Consumo de alimentos ultraprocessados e o impacto sobre a qualidade nutricional da dieta das gestantes brasileiras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mariano, Karina da Rocha [UNIFESP]
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://hdl.handle.net/11600/64688
Resumo: Objetivos: Avaliar o consumo de alimentos ultraprocessados pelas gestantes brasileiras e sua relação com a qualidade nutricional da dieta. Assim, busca-se descrever a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e a ingestão de nutrientes de risco para o desenvolvimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e carências nutricionais. Métodos: Trata-se de um estudo transversal utilizando dados de consumo alimentar das gestantes brasileiras provenientes da Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística entre 2017 e 2018. Os dados do consumo pessoal de alimentos foram obtidos de recordatórios alimentares de 24 horas, aplicados em dois dias não consecutivos. Todos os itens de consumo alimentar foram classificados segundo a classificação NOVA, que divide os alimentos de acordo com a extensão e o propósito do processamento industrial (alimentos in natura ou minimamente processados; ingredientes culinários processados; alimentos processados e alimentos ultraprocessados). Foram estimadas as médias do consumo calórico absoluto e relativo de cada um dos grupos e dos subgrupos da classificação NOVA. Para verificar a associação entre os quintos de consumo provenientes dos alimentos ultraprocessados e a distribuição percentual de energia por grupos e itens de consumo da classificação NOVA, assim como a ingestão total de calorias e nutrientes, foram utilizados modelos de regressão linear. Foram estimadas as prevalências de ingestão inadequada de nutrientes no consumo alimentar total e de acordo com quintos dos alimentos ultraprocessados. Resultados: O consumo de alimentos ultraprocessados representou 20,8% do total de calorias da dieta das gestantes brasileiras. Observou-se a associação entre o maior consumo de alimentos ultraprocessados e o aumento da ingestão de gordura total, gordura saturada, gordura trans e açúcar livre e a redução na ingestão de proteína, fibra e potássio. O consumo alimentar global teve elevada prevalência de ingestão insuficiente de todos os nutrientes de risco para carência nutricional avaliados: ferro, ácido fólico, zinco, cálcio e vitamina A. Foi evidenciado o impacto negativo do consumo de alimentos ultraprocessados na qualidade nutricional da dieta. Conclusão: Os resultados do presente estudo reforçam a importância da inclusão, na assistência pré-natal, de medidas que visem à promoção de uma dieta de qualidade, como o incentivo à redução do consumo dos alimentos ultraprocessados.
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