Função vestibular e equilíbrio corporal de crianças e adolescentes com perda auditiva neurossensorial: revisão de escopo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Carolina Ishiguro [UNIFESP]
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/60131
Resumo: O sistema vestibular é um sensor de movimento, responsável por detectar a mudança na posição da cabeça. Juntamente com os sistemas visual e proprioceptivo contribui para a manutenção da estabilidade e do equilíbrio corporal. O sistema vestibular, assim como o auditivo, está localizado na orelha interna, sendo que ambos estão intimamente ligados filogenética e anatomicamente. Podem ser suscetíveis a fatores nocivos, como agentes infecciosos, drogas ototóxicas, trauma ou insuficiência no suprimento sanguíneo da orelha interna. Estudos mostram que crianças com perda auditiva neurossensorial também podem apresentar déficit vestibular. Danos no sistema vestibular no nascimento ou na primeira infância podem impactar significativamente o desenvolvimento de uma criança, com consequentes deficiências nas habilidades motoras e de leitura. Uma revisão sistemática mostrou que a prevalência de disfunção vestibular em crianças com perda auditiva neurossensorial varia dependendo do tipo de teste vestibular utilizado e de fatores relacionados à população. Também observaram maior prevalência de perda vestibular em crianças com perda auditiva de grau severo a profundo. Objetivo: Compreender a extensão e o tipo das evidências científicas sobre a função vestibular e o equilíbrio corporal de crianças e adolescentes com perda auditiva neurossensorial bilateral. Método: Foi realizada uma revisão de escopo seguindo uma estrutura metodológica estabelecida. As buscas foram realizadas nas bases de dados: PubMed, EMBASE, LILACS, Web of Science, SCOPUS e ERIC. O processo de seleção foi dividido em duas etapas, sendo a primeira referente à leitura dos títulos e resumos; e a segunda etapa referente à leitura na íntegra dos estudos selecionados anteriormente. Foram incluídos estudos com crianças e/ou adolescentes de até 18 anos, com perda auditiva neurossensorial bilateral, independente de gênero e nível socioeconômico cultural. Foram elegíveis ensaios clínicos controlados randomizados, não randomizados, série de casos, estudos de caso, estudos de coorte, estudos epidemiológicos e opinião de especialistas. Foram incluídos tanto os estudos de avaliação da função vestibular e do equilíbrio corporal, quanto os de intervenção. Foram elegíveis estudos de todos os países desde que escritos em português, inglês ou espanhol. Resultados parciais: A busca inicial resultou em 954 artigos. 50 artigos atenderam os critérios de inclusão. Destes, 44 eram estudos de avaliação e 6 eram de intervenção. Dos 50 artigos, 13 eram estudos usuários de implantes cocleares. A maior parte dos estudos utilizaram mais de um método de avaliação da função vestibular, sendo que os mais utilizados foram: o subteste de equilíbrio do teste de Proficiência Motora de Bruininks-Oseretsky (Bot-2), a Escala Pediátrica de Berg, a posturografia e o potencial evocado miogênico vestibular (Vestibular Evoked Myogenic Potential - VEMP). De modo geral, os estudos mostraram que o desempenho em testes que avaliam a função vestibular e o equilíbrio corporal de crianças com perda auditiva neurossensorial bilateral é pior em comparação ao de crianças com desenvolvimento típico Conclusão: Não existe um consenso sobre os testes usados na avaliação vestibular e do equilíbrio corporal em crianças com perda auditiva neurossensorial bilateral. Existe uma escassez de estudos sobre a intervenção do equilíbrio corporal nessa população. O sistema vestibular é um sensor de movimento, responsável por detectar a mudança na posição da cabeça. Juntamente com os sistemas visual e proprioceptivo contribui para a manutenção da estabilidade e do equilíbrio corporal. O sistema vestibular, assim como o auditivo, está localizado na orelha interna, sendo que ambos estão intimamente ligados filogenética e anatomicamente. Podem ser suscetíveis a fatores nocivos, como agentes infecciosos, drogas ototóxicas, trauma ou insuficiência no suprimento sanguíneo da orelha interna. Estudos mostram que crianças com perda auditiva neurossensorial também podem apresentar déficit vestibular. Danos no sistema vestibular no nascimento ou na primeira infância podem impactar significativamente o desenvolvimento de uma criança, com consequentes deficiências nas habilidades motoras e de leitura. Uma revisão sistemática mostrou que a prevalência de disfunção vestibular em crianças com perda auditiva neurossensorial varia dependendo do tipo de teste vestibular utilizado e de fatores relacionados à população. Também observaram maior prevalência de perda vestibular em crianças com perda auditiva de grau severo a profundo. Objetivo: Compreender a extensão e o tipo das evidências científicas sobre a função vestibular e o equilíbrio corporal de crianças e adolescentes com perda auditiva neurossensorial bilateral. Método: Foi realizada uma revisão de escopo seguindo uma estrutura metodológica estabelecida. As buscas foram realizadas nas bases de dados: PubMed, EMBASE, LILACS, Web of Science, SCOPUS e ERIC. O processo de seleção foi dividido em duas etapas, sendo a primeira referente à leitura dos títulos e resumos; e a segunda etapa referente à leitura na íntegra dos estudos selecionados anteriormente. Foram incluídos estudos com crianças e/ou adolescentes de até 18 anos, com perda auditiva neurossensorial bilateral, independente de gênero e nível socioeconômico cultural. Foram elegíveis ensaios clínicos controlados randomizados, não randomizados, série de casos, estudos de caso, estudos de coorte, estudos epidemiológicos e opinião de especialistas. Foram incluídos tanto os estudos de avaliação da função vestibular e do equilíbrio corporal, quanto os de intervenção. Foram elegíveis estudos de todos os países desde que escritos em português, inglês ou espanhol. Resultados parciais: A busca inicial resultou em 954 artigos. 50 artigos atenderam os critérios de inclusão. Destes, 44 eram estudos de avaliação e 6 eram de intervenção. Dos 50 artigos, 13 eram estudos usuários de implantes cocleares. A maior parte dos estudos utilizaram mais de um método de avaliação da função vestibular, sendo que os mais utilizados foram: o subteste de equilíbrio do teste de Proficiência Motora de Bruininks-Oseretsky (Bot-2), a Escala Pediátrica de Berg, a posturografia e o potencial evocado miogênico vestibular (Vestibular Evoked Myogenic Potential - VEMP). De modo geral, os estudos mostraram que o desempenho em testes que avaliam a função vestibular e o equilíbrio corporal de crianças com perda auditiva neurossensorial bilateral é pior em comparação ao de crianças com desenvolvimento típico Conclusão: Não existe um consenso sobre os testes usados na avaliação vestibular e do equilíbrio corporal em crianças com perda auditiva neurossensorial bilateral. Existe uma escassez de estudos sobre a intervenção do equilíbrio corporal nessa população.
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Danos no sistema vestibular no nascimento ou na primeira infância podem impactar significativamente o desenvolvimento de uma criança, com consequentes deficiências nas habilidades motoras e de leitura. Uma revisão sistemática mostrou que a prevalência de disfunção vestibular em crianças com perda auditiva neurossensorial varia dependendo do tipo de teste vestibular utilizado e de fatores relacionados à população. Também observaram maior prevalência de perda vestibular em crianças com perda auditiva de grau severo a profundo. Objetivo: Compreender a extensão e o tipo das evidências científicas sobre a função vestibular e o equilíbrio corporal de crianças e adolescentes com perda auditiva neurossensorial bilateral. Método: Foi realizada uma revisão de escopo seguindo uma estrutura metodológica estabelecida. As buscas foram realizadas nas bases de dados: PubMed, EMBASE, LILACS, Web of Science, SCOPUS e ERIC. O processo de seleção foi dividido em duas etapas, sendo a primeira referente à leitura dos títulos e resumos; e a segunda etapa referente à leitura na íntegra dos estudos selecionados anteriormente. Foram incluídos estudos com crianças e/ou adolescentes de até 18 anos, com perda auditiva neurossensorial bilateral, independente de gênero e nível socioeconômico cultural. Foram elegíveis ensaios clínicos controlados randomizados, não randomizados, série de casos, estudos de caso, estudos de coorte, estudos epidemiológicos e opinião de especialistas. Foram incluídos tanto os estudos de avaliação da função vestibular e do equilíbrio corporal, quanto os de intervenção. Foram elegíveis estudos de todos os países desde que escritos em português, inglês ou espanhol. Resultados parciais: A busca inicial resultou em 954 artigos. 50 artigos atenderam os critérios de inclusão. Destes, 44 eram estudos de avaliação e 6 eram de intervenção. Dos 50 artigos, 13 eram estudos usuários de implantes cocleares. A maior parte dos estudos utilizaram mais de um método de avaliação da função vestibular, sendo que os mais utilizados foram: o subteste de equilíbrio do teste de Proficiência Motora de Bruininks-Oseretsky (Bot-2), a Escala Pediátrica de Berg, a posturografia e o potencial evocado miogênico vestibular (Vestibular Evoked Myogenic Potential - VEMP). De modo geral, os estudos mostraram que o desempenho em testes que avaliam a função vestibular e o equilíbrio corporal de crianças com perda auditiva neurossensorial bilateral é pior em comparação ao de crianças com desenvolvimento típico Conclusão: Não existe um consenso sobre os testes usados na avaliação vestibular e do equilíbrio corporal em crianças com perda auditiva neurossensorial bilateral. Existe uma escassez de estudos sobre a intervenção do equilíbrio corporal nessa população. O sistema vestibular é um sensor de movimento, responsável por detectar a mudança na posição da cabeça. Juntamente com os sistemas visual e proprioceptivo contribui para a manutenção da estabilidade e do equilíbrio corporal. O sistema vestibular, assim como o auditivo, está localizado na orelha interna, sendo que ambos estão intimamente ligados filogenética e anatomicamente. Podem ser suscetíveis a fatores nocivos, como agentes infecciosos, drogas ototóxicas, trauma ou insuficiência no suprimento sanguíneo da orelha interna. Estudos mostram que crianças com perda auditiva neurossensorial também podem apresentar déficit vestibular. Danos no sistema vestibular no nascimento ou na primeira infância podem impactar significativamente o desenvolvimento de uma criança, com consequentes deficiências nas habilidades motoras e de leitura. 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Foram incluídos estudos com crianças e/ou adolescentes de até 18 anos, com perda auditiva neurossensorial bilateral, independente de gênero e nível socioeconômico cultural. Foram elegíveis ensaios clínicos controlados randomizados, não randomizados, série de casos, estudos de caso, estudos de coorte, estudos epidemiológicos e opinião de especialistas. Foram incluídos tanto os estudos de avaliação da função vestibular e do equilíbrio corporal, quanto os de intervenção. Foram elegíveis estudos de todos os países desde que escritos em português, inglês ou espanhol. Resultados parciais: A busca inicial resultou em 954 artigos. 50 artigos atenderam os critérios de inclusão. Destes, 44 eram estudos de avaliação e 6 eram de intervenção. Dos 50 artigos, 13 eram estudos usuários de implantes cocleares. A maior parte dos estudos utilizaram mais de um método de avaliação da função vestibular, sendo que os mais utilizados foram: o subteste de equilíbrio do teste de Proficiência Motora de Bruininks-Oseretsky (Bot-2), a Escala Pediátrica de Berg, a posturografia e o potencial evocado miogênico vestibular (Vestibular Evoked Myogenic Potential - VEMP). De modo geral, os estudos mostraram que o desempenho em testes que avaliam a função vestibular e o equilíbrio corporal de crianças com perda auditiva neurossensorial bilateral é pior em comparação ao de crianças com desenvolvimento típico Conclusão: Não existe um consenso sobre os testes usados na avaliação vestibular e do equilíbrio corporal em crianças com perda auditiva neurossensorial bilateral. Existe uma escassez de estudos sobre a intervenção do equilíbrio corporal nessa população.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Branco-Barreiro, Fátima Cristina Alves [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/5151016741471311http://lattes.cnpq.br/5033588121101217Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Silva, Carolina Ishiguro [UNIFESP]2021-02-09T18:20:57Z2021-02-09T18:20:57Z2021-01-26info:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion52 p.application/pdfSILVA, Carolina Ishiguro. Função vestibular e equilíbrio corporal de crianças e adolescentes com perda auditiva neurossensorial: revisão de escopo. São Paulo, 2021. 52 p. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Fonoaudiologia) – Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. 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A maior parte dos estudos utilizaram mais de um método de avaliação da função vestibular, sendo que os mais utilizados foram: o subteste de equilíbrio do teste de Proficiência Motora de Bruininks-Oseretsky (Bot-2), a Escala Pediátrica de Berg, a posturografia e o potencial evocado miogênico vestibular (Vestibular Evoked Myogenic Potential - VEMP). De modo geral, os estudos mostraram que o desempenho em testes que avaliam a função vestibular e o equilíbrio corporal de crianças com perda auditiva neurossensorial bilateral é pior em comparação ao de crianças com desenvolvimento típico Conclusão: Não existe um consenso sobre os testes usados na avaliação vestibular e do equilíbrio corporal em crianças com perda auditiva neurossensorial bilateral. Existe uma escassez de estudos sobre a intervenção do equilíbrio corporal nessa população. O sistema vestibular é um sensor de movimento, responsável por detectar a mudança na posição da cabeça. Juntamente com os sistemas visual e proprioceptivo contribui para a manutenção da estabilidade e do equilíbrio corporal. O sistema vestibular, assim como o auditivo, está localizado na orelha interna, sendo que ambos estão intimamente ligados filogenética e anatomicamente. Podem ser suscetíveis a fatores nocivos, como agentes infecciosos, drogas ototóxicas, trauma ou insuficiência no suprimento sanguíneo da orelha interna. Estudos mostram que crianças com perda auditiva neurossensorial também podem apresentar déficit vestibular. Danos no sistema vestibular no nascimento ou na primeira infância podem impactar significativamente o desenvolvimento de uma criança, com consequentes deficiências nas habilidades motoras e de leitura. Uma revisão sistemática mostrou que a prevalência de disfunção vestibular em crianças com perda auditiva neurossensorial varia dependendo do tipo de teste vestibular utilizado e de fatores relacionados à população. Também observaram maior prevalência de perda vestibular em crianças com perda auditiva de grau severo a profundo. Objetivo: Compreender a extensão e o tipo das evidências científicas sobre a função vestibular e o equilíbrio corporal de crianças e adolescentes com perda auditiva neurossensorial bilateral. Método: Foi realizada uma revisão de escopo seguindo uma estrutura metodológica estabelecida. As buscas foram realizadas nas bases de dados: PubMed, EMBASE, LILACS, Web of Science, SCOPUS e ERIC. O processo de seleção foi dividido em duas etapas, sendo a primeira referente à leitura dos títulos e resumos; e a segunda etapa referente à leitura na íntegra dos estudos selecionados anteriormente. Foram incluídos estudos com crianças e/ou adolescentes de até 18 anos, com perda auditiva neurossensorial bilateral, independente de gênero e nível socioeconômico cultural. Foram elegíveis ensaios clínicos controlados randomizados, não randomizados, série de casos, estudos de caso, estudos de coorte, estudos epidemiológicos e opinião de especialistas. Foram incluídos tanto os estudos de avaliação da função vestibular e do equilíbrio corporal, quanto os de intervenção. Foram elegíveis estudos de todos os países desde que escritos em português, inglês ou espanhol. Resultados parciais: A busca inicial resultou em 954 artigos. 50 artigos atenderam os critérios de inclusão. Destes, 44 eram estudos de avaliação e 6 eram de intervenção. Dos 50 artigos, 13 eram estudos usuários de implantes cocleares. A maior parte dos estudos utilizaram mais de um método de avaliação da função vestibular, sendo que os mais utilizados foram: o subteste de equilíbrio do teste de Proficiência Motora de Bruininks-Oseretsky (Bot-2), a Escala Pediátrica de Berg, a posturografia e o potencial evocado miogênico vestibular (Vestibular Evoked Myogenic Potential - VEMP). De modo geral, os estudos mostraram que o desempenho em testes que avaliam a função vestibular e o equilíbrio corporal de crianças com perda auditiva neurossensorial bilateral é pior em comparação ao de crianças com desenvolvimento típico Conclusão: Não existe um consenso sobre os testes usados na avaliação vestibular e do equilíbrio corporal em crianças com perda auditiva neurossensorial bilateral. Existe uma escassez de estudos sobre a intervenção do equilíbrio corporal nessa população.
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