O rio Doce e o rompimento da barragem de Fundão: um estudo sobre narrativas, resistências, águas e mundos.
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70641 |
Resumo: | Esta pesquisa se interessa pelos enredamentos entre humanos, não-humanos e seus mundos, precipitados sobre o desastre de Mariana. Levando a sério as falas e os relatos de comunidades e as fontes de arquivos aqui consultadas, a pesquisa se debruça sobre o rompimento da barragem de Fundão enquanto um [desastre] que não ocorreu por uma fatalidade ou um acidente, mas enquanto um projeto de continuidade colonial que busca suprimir as gentes de seus mundos-territórios. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e de arquivos (antropologia, literatura, relatórios técnicos, processos, dissertações, etc.), embasada teoricamente nos debates da teoria antropológica recente e dos estudos raciais críticos. Com isso, pretendo investigar os modos pelos quais pluriversos foram afetados após o rompimento da barragem de Fundão, e o derramamento de milhões de metros cúbicos de rejeitos no rio Doce e seus tributários, tornando inviável os modos de existência das populações, ambientes, cidades e comunidades que ali viviam. Portanto, o objetivo principal desta pesquisa é o de entender as relações justapostas entre destruição ambiental, mineração, rios e ocupação dos territórios pelas comunidades tradicionais/ povos originários, como algo que está para além de meras relações dicotômicas (natureza/cultura), implicando em formas onto-epistêmicas outras de habitar o território e produzir conhecimentos e existências para além da apreensão da lógica moderna, ocidental, capitalista, branca. Por fim, a pesquisa se interessa pelo rio Doce enquanto um ponto de entrelaçamento fundamental para a existência de diferentes coletivos e emaranhamentos entre humanos e não-humanos – que se traduzem tanto em comunidades ribeirinhas, quilombolas, indígenas, quanto por espíritos, animais e ancestrais –. A busca pelos rio(s) Doce(s) é uma busca por um mundo onde caibam vários outros mundos. |
id |
UFSP_646a7eeb3051d20ff45394312039fc75 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unifesp.br/:11600/70641 |
network_acronym_str |
UFSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
repository_id_str |
3465 |
spelling |
O rio Doce e o rompimento da barragem de Fundão: um estudo sobre narrativas, resistências, águas e mundos.Barragem de FundãoRio DocePluriversosVirada ontológicaEstudos raciais críticosEsta pesquisa se interessa pelos enredamentos entre humanos, não-humanos e seus mundos, precipitados sobre o desastre de Mariana. Levando a sério as falas e os relatos de comunidades e as fontes de arquivos aqui consultadas, a pesquisa se debruça sobre o rompimento da barragem de Fundão enquanto um [desastre] que não ocorreu por uma fatalidade ou um acidente, mas enquanto um projeto de continuidade colonial que busca suprimir as gentes de seus mundos-territórios. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e de arquivos (antropologia, literatura, relatórios técnicos, processos, dissertações, etc.), embasada teoricamente nos debates da teoria antropológica recente e dos estudos raciais críticos. Com isso, pretendo investigar os modos pelos quais pluriversos foram afetados após o rompimento da barragem de Fundão, e o derramamento de milhões de metros cúbicos de rejeitos no rio Doce e seus tributários, tornando inviável os modos de existência das populações, ambientes, cidades e comunidades que ali viviam. Portanto, o objetivo principal desta pesquisa é o de entender as relações justapostas entre destruição ambiental, mineração, rios e ocupação dos territórios pelas comunidades tradicionais/ povos originários, como algo que está para além de meras relações dicotômicas (natureza/cultura), implicando em formas onto-epistêmicas outras de habitar o território e produzir conhecimentos e existências para além da apreensão da lógica moderna, ocidental, capitalista, branca. Por fim, a pesquisa se interessa pelo rio Doce enquanto um ponto de entrelaçamento fundamental para a existência de diferentes coletivos e emaranhamentos entre humanos e não-humanos – que se traduzem tanto em comunidades ribeirinhas, quilombolas, indígenas, quanto por espíritos, animais e ancestrais –. A busca pelos rio(s) Doce(s) é uma busca por um mundo onde caibam vários outros mundos.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Federal de São PauloGarcia, Uirá Felippe [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/9007367852204014http://lattes.cnpq.br/9863776286804376Moura, Cassandra Maria [UNIFESP]2024-01-30T16:46:20Z2024-01-30T16:46:20Z2023-09-06info:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion111 f.application/pdfhttps://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70641porUniversidade Federal de São Paulo. Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - EFLCHinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-08-13T19:27:52Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/70641Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-08-13T19:27:52Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
O rio Doce e o rompimento da barragem de Fundão: um estudo sobre narrativas, resistências, águas e mundos. |
title |
O rio Doce e o rompimento da barragem de Fundão: um estudo sobre narrativas, resistências, águas e mundos. |
spellingShingle |
O rio Doce e o rompimento da barragem de Fundão: um estudo sobre narrativas, resistências, águas e mundos. Moura, Cassandra Maria [UNIFESP] Barragem de Fundão Rio Doce Pluriversos Virada ontológica Estudos raciais críticos |
title_short |
O rio Doce e o rompimento da barragem de Fundão: um estudo sobre narrativas, resistências, águas e mundos. |
title_full |
O rio Doce e o rompimento da barragem de Fundão: um estudo sobre narrativas, resistências, águas e mundos. |
title_fullStr |
O rio Doce e o rompimento da barragem de Fundão: um estudo sobre narrativas, resistências, águas e mundos. |
title_full_unstemmed |
O rio Doce e o rompimento da barragem de Fundão: um estudo sobre narrativas, resistências, águas e mundos. |
title_sort |
O rio Doce e o rompimento da barragem de Fundão: um estudo sobre narrativas, resistências, águas e mundos. |
author |
Moura, Cassandra Maria [UNIFESP] |
author_facet |
Moura, Cassandra Maria [UNIFESP] |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Garcia, Uirá Felippe [UNIFESP] http://lattes.cnpq.br/9007367852204014 http://lattes.cnpq.br/9863776286804376 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Moura, Cassandra Maria [UNIFESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Barragem de Fundão Rio Doce Pluriversos Virada ontológica Estudos raciais críticos |
topic |
Barragem de Fundão Rio Doce Pluriversos Virada ontológica Estudos raciais críticos |
description |
Esta pesquisa se interessa pelos enredamentos entre humanos, não-humanos e seus mundos, precipitados sobre o desastre de Mariana. Levando a sério as falas e os relatos de comunidades e as fontes de arquivos aqui consultadas, a pesquisa se debruça sobre o rompimento da barragem de Fundão enquanto um [desastre] que não ocorreu por uma fatalidade ou um acidente, mas enquanto um projeto de continuidade colonial que busca suprimir as gentes de seus mundos-territórios. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e de arquivos (antropologia, literatura, relatórios técnicos, processos, dissertações, etc.), embasada teoricamente nos debates da teoria antropológica recente e dos estudos raciais críticos. Com isso, pretendo investigar os modos pelos quais pluriversos foram afetados após o rompimento da barragem de Fundão, e o derramamento de milhões de metros cúbicos de rejeitos no rio Doce e seus tributários, tornando inviável os modos de existência das populações, ambientes, cidades e comunidades que ali viviam. Portanto, o objetivo principal desta pesquisa é o de entender as relações justapostas entre destruição ambiental, mineração, rios e ocupação dos territórios pelas comunidades tradicionais/ povos originários, como algo que está para além de meras relações dicotômicas (natureza/cultura), implicando em formas onto-epistêmicas outras de habitar o território e produzir conhecimentos e existências para além da apreensão da lógica moderna, ocidental, capitalista, branca. Por fim, a pesquisa se interessa pelo rio Doce enquanto um ponto de entrelaçamento fundamental para a existência de diferentes coletivos e emaranhamentos entre humanos e não-humanos – que se traduzem tanto em comunidades ribeirinhas, quilombolas, indígenas, quanto por espíritos, animais e ancestrais –. A busca pelos rio(s) Doce(s) é uma busca por um mundo onde caibam vários outros mundos. |
publishDate |
2023 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2023-09-06 2024-01-30T16:46:20Z 2024-01-30T16:46:20Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70641 |
url |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70641 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
111 f. application/pdf |
dc.coverage.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo. Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - EFLCH |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNIFESP instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) instacron:UNIFESP |
instname_str |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
instacron_str |
UNIFESP |
institution |
UNIFESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
collection |
Repositório Institucional da UNIFESP |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
biblioteca.csp@unifesp.br |
_version_ |
1814268393552871424 |