Caracterização in vitro de precursores neuronais da eminência gangliônica medial e avaliação in vivo do seu potencial anticonvulsivo após transplante em animais epilépticos
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4318167 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47087 |
Resumo: | Epilepsia, crises epilépticas espontâneas e recorrentes se desenvolvem a partir de disparos neuronais contínuos e de alta frequência que podem ser gerados por uma disfunção sináptica inibitória. Portanto, as consequências da perda ou disfunção de interneurônios GABAérgicos no desenvolvimento do quadro epiléptico são importantes. Os interneurônios inibitórios se originam na região do telencéfalo conhecida como eminência gangliônica medial (EGM). Células progenitoras da EGM têm a capacidade de migrar e se diferenciar em interneurônios inibitórios GABAérgicos, modificando o tônus inibitório quando transplantadas no cérebro do hospedeiro. Assim, o transplante de células progenitoras derivadas da EGM pode modificar a circuitaria neuronal em disfunções neurológicas onde há alteração da função inibitória, como na epilepsia. No entanto, o transplante de células da EGM requer uma grande quantidade de células fetais, esbarrando em questões éticas. A expansão in vitro desses progenitores em neuroesferas pode ser uma alternativa para a aplicação terapêutica das células da EGM em maior escala. Nosso objetivo foi comparar diferentes condições de cultivo de neuroesferas derivadas da EGM quanto ao padrão de diferenciação neuronal e expressão de genes presentes na EGM in vitro e, avaliar in vivo após transplante em animais adultos no período epileptogênico, o potencial anticonvulsivo e de diferenciação em interneurônios inibitórios de células oriundas da EGM cultivadas ou não como neuroesferas. Os resultados in vitro mostraram que a remoção dos fatores de crescimento EGF e FGF2, bem como a adição de ácido retinóico ao meio de cultivo de neuroesferas oriundas da EGM aumentam a proporção de neurônios e a expressão de genes relacionados à especificação celular de interneurônios inibitórios nas neuroesferas, comparado à condição padrão de cultura. Os resultados in vivo indicam que as células derivadas da EGM que não foram cultivadas como neuroesferas originam mais interneurônios inibitórios e apresentam um efeito anticonvulsivo mais eficaz quando comparadas com células da EGM cultivadas como neuroesferas, independente das modificações realizadas no meio de cultivo. Dentre as células da EGM cultivadas como neuroesferas, as que foram cultivadas na presença de fatores de crescimento reduziram a frequência de crises do tipo IV e se diferenciaram, preferencialmente, em astrócitos. Concluímos que os precursores neuronais oriundos da região da EGM apresentam um potencial anticonvulsivo e que a técnica de expansão dessas células em neuroesferas, mesmo com as modificações no meio de cultivo, não favoreceu o aumento de interneurônios inibitórios após transplante em animais epilépticos. Apesar disso, as células cultivadas como neuroesferas na condição padrão se diferenciaram em astrócitos após o transplante, um tipo celular que pode ser importante no controle das crises espontâneas e recorrentes devido a possiveis mecanismos de redução de crises que devem ser melhor investigados. |
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Caracterização in vitro de precursores neuronais da eminência gangliônica medial e avaliação in vivo do seu potencial anticonvulsivo após transplante em animais epilépticosIn vitro characterization of neuronal precursors of the medial ganglionic eminence and in vivo evaluation of his anticonvulsant potential after transplantation in epileptic animalsInterneuronal progenitorsTransplantationMedial ganglionic eminenceGabaEpilepsyNeurospheresPprogenitores neuraisInterneurônios inibitóriosTransplanteEminência gangliônica medialGabaEpilepsiaNeuroesferasEpilepsia, crises epilépticas espontâneas e recorrentes se desenvolvem a partir de disparos neuronais contínuos e de alta frequência que podem ser gerados por uma disfunção sináptica inibitória. Portanto, as consequências da perda ou disfunção de interneurônios GABAérgicos no desenvolvimento do quadro epiléptico são importantes. Os interneurônios inibitórios se originam na região do telencéfalo conhecida como eminência gangliônica medial (EGM). Células progenitoras da EGM têm a capacidade de migrar e se diferenciar em interneurônios inibitórios GABAérgicos, modificando o tônus inibitório quando transplantadas no cérebro do hospedeiro. Assim, o transplante de células progenitoras derivadas da EGM pode modificar a circuitaria neuronal em disfunções neurológicas onde há alteração da função inibitória, como na epilepsia. No entanto, o transplante de células da EGM requer uma grande quantidade de células fetais, esbarrando em questões éticas. A expansão in vitro desses progenitores em neuroesferas pode ser uma alternativa para a aplicação terapêutica das células da EGM em maior escala. Nosso objetivo foi comparar diferentes condições de cultivo de neuroesferas derivadas da EGM quanto ao padrão de diferenciação neuronal e expressão de genes presentes na EGM in vitro e, avaliar in vivo após transplante em animais adultos no período epileptogênico, o potencial anticonvulsivo e de diferenciação em interneurônios inibitórios de células oriundas da EGM cultivadas ou não como neuroesferas. Os resultados in vitro mostraram que a remoção dos fatores de crescimento EGF e FGF2, bem como a adição de ácido retinóico ao meio de cultivo de neuroesferas oriundas da EGM aumentam a proporção de neurônios e a expressão de genes relacionados à especificação celular de interneurônios inibitórios nas neuroesferas, comparado à condição padrão de cultura. Os resultados in vivo indicam que as células derivadas da EGM que não foram cultivadas como neuroesferas originam mais interneurônios inibitórios e apresentam um efeito anticonvulsivo mais eficaz quando comparadas com células da EGM cultivadas como neuroesferas, independente das modificações realizadas no meio de cultivo. Dentre as células da EGM cultivadas como neuroesferas, as que foram cultivadas na presença de fatores de crescimento reduziram a frequência de crises do tipo IV e se diferenciaram, preferencialmente, em astrócitos. Concluímos que os precursores neuronais oriundos da região da EGM apresentam um potencial anticonvulsivo e que a técnica de expansão dessas células em neuroesferas, mesmo com as modificações no meio de cultivo, não favoreceu o aumento de interneurônios inibitórios após transplante em animais epilépticos. Apesar disso, as células cultivadas como neuroesferas na condição padrão se diferenciaram em astrócitos após o transplante, um tipo celular que pode ser importante no controle das crises espontâneas e recorrentes devido a possiveis mecanismos de redução de crises que devem ser melhor investigados.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2013 a 2016)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Longo, Beatriz Monteiro [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/0245964878412260http://lattes.cnpq.br/9325741054357205Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Romariz, Simone Amaro Alves [UNIFESP]2018-07-27T15:51:20Z2018-07-27T15:51:20Z2016-05-13info:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion137 f.application/pdfhttps://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4318167ROMARIZ, Simone Amaro Alves. Caracterização in vitro de precursores neuronais da eminência gangliônica medial e avaliação in vivo do seu potencial anticonvulsivo após transplante em animais epilépticos. 2016. 137 f. Tese (Doutorado em Neurologia - Neurociências) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.Simone Amaro Alves Romariz - PDF A.pdfhttp://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47087porSão Pauloinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-08-09T03:46:11Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/47087Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-08-09T03:46:11Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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Epilepsia, crises epilépticas espontâneas e recorrentes se desenvolvem a partir de disparos neuronais contínuos e de alta frequência que podem ser gerados por uma disfunção sináptica inibitória. Portanto, as consequências da perda ou disfunção de interneurônios GABAérgicos no desenvolvimento do quadro epiléptico são importantes. Os interneurônios inibitórios se originam na região do telencéfalo conhecida como eminência gangliônica medial (EGM). Células progenitoras da EGM têm a capacidade de migrar e se diferenciar em interneurônios inibitórios GABAérgicos, modificando o tônus inibitório quando transplantadas no cérebro do hospedeiro. Assim, o transplante de células progenitoras derivadas da EGM pode modificar a circuitaria neuronal em disfunções neurológicas onde há alteração da função inibitória, como na epilepsia. No entanto, o transplante de células da EGM requer uma grande quantidade de células fetais, esbarrando em questões éticas. A expansão in vitro desses progenitores em neuroesferas pode ser uma alternativa para a aplicação terapêutica das células da EGM em maior escala. Nosso objetivo foi comparar diferentes condições de cultivo de neuroesferas derivadas da EGM quanto ao padrão de diferenciação neuronal e expressão de genes presentes na EGM in vitro e, avaliar in vivo após transplante em animais adultos no período epileptogênico, o potencial anticonvulsivo e de diferenciação em interneurônios inibitórios de células oriundas da EGM cultivadas ou não como neuroesferas. Os resultados in vitro mostraram que a remoção dos fatores de crescimento EGF e FGF2, bem como a adição de ácido retinóico ao meio de cultivo de neuroesferas oriundas da EGM aumentam a proporção de neurônios e a expressão de genes relacionados à especificação celular de interneurônios inibitórios nas neuroesferas, comparado à condição padrão de cultura. Os resultados in vivo indicam que as células derivadas da EGM que não foram cultivadas como neuroesferas originam mais interneurônios inibitórios e apresentam um efeito anticonvulsivo mais eficaz quando comparadas com células da EGM cultivadas como neuroesferas, independente das modificações realizadas no meio de cultivo. Dentre as células da EGM cultivadas como neuroesferas, as que foram cultivadas na presença de fatores de crescimento reduziram a frequência de crises do tipo IV e se diferenciaram, preferencialmente, em astrócitos. Concluímos que os precursores neuronais oriundos da região da EGM apresentam um potencial anticonvulsivo e que a técnica de expansão dessas células em neuroesferas, mesmo com as modificações no meio de cultivo, não favoreceu o aumento de interneurônios inibitórios após transplante em animais epilépticos. Apesar disso, as células cultivadas como neuroesferas na condição padrão se diferenciaram em astrócitos após o transplante, um tipo celular que pode ser importante no controle das crises espontâneas e recorrentes devido a possiveis mecanismos de redução de crises que devem ser melhor investigados. |
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