Os níveis séricos de calicreína plasmática e catepsina B estão associados com à fibrose hepática em pacientes com hepatite c crônica
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6325997 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/53051 |
Resumo: | Introdução. O vírus da Hepatite C (HCV) é uma das principais causas de doenças hepáticas crônicas em todo mundo, onde 85% dos infectados apresentam algum grau de fibrose hepática. O fator de crescimento transformantebeta 1 (TGFβ1) possui um papel importante na proliferação e ativação das células estreladas hepáticas (HSC) no processo de indução de fibrose no fígado. A catepsina B (Cat B) e a calicreína plasmática (PLK) são enzimas que podem ativar proteoliticamente a forma latente do TGFβ1 durante a fibrose hepática induzida pela infecção do HCV. A gravidade da fibrose hepática determina o prognóstico e o tratamento dos pacientes com hepatite C crônica (CCH). Objetivo. Verificar se os níveis séricos de Cat B e PLK se correlacionaram com a gravidade da inflamação e fibrose hepática nos pacientes com CHC, antes e após o tratamento com interferon α com ribavirina, podendo servir como novos biomarcadores nãoinvasivos para o diagnóstico de fibrose hepática. Metodologia. Os níveis séricos de Cat B e PKL foram nos pacientes portadores de CCH, classificados de acordo com a tabela METAVIR (N=53), bem como, nos indivíduos doadores de sangue sem HCV (N=70). Os diferentes dados laboratoriais foram correlacionados entre si e com as medidas de Cat B e PKL, usando coeficiente Pearson para avaliar dados paramétricos e o coeficiente de Spearman para dados nãoparamétricos. A sensibilidade, especificidade e a acurácia diagnóstica da Cat B e da PKL foram avaliados pela curva ROC, esses resultados foram comparados com a performance dos biomarcadores nãoinvasivos ja existentes APRI e FIB4. Também, os valores de Cat B e PKL foram correlacionados com a resposta virológica sustentada (RVS) dos pacientes submetidos ao tratamento com interferonα + ribavirina, todos com avaliação histológica de fibrose hepática prévia ao tratamento (METAVIR). Resultados. Os níveis séricos de Cat B (3,61 ± 0,26 U/m) e PKL (3,77 ± 0,24 U/ml) foram significativamente maiores (P < 0,0001) nos indivíduos com fibrose hepática ≥ F2 em comparação aos indivíduos saudáveis sem fibrose hepática (1,61 ± 0,06 U/m). Além disso, verificamos que os níveis de Cat B e PLK estavam gradualmente elevados de acordo com a gravidade do escore de fibrose hepática. Os níveis de Cat B correlacionaramse fortemente com os níveis de PLK no soro de pacientes com CHC (r = 0,953; IC95% = 0,916 – 0,974; P <0,0001). De acordo com a área sob a curva ROC, os níveis de Cat B (AUROC = 0,99 ± 0,01) e PKL (AUROC = 0,99 ± 0,01) foram parâmetros significativamente superior ao APRI (AUROC = 0,71 ± 0,05) e ao FIB4 (AUROC = 0,67 ± 0,06) para predizer fibrose hepática inicial (≥ F2) em pacientes com CHC. O valor de corte estabelecido para os níveis séricos de Cat B ≥ 2,61 U/mL identificaram com elevada precisão a presença de inflamação e fibrose hepática no escore ≥ A1F2 nos pacientes portadores de HCV, bem como, os níveis séricos de Cat B < 2,61 U/ml identificam a ausência de lesão hepática na população (Sensibilidade = 96%, Especificidade = 95%). O valor de corte para os níveis séricos de PKL ≥ 2,9 U/ml identifica com precisão a presença de inflamação e fibrose hepática no escore ≥ A1F2 nos pacientes portadores de HCV, como os níveis séricos de PKL < 2,9 U/ml identificam ausência de fibrose hepática na população (Sensibilidade = 96%, Especificidade = 98%). Ainda, a elevada concentração de Cat B (> 3,3 U/ml) no soro dos pacientes portadores de HCV é capaz de predizer o insucesso do tratamento com interferon α associado a ribavirina. Conclusão. Os níveis séricos de Cat B e PKL podem ser utilizados como biomarcadores confiáveis para a predição de inflamação e fibrose hepática iniciais (≥ A1F2) nos pacientes portadores de HCV, bem como, são confiáveis para a exclusão do diagnóstico de fibrose hepática na população. Os níveis séricos de catepsina B podem auxiliar na predição do sucesso ao tratamento dos pacientes com interferon α + ribavirina. |
id |
UFSP_4ac3c70d85db15e3871069bf09c6f3f7 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unifesp.br:11600/53051 |
network_acronym_str |
UFSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
repository_id_str |
3465 |
spelling |
Zanelatto, Alexia de Cassia Oliveira [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)http://lattes.cnpq.br/6267588099859327http://lattes.cnpq.br/4859954582615304Tersariol, Ivarne Luis dos Santos [UNIFESP]São Paulo2020-03-25T12:10:53Z2020-03-25T12:10:53Z2018-06-28https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6325997https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/530512018-0996.pdfIntrodução. O vírus da Hepatite C (HCV) é uma das principais causas de doenças hepáticas crônicas em todo mundo, onde 85% dos infectados apresentam algum grau de fibrose hepática. O fator de crescimento transformantebeta 1 (TGFβ1) possui um papel importante na proliferação e ativação das células estreladas hepáticas (HSC) no processo de indução de fibrose no fígado. A catepsina B (Cat B) e a calicreína plasmática (PLK) são enzimas que podem ativar proteoliticamente a forma latente do TGFβ1 durante a fibrose hepática induzida pela infecção do HCV. A gravidade da fibrose hepática determina o prognóstico e o tratamento dos pacientes com hepatite C crônica (CCH). Objetivo. Verificar se os níveis séricos de Cat B e PLK se correlacionaram com a gravidade da inflamação e fibrose hepática nos pacientes com CHC, antes e após o tratamento com interferon α com ribavirina, podendo servir como novos biomarcadores nãoinvasivos para o diagnóstico de fibrose hepática. Metodologia. Os níveis séricos de Cat B e PKL foram nos pacientes portadores de CCH, classificados de acordo com a tabela METAVIR (N=53), bem como, nos indivíduos doadores de sangue sem HCV (N=70). Os diferentes dados laboratoriais foram correlacionados entre si e com as medidas de Cat B e PKL, usando coeficiente Pearson para avaliar dados paramétricos e o coeficiente de Spearman para dados nãoparamétricos. A sensibilidade, especificidade e a acurácia diagnóstica da Cat B e da PKL foram avaliados pela curva ROC, esses resultados foram comparados com a performance dos biomarcadores nãoinvasivos ja existentes APRI e FIB4. Também, os valores de Cat B e PKL foram correlacionados com a resposta virológica sustentada (RVS) dos pacientes submetidos ao tratamento com interferonα + ribavirina, todos com avaliação histológica de fibrose hepática prévia ao tratamento (METAVIR). Resultados. Os níveis séricos de Cat B (3,61 ± 0,26 U/m) e PKL (3,77 ± 0,24 U/ml) foram significativamente maiores (P < 0,0001) nos indivíduos com fibrose hepática ≥ F2 em comparação aos indivíduos saudáveis sem fibrose hepática (1,61 ± 0,06 U/m). Além disso, verificamos que os níveis de Cat B e PLK estavam gradualmente elevados de acordo com a gravidade do escore de fibrose hepática. Os níveis de Cat B correlacionaramse fortemente com os níveis de PLK no soro de pacientes com CHC (r = 0,953; IC95% = 0,916 – 0,974; P <0,0001). De acordo com a área sob a curva ROC, os níveis de Cat B (AUROC = 0,99 ± 0,01) e PKL (AUROC = 0,99 ± 0,01) foram parâmetros significativamente superior ao APRI (AUROC = 0,71 ± 0,05) e ao FIB4 (AUROC = 0,67 ± 0,06) para predizer fibrose hepática inicial (≥ F2) em pacientes com CHC. O valor de corte estabelecido para os níveis séricos de Cat B ≥ 2,61 U/mL identificaram com elevada precisão a presença de inflamação e fibrose hepática no escore ≥ A1F2 nos pacientes portadores de HCV, bem como, os níveis séricos de Cat B < 2,61 U/ml identificam a ausência de lesão hepática na população (Sensibilidade = 96%, Especificidade = 95%). O valor de corte para os níveis séricos de PKL ≥ 2,9 U/ml identifica com precisão a presença de inflamação e fibrose hepática no escore ≥ A1F2 nos pacientes portadores de HCV, como os níveis séricos de PKL < 2,9 U/ml identificam ausência de fibrose hepática na população (Sensibilidade = 96%, Especificidade = 98%). Ainda, a elevada concentração de Cat B (> 3,3 U/ml) no soro dos pacientes portadores de HCV é capaz de predizer o insucesso do tratamento com interferon α associado a ribavirina. Conclusão. Os níveis séricos de Cat B e PKL podem ser utilizados como biomarcadores confiáveis para a predição de inflamação e fibrose hepática iniciais (≥ A1F2) nos pacientes portadores de HCV, bem como, são confiáveis para a exclusão do diagnóstico de fibrose hepática na população. Os níveis séricos de catepsina B podem auxiliar na predição do sucesso ao tratamento dos pacientes com interferon α + ribavirina.Introduction. Hepatitis C Virus (Hcv) Is One Of The Leading Causes Of Chronic Liver Disease Worldwide, Where 85% Of Those Infected Have Some Degree Of Liver Fibrosis. Transforming Growth Factor-Beta 1 (Tgf-"1) Plays An Important Role In The Proliferation And Activation Of Hepatic Stellate Cells (Hsc) In The Process Of Inducing Liver Fibrosis. Cathepsin B (Cat B) And Plasma Kallikrein (Plk) Are Enzymes That Can Proteolytically Activate The Latent Form Of Tgf-"1 During Hepatic Fibrosis Induced By Hcv Infection. The Severity Of Hepatic Fibrosis Determines The Prognosis And Treatment Of Patients With Chronic Hepatitis C (Hcc). Objectives. Verify Whether Serum Levels Of Cat B And Plk Correlated With The Severity Of Hepatic Inflammation And Fibrosis In Patients With Chc Before And After Treatment With Interferon " With Ribavirin, And Could Serve Introduction. Hepatitis C virus (HCV) is one of the leading causes of chronic liver disease worldwide, where 85% of those infected have some degree of liver fibrosis. Transforming growth factorbeta 1 (TGFβ1) plays an important role in the proliferation and activation of hepatic stellate cells (HSC) in the process of inducing liver fibrosis. Cathepsin B (Cat B) and plasma kallikrein (PLK) are enzymes that can proteolytically activate the latent form of TGFβ1 during hepatic fibrosis induced by HCV infection. The severity of hepatic fibrosis determines the prognosis and treatment of patients with chronic hepatitis C (HCC). Objectives. Verify whether serum levels of Cat B and PLK correlated with the severity of hepatic inflammation and fibrosis in patients with CHC before and after treatment with interferon α with ribavirin, and could serve as new noninvasive biomarkers for the diagnosis of hepatic fibrosis. Methodology. Serum levels of Cat B and PKL were classified in patients with CHC, according to the METAVIR (N = 53) table, as well as in blood donors without HCV (N = 70). The different laboratory data were correlated with each other and with Cat B and PKL measures, using Pearson's coefficient to evaluate parametric data and Spearman's coefficient for nonparametric data. The sensitivity, specificity and diagnostic accuracy of Cat B and PKL were evaluated by the ROC curve, these results were compared with the performance of noninvasive biomarkers APRI and FIB4. Also, Cat B and PKL values were correlated with sustained virological response (SVR) in patients receiving interferonα + ribavirin, all with histological assessment of hepatic fibrosis prior to treatment (METAVIR). Results. Serum levels of Cat B (3.61 ± 0.26 U/ml) and PKL (3.77 ± 0.24 U/ml) were significantly higher (P <0.0001) in subjects with hepatic fibrosis ≥ F2 when compared to healthy subjects without hepatic fibrosis (1.61 ± 0.06 U/ml). In addition, we found that levels of Cat B and PLK were gradually elevated according to the severity of the liver fibrosis score. Cat B levels correlated strongly with serum PLK levels in CHC patients (r = 0.953, CI95% = 0,916 0,974, P <0.0001). According to the area under the ROC curve, levels of Cat B (AUROC = 0.99 ± 0.01) and PKL (AUROC = 0.99 ± 0.01) were significantly higher than APRI (AUROC = 0, 71 ± 0.05) and FIB4 (AUROC = 0.67 ± 0.06) to predict initial hepatic fibrosis (≥ F2) in patients with HCC. The cutoff value established for serum levels of Cat B ≥ 2.61 U / mL identifies with high precision the presence of inflammation and hepatic fibrosis in the ≥ A1F2 score in patients with HCV, as well as serum levels of Cat B < 2.61 U/ml identified the absence of hepatic lesion in the population (Sensitivity = 96%, Specificity = 95%). The cutoff value for serum PKL ≥ 2.9 U/ml accurately identifies the presence of inflammation and hepatic fibrosis in the ≥ A1F2 score in patients with HCV, such as serum PKL <2.9 U/ml identified absence of hepatic fibrosis in the population (Sensitivity = 96%, Specificity = 98%). Furthermore, the high concentration of Cat B (> 3.3 U/ml) in the serum of patients with HCV is able to predict the failure of treatment with interferon α associated with ribavirin. Conclusion. Serum levels of Cat B and PKL can be used as reliable biomarkers for the prediction of initial inflammation and hepatic fibrosis (≥ A1F2) in patients with HCV, as well as being reliable for excluding the diagnosis of liver fibrosis in the population. Serum cathepsin B levels may aid in the prediction of successful treatment of patients with interferon α + ribavirin.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2018)119 f.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Catepsina BCalicreína plasmáticaHepatite CFibrose hepáticaCathepsin BPlasmic kallikreinHepatitis CHepatic fibrosisOs níveis séricos de calicreína plasmática e catepsina B estão associados com à fibrose hepática em pacientes com hepatite c crônicaSeries levels of plasma kallikrein and cathepsin b are associated with hepatic fibrosis in patients with chronic hepatitis C.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de MedicinaCiências Biológicas (Biologia Molecular)Ciências BiológicasGlicobiologiaORIGINALAlexia de Cassia Oliveira Zanelatto - A.pdfAlexia de Cassia Oliveira Zanelatto - A.pdfDissertação de mestradoapplication/pdf1547926${dspace.ui.url}/bitstream/11600/53051/1/Alexia%20de%20Cassia%20Oliveira%20Zanelatto%20-%20A.pdfb2ebdd6f33d9bb99bc811e38244b2db4MD51open access11600/530512023-06-30 14:29:23.489open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/53051Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-30T17:29:23Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Os níveis séricos de calicreína plasmática e catepsina B estão associados com à fibrose hepática em pacientes com hepatite c crônica |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Series levels of plasma kallikrein and cathepsin b are associated with hepatic fibrosis in patients with chronic hepatitis C. |
title |
Os níveis séricos de calicreína plasmática e catepsina B estão associados com à fibrose hepática em pacientes com hepatite c crônica |
spellingShingle |
Os níveis séricos de calicreína plasmática e catepsina B estão associados com à fibrose hepática em pacientes com hepatite c crônica Zanelatto, Alexia de Cassia Oliveira [UNIFESP] Catepsina B Calicreína plasmática Hepatite C Fibrose hepática Cathepsin B Plasmic kallikrein Hepatitis C Hepatic fibrosis |
title_short |
Os níveis séricos de calicreína plasmática e catepsina B estão associados com à fibrose hepática em pacientes com hepatite c crônica |
title_full |
Os níveis séricos de calicreína plasmática e catepsina B estão associados com à fibrose hepática em pacientes com hepatite c crônica |
title_fullStr |
Os níveis séricos de calicreína plasmática e catepsina B estão associados com à fibrose hepática em pacientes com hepatite c crônica |
title_full_unstemmed |
Os níveis séricos de calicreína plasmática e catepsina B estão associados com à fibrose hepática em pacientes com hepatite c crônica |
title_sort |
Os níveis séricos de calicreína plasmática e catepsina B estão associados com à fibrose hepática em pacientes com hepatite c crônica |
author |
Zanelatto, Alexia de Cassia Oliveira [UNIFESP] |
author_facet |
Zanelatto, Alexia de Cassia Oliveira [UNIFESP] |
author_role |
author |
dc.contributor.institution.pt_BR.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/6267588099859327 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4859954582615304 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Zanelatto, Alexia de Cassia Oliveira [UNIFESP] |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Tersariol, Ivarne Luis dos Santos [UNIFESP] |
contributor_str_mv |
Tersariol, Ivarne Luis dos Santos [UNIFESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Catepsina B Calicreína plasmática Hepatite C Fibrose hepática |
topic |
Catepsina B Calicreína plasmática Hepatite C Fibrose hepática Cathepsin B Plasmic kallikrein Hepatitis C Hepatic fibrosis |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Cathepsin B Plasmic kallikrein Hepatitis C Hepatic fibrosis |
description |
Introdução. O vírus da Hepatite C (HCV) é uma das principais causas de doenças hepáticas crônicas em todo mundo, onde 85% dos infectados apresentam algum grau de fibrose hepática. O fator de crescimento transformantebeta 1 (TGFβ1) possui um papel importante na proliferação e ativação das células estreladas hepáticas (HSC) no processo de indução de fibrose no fígado. A catepsina B (Cat B) e a calicreína plasmática (PLK) são enzimas que podem ativar proteoliticamente a forma latente do TGFβ1 durante a fibrose hepática induzida pela infecção do HCV. A gravidade da fibrose hepática determina o prognóstico e o tratamento dos pacientes com hepatite C crônica (CCH). Objetivo. Verificar se os níveis séricos de Cat B e PLK se correlacionaram com a gravidade da inflamação e fibrose hepática nos pacientes com CHC, antes e após o tratamento com interferon α com ribavirina, podendo servir como novos biomarcadores nãoinvasivos para o diagnóstico de fibrose hepática. Metodologia. Os níveis séricos de Cat B e PKL foram nos pacientes portadores de CCH, classificados de acordo com a tabela METAVIR (N=53), bem como, nos indivíduos doadores de sangue sem HCV (N=70). Os diferentes dados laboratoriais foram correlacionados entre si e com as medidas de Cat B e PKL, usando coeficiente Pearson para avaliar dados paramétricos e o coeficiente de Spearman para dados nãoparamétricos. A sensibilidade, especificidade e a acurácia diagnóstica da Cat B e da PKL foram avaliados pela curva ROC, esses resultados foram comparados com a performance dos biomarcadores nãoinvasivos ja existentes APRI e FIB4. Também, os valores de Cat B e PKL foram correlacionados com a resposta virológica sustentada (RVS) dos pacientes submetidos ao tratamento com interferonα + ribavirina, todos com avaliação histológica de fibrose hepática prévia ao tratamento (METAVIR). Resultados. Os níveis séricos de Cat B (3,61 ± 0,26 U/m) e PKL (3,77 ± 0,24 U/ml) foram significativamente maiores (P < 0,0001) nos indivíduos com fibrose hepática ≥ F2 em comparação aos indivíduos saudáveis sem fibrose hepática (1,61 ± 0,06 U/m). Além disso, verificamos que os níveis de Cat B e PLK estavam gradualmente elevados de acordo com a gravidade do escore de fibrose hepática. Os níveis de Cat B correlacionaramse fortemente com os níveis de PLK no soro de pacientes com CHC (r = 0,953; IC95% = 0,916 – 0,974; P <0,0001). De acordo com a área sob a curva ROC, os níveis de Cat B (AUROC = 0,99 ± 0,01) e PKL (AUROC = 0,99 ± 0,01) foram parâmetros significativamente superior ao APRI (AUROC = 0,71 ± 0,05) e ao FIB4 (AUROC = 0,67 ± 0,06) para predizer fibrose hepática inicial (≥ F2) em pacientes com CHC. O valor de corte estabelecido para os níveis séricos de Cat B ≥ 2,61 U/mL identificaram com elevada precisão a presença de inflamação e fibrose hepática no escore ≥ A1F2 nos pacientes portadores de HCV, bem como, os níveis séricos de Cat B < 2,61 U/ml identificam a ausência de lesão hepática na população (Sensibilidade = 96%, Especificidade = 95%). O valor de corte para os níveis séricos de PKL ≥ 2,9 U/ml identifica com precisão a presença de inflamação e fibrose hepática no escore ≥ A1F2 nos pacientes portadores de HCV, como os níveis séricos de PKL < 2,9 U/ml identificam ausência de fibrose hepática na população (Sensibilidade = 96%, Especificidade = 98%). Ainda, a elevada concentração de Cat B (> 3,3 U/ml) no soro dos pacientes portadores de HCV é capaz de predizer o insucesso do tratamento com interferon α associado a ribavirina. Conclusão. Os níveis séricos de Cat B e PKL podem ser utilizados como biomarcadores confiáveis para a predição de inflamação e fibrose hepática iniciais (≥ A1F2) nos pacientes portadores de HCV, bem como, são confiáveis para a exclusão do diagnóstico de fibrose hepática na população. Os níveis séricos de catepsina B podem auxiliar na predição do sucesso ao tratamento dos pacientes com interferon α + ribavirina. |
publishDate |
2018 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018-06-28 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2020-03-25T12:10:53Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2020-03-25T12:10:53Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.pt_BR.fl_str_mv |
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6325997 |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/53051 |
dc.identifier.file.none.fl_str_mv |
2018-0996.pdf |
url |
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6325997 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/53051 |
identifier_str_mv |
2018-0996.pdf |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
119 f. |
dc.coverage.spatial.pt_BR.fl_str_mv |
São Paulo |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNIFESP instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) instacron:UNIFESP |
instname_str |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
instacron_str |
UNIFESP |
institution |
UNIFESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
collection |
Repositório Institucional da UNIFESP |
bitstream.url.fl_str_mv |
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/53051/1/Alexia%20de%20Cassia%20Oliveira%20Zanelatto%20-%20A.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
b2ebdd6f33d9bb99bc811e38244b2db4 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1802764197060149248 |