A representação da figura do diabo no tríptico Juízo Final (1482) de Hieronymus Bosch

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Grasiela Prado Duarte De [UNIFESP]
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=8194749
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/59479
Resumo: O presente trabalho se ocupará da análise do ser diabólico na obra do pintor Hieronymus Bosch (1450 - 1516), tendo como objeto o tríptico Juízo Final (1500 - 1505) exposto na Akademie der Bildende Künste, Viena. Bosch não procurou se destacar pelos mesmos aspectos e técnicas que outros pintores flamengos de seu tempo. Suas pinturas de cunho religioso, como o Juízo Final, buscavam advertir, moralizar o observador, e suas fontes permitiram transferir bestas e monstros em iluminuras de manuscritos para o suporte amplo dos retábulos. As hibridizações bestiais, recorrentes em margens de manuscritos medievais e tardo medievais, foram um prisma para a criação de demônios tão variados quanto numerosos no Juízo Final de Viena e outras obras desta magnitude. Assim, Bosch compõe as três partes o tríptico, de forma a preencher os painéis com demônios. O painel esquerdo, referente ao Paraíso, não nos será um lugar de bem aventurança após o julgamento, e sim o olhar ao passado pecaminoso, angelical e humano, pois mostrará a queda dos anjos rebeldes, a criação de Eva, tentação e expulsão de Adão e Eva. Satanás está bem presente no paraíso, ludibriando o primeiro casal da terra. O painel central, Juízo Final, nos mostra um ambiente refém da danação e com uma diversidade profusa de demônios. O Inferno, em continuação à desgraça do painel central, mantém as punições e sentenças aos condenados, de forma a lembrá-los do porque estão lá, aludindo aos seus próprios pecados nos processos.
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