma redução de 154% nos animais acometidos pela AIC. Concomitantemente a esta alteração identificamos também redução no volume total das túnicas muscular submucosa e mucosa na ordem de 207%, 285% e 280% respectivamente. A densidade de volume do gânglio mioentérico do grupo AIC, também foi drasticamente reduzida na ordem de 16 vezes, bem como houve redução de 42 vezes no volume total ocupado por estes gânglios no íleo. A AIC promoveu as seguintes alterações na estrutura do íleo de eqüinos: (i) atrofia das túnicas mucosa, submucosa e muscular; (ii) atrofia nos neurônios dos plexos miontérico e submucoso; (iii) hipoplasia dos neurônios dos plexos miontérico e submucoso (iv) atrofia no volume total do íleo.
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spelling Muniz, Eliane [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Ribeiro, Antonio Augusto Coppi Maciel [UNIFESP]2015-07-22T20:49:38Z2015-07-22T20:49:38Z2010-08-25MUNIZ, Eliane. Avaliação morfogenética quantitativa dos plexos submucoso e mioentérico do íleo de eqüinos com aganglionose. 2010. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2010.http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9126Tese-12251.pdfA aganglionose intestinal é a ausência congênita e hereditária dos neurônios ganglionares que formam os plexos submucoso e mioentérico, com conseqüente produção de distúrbios peristálticos. Em humanos, esta doença é denominada “Doença de Hirschsprung” (DH) e nos eqüinos aganglionose íleocólica (AIC). As perdas econômicas na produção eqüina relacionadas à gravidade da AIC, bem como a ausência de estudos quantitativos tridimensionais na morfofuncionalidade dos plexos, cria a necessidade de estudos que possam contribuir para o entendimento da mesma. Neste trabalho objetivou-se realizar uma avaliação morfoquantitativa (estereológica) dos plexos nervosos submucoso e mioentérico, do íleo de potros clinicamente sadios e em potros acometidos por aganglionose ileo-cólica. Os parâmetros estereológicos estimados foram: Volume do íleo (Víleo), densidade de volume dos gânglios mioentéricos (VvGmio) e dos gânglios do plexo Submucoso(VvGsub), volume total dos gânglios mioentéricos (VTOTGmio) e Volume Total dos gânglios Submucosos (VTOTGsub), densidade de volume das túnicas: muscular do íleo (VvMUS), submucosa do íleo (VvSUB) e mucosa do íleo (VvMUC) e o volume total destas túnicas: (VTOTMUS), (VTOTSUB), (VTOTMUC), respectivamente. Foram utilizados o íleo de cinco potros machos sadios, sem raça definida (Grupo controle “GC”) e cinco potros machos acometidos pela AIC da raça “Paint Horse” (Grupo experimental “GE”). Após a eutanásia dos potros, o íleo foi removido e amostrado pelo princípio do “Fractionator”. As amostras foram: fixadas (Formoldeído 4%), embebidas (Araldite) e seccionadas (ultramicrótomo). Após 18hs do nascimento os potros do GE, apresentaram sinais de desconforto abdominal recorrente, diminuição ou ausência da motilidade intestinal, hiporexia, taquipnéia, taquicardia e tenesmo. Geneticamente os potros do GE foram homozigotos na análise de PCR para gene mutante pela SLOB. O volume total do íleo apresentou uma redução de 154% nos animais acometidos pela AIC. Concomitantemente a esta alteração identificamos também redução no volume total das túnicas muscular submucosa e mucosa na ordem de 207%, 285% e 280% respectivamente. A densidade de volume do gânglio mioentérico do grupo AIC, também foi drasticamente reduzida na ordem de 16 vezes, bem como houve redução de 42 vezes no volume total ocupado por estes gânglios no íleo. A AIC promoveu as seguintes alterações na estrutura do íleo de eqüinos: (i) atrofia das túnicas mucosa, submucosa e muscular; (ii) atrofia nos neurônios dos plexos miontérico e submucoso; (iii) hipoplasia dos neurônios dos plexos miontérico e submucoso (iv) atrofia no volume total do íleo.Intestinal aganglionosis is the congenital and hereditary absence of the ganglionic neurons that form the submucosal and myenteric plexuses, a condition that consequently leads to peristaltic disorders. In humans this illness is called “Hirschsprung’s Disease” (HD) and in horses, ileocolic aganglionosis (ICA). Economic losses related to the seriousness of ICA, as well as the absence of three-dimensional quantitative studies on the morpho-functionality of the plexuses creates the need for studies that can contribute to an understanding of it. In this work, the aim was to carry out a morpho-quantitative assessment (stereological) of the submucosal and myenteric nerve plexuses of the ileums of clinically healthy foals and those suffering from ileocolic aganglionosis. The estimated stereological parameters were: volume of the ileum (Víleo), the volume density of the myenteric ganglia (VvGmio) and of the ganglia of the submucosal plexus (VvGsub), the total volume of the myenteric ganglia (VTOTGmio), the total volume of the submucosal ganglia (VTOTGsub), the volume density of the muscle tunic of the ileum (VvMUS), the submucosal tunic of the ileum (VvSUB), the mucosal tunic of the ileum (VvMUC) and the total volume of these tunics: (VTOTMUS), (VTOTSUB) and (VTOTMUC), respectively. The ileums from five healthy male foals, of indeterminate breed (control group, “CG”) and five male “paint horse” foals suffering from ICA (experimental group “EG”) were used. After the foals had been euthanized their ileums were removed and sampled using the fractionator principle. The samples were fixed (formaldehyde 4%), embedded (araldite) and sectioned (ultramicrotome). Within 18 hours of the EG foals being born they had signs of recurrent abdominal discomfort, a decrease in or absence of intestinal motility, hyporexia, tachypnea, tachycardia and tenesmus. Genetically, the EG foals were homozygotes in the PCR mutant gene analysis by SLOB. There was a reduction of 154% in the total volume of the ileum in animals suffering from ICA. In addition to this change we also identified a reduction in the total volume of the muscle, submucosal and mucosal tunics by around 207%, 285% and 280% respectively. The volume density of the myenteric ganglion of the ICA group was also drastically reduced by some 16 times. The total volume occupied by these ganglia in the ileum of the horses was also reduced by 42 times. ICA caused the following alterations in the structure of the ileum of the horses: (i) atrophy of the mucosal, submucosal and muscle tunics; (ii) atrophy of the neurons of the myenteric and submucosal plexuses; (iii) hypoplasia of the neurons of the myenteric and submucosal plexuses (iv) atrophy of the total volume of the ileum.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 2008/56095-1TEDEBV UNIFESP: Teses e dissertações66 p.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Doença de HirschsprungIleoAvaliação morfogenética quantitativa dos plexos submucoso e mioentérico do íleo de eqüinos com aganglionoseMorphogenetic and quantitative assessment of the myenteric and submucosal plexuses of the ileums of horses with ileocolic aganglionosisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM)Morfologia e GenéticaORIGINALTese-12251.pdfTese-12251.pdfapplication/pdf3053213${dspace.ui.url}/bitstream/11600/9126/1/Tese-12251.pdf3703112a43feb93ed4fdc9e4ad7197d2MD51open access11600/91262022-10-21 11:17:11.697open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/9126Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652022-10-21T14:17:11Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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