Influência do exercício físico na Bainha de Mielina hipocampal de ratos idosos: uma abordagem estereológica

• Autor(a) principal: Graciani, Alexandre Lebedev [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/11600/69076
• topic: Bainha de Mielina; Hipocampo; Envelhecimento; Exercício físico; Estereologia

Objetivo: Investigar diferenças morfológicas e funcionais entre os hipocampos de animais idosos submetidos ou não a um programa de exercício aeróbico Métodos: dez ratos Wistar machos com 18 meses de idade foram divididos em grupo controle (n=5) e exercício (n=5). Animais do grupo exercício foram submetidos a um programa de treinamento aeróbico por 2 meses (5 dias por semana). Vinte e quatro horas após a última sessão de treinamento, os hipocampos dos dois grupos foram pesados, medidos pelo método de Scherle e processados para estudo histológico. Secções histológicas foram coradas com Hematoxilina e Eosina (HE) r Sudan Black B + Brasalumen de Mayer para estudo morfológico e submetidas ao método histoquímico de Klüver-Barrera para identificação da bainha de mielina. Foram identificados astrócitos, oligodendrócitos, neurônios piramidais e granulares pelo HE, micróglias fagocíticas e inativas foram identificadas pelo método do Sudan Black B + Brasalumen de Mayer. Foi aplicada estereologia para avaliar densidade numérica de células e densidade volumétrica de mielina. O Teste t de Student foi aplicado. Resultados: Avaliação da bainha de mielina mostrou aumento significativo de densidade no grupo exercício (p= 0,002), enquanto oligodendrócitos (p=0,084), micróglias fagocíticas (p=0,011) e micróglias totais (p=0,072) mostraram aumento significativo de densidade no grupo controle. Demais células analisadas não mostraram significância. Conclusão: Exercício físico é bastante efetivo na proteção da bainha de mielina contra a degeneração decorrente da idade. A redução da densidade total de micróglias, assim como de micróglias fagocíticas, são indícios do papel anti-inflamatório do exercício, assim como de sua capacidade de prevenir acúmulo de detritos no meio extracelular. Em contrapartida, o aumento da densidade de oligodendrócitos produzidos em resposta ao envelhecimento não é tão efetivo, o que dá destaque à efetividade do exercício como agente protetor contra o envelhecimento.