A depressão miocárdica pós-isquemia/reperfusão não altera a resposta cardíaca à elevação da freqüência de contrações
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/2380 http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2005000100009 |
Resumo: | OBJETIVO: Analisar a influência da depressão miocárdica pós-isquemia/reperfusão (DMPIR) sobre os efeitos inotrópico e lusitrópico promovidos pela freqüência cardíaca (FC). MÉTODOS: Nove preparações de coração isolado de cães nutrido pelo sangue arterial de um outro cão e contraindo isovolumetricamente tiveram a freqüência cardíaca elevada de 60 bpm a 200 bpm, em etapas de 20 bpm. Foram avaliadas as variáveis antes (C) e depois (D) da isquemia (15 min) e reperfusão (30 min): a pressão desenvolvida durante a contração (PD), sua 1ª derivada positiva (+dP/dt) e negativa (-dP/dt), o tempo de pressão máxima (TPM), a pressão de repouso (Pr) e o tempo para a pressão desenvolvida regredir em 90% de seu valor máximo (TR90%). RESULTADOS: Os efeitos estimulantes da elevação da FC sobre o inotropismo e o relaxamento foram semelhantes em C e em D: houve aumento dos valores da +dP/dt, redução do TPM, acentuação da -dP/dt e diminuição do TR90%. A PD não sofreu alteração e a Pr se elevou. CONCLUSÃO: Os resultados confirmaram o efeito inotrópico positivo da elevação da FC (efeito Bowditch) e a ação depressora da isquemia/reperfusão. Evidenciaram ainda que a DMPIR não altera a ação estimulante do efeito Bowditch. Os resultados se adequam ao conceito vigente de que a DMPIR não compromete a cinética miocárdica do cálcio, favorecendo, a hipótese prevalente de que o decaimento da capacidade contrátil pós-isquemia/reperfusão depende de redução da responsividade dos miofilamentos ao cálcio. |
id |
UFSP_6f98e80ef90734263a80a88c7e91d961 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unifesp.br:11600/2380 |
network_acronym_str |
UFSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
repository_id_str |
3465 |
spelling |
Sant'ana Junior, Orlando [UNIFESP]Nogueira, Roberto J. [UNIFESP]Murad, Neif [UNIFESP]Lopes, Antonio Carlos [UNIFESP]Tucci, Paulo José Ferreira [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)2015-06-14T13:31:25Z2015-06-14T13:31:25Z2005-01-01Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC, v. 84, n. 1, p. 38-43, 2005.0066-782Xhttp://repositorio.unifesp.br/handle/11600/2380http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2005000100009S0066-782X2005000100009.pdfS0066-782X200500010000910.1590/S0066-782X2005000100009OBJETIVO: Analisar a influência da depressão miocárdica pós-isquemia/reperfusão (DMPIR) sobre os efeitos inotrópico e lusitrópico promovidos pela freqüência cardíaca (FC). MÉTODOS: Nove preparações de coração isolado de cães nutrido pelo sangue arterial de um outro cão e contraindo isovolumetricamente tiveram a freqüência cardíaca elevada de 60 bpm a 200 bpm, em etapas de 20 bpm. Foram avaliadas as variáveis antes (C) e depois (D) da isquemia (15 min) e reperfusão (30 min): a pressão desenvolvida durante a contração (PD), sua 1ª derivada positiva (+dP/dt) e negativa (-dP/dt), o tempo de pressão máxima (TPM), a pressão de repouso (Pr) e o tempo para a pressão desenvolvida regredir em 90% de seu valor máximo (TR90%). RESULTADOS: Os efeitos estimulantes da elevação da FC sobre o inotropismo e o relaxamento foram semelhantes em C e em D: houve aumento dos valores da +dP/dt, redução do TPM, acentuação da -dP/dt e diminuição do TR90%. A PD não sofreu alteração e a Pr se elevou. CONCLUSÃO: Os resultados confirmaram o efeito inotrópico positivo da elevação da FC (efeito Bowditch) e a ação depressora da isquemia/reperfusão. Evidenciaram ainda que a DMPIR não altera a ação estimulante do efeito Bowditch. Os resultados se adequam ao conceito vigente de que a DMPIR não compromete a cinética miocárdica do cálcio, favorecendo, a hipótese prevalente de que o decaimento da capacidade contrátil pós-isquemia/reperfusão depende de redução da responsividade dos miofilamentos ao cálcio.OBJECTIVE:To assess the influence of the postischemia/reperfusion stunned myocardium (PIRSM) on the inotropic and lusitropic effects of heart rate (HR). METHODS: Nine preparations of isolated dog hearts in isovolumic contraction and nourished by the arterial blood of another dog underwent heart rate elevation from 60 bpm to 200 bpm, in 20-bpm stages. The following variables were assessed before (B) and after (A) ischemia (15 min) and reperfusion (30 min): the pressure developed during contraction (PD), its first positive (+dP/dt) and negative (-dP/dt) derivative, the time of maximum pressure (TMP), the pressure at rest (Pr), and the time necessary for the developed pressure to decrease by 90% of its maximum value (time for relaxation - TR90%). RESULTS: The stimulating effects of HR elevation on inotropism and relaxation were similar before and after ischemia/reperfusion as follows: +dP/dt values increased, TMP decreased, -dP/dt values were intensified, and TR90% decreased. The values of PD did not change, and Pr increased. CONCLUSION: The results confirmed the positive inotropic effect of HR elevation (Bowditch effect) and the depressive action of ischemia/reperfusion. They also evidenced that PIRSM does not alter the stimulating action of the Bowditch effect, in accordance with the current concept that PIRSM does not impair calcium myocardial kinetics, favoring the prevalent hypothesis that the decrease in the contractile capacity after ischemia/reperfusion depends on the reduction of the myofilament responsiveness to calcium.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de Medicina Fisiologia CardiovascularUNIFESP, EPM, Fisiologia CardiovascularSciELO38-43porSociedade Brasileira de Cardiologia - SBCArquivos Brasileiros de Cardiologiadepressão miocárdica pós-isquemia/reperfusãoefeito Bowditchfreqüência cardíacafunção sistólicafunção diastólicapostischemia/reperfusion stunned myocardiumBowditch effectheart ratesystolic functiondiastolic functionA depressão miocárdica pós-isquemia/reperfusão não altera a resposta cardíaca à elevação da freqüência de contraçõesPostischemic stunned myocardium does not alter cardiac response to an elevation in contractile frequencyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0066-782X2005000100009.pdfapplication/pdf590822${dspace.ui.url}/bitstream/11600/2380/1/S0066-782X2005000100009.pdf0fd1e0c477441078e82647d093de1d57MD51open accessTEXTS0066-782X2005000100009.pdf.txtS0066-782X2005000100009.pdf.txtExtracted texttext/plain35051${dspace.ui.url}/bitstream/11600/2380/2/S0066-782X2005000100009.pdf.txtc5626e0333427dae1957dcfb9ca6fdc9MD52open access11600/23802021-09-30 17:25:18.103open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/2380Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652021-09-30T20:25:18Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
dc.title.pt.fl_str_mv |
A depressão miocárdica pós-isquemia/reperfusão não altera a resposta cardíaca à elevação da freqüência de contrações |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Postischemic stunned myocardium does not alter cardiac response to an elevation in contractile frequency |
title |
A depressão miocárdica pós-isquemia/reperfusão não altera a resposta cardíaca à elevação da freqüência de contrações |
spellingShingle |
A depressão miocárdica pós-isquemia/reperfusão não altera a resposta cardíaca à elevação da freqüência de contrações Sant'ana Junior, Orlando [UNIFESP] depressão miocárdica pós-isquemia/reperfusão efeito Bowditch freqüência cardíaca função sistólica função diastólica postischemia/reperfusion stunned myocardium Bowditch effect heart rate systolic function diastolic function |
title_short |
A depressão miocárdica pós-isquemia/reperfusão não altera a resposta cardíaca à elevação da freqüência de contrações |
title_full |
A depressão miocárdica pós-isquemia/reperfusão não altera a resposta cardíaca à elevação da freqüência de contrações |
title_fullStr |
A depressão miocárdica pós-isquemia/reperfusão não altera a resposta cardíaca à elevação da freqüência de contrações |
title_full_unstemmed |
A depressão miocárdica pós-isquemia/reperfusão não altera a resposta cardíaca à elevação da freqüência de contrações |
title_sort |
A depressão miocárdica pós-isquemia/reperfusão não altera a resposta cardíaca à elevação da freqüência de contrações |
author |
Sant'ana Junior, Orlando [UNIFESP] |
author_facet |
Sant'ana Junior, Orlando [UNIFESP] Nogueira, Roberto J. [UNIFESP] Murad, Neif [UNIFESP] Lopes, Antonio Carlos [UNIFESP] Tucci, Paulo José Ferreira [UNIFESP] |
author_role |
author |
author2 |
Nogueira, Roberto J. [UNIFESP] Murad, Neif [UNIFESP] Lopes, Antonio Carlos [UNIFESP] Tucci, Paulo José Ferreira [UNIFESP] |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.institution.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Sant'ana Junior, Orlando [UNIFESP] Nogueira, Roberto J. [UNIFESP] Murad, Neif [UNIFESP] Lopes, Antonio Carlos [UNIFESP] Tucci, Paulo José Ferreira [UNIFESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
depressão miocárdica pós-isquemia/reperfusão efeito Bowditch freqüência cardíaca função sistólica função diastólica |
topic |
depressão miocárdica pós-isquemia/reperfusão efeito Bowditch freqüência cardíaca função sistólica função diastólica postischemia/reperfusion stunned myocardium Bowditch effect heart rate systolic function diastolic function |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
postischemia/reperfusion stunned myocardium Bowditch effect heart rate systolic function diastolic function |
description |
OBJETIVO: Analisar a influência da depressão miocárdica pós-isquemia/reperfusão (DMPIR) sobre os efeitos inotrópico e lusitrópico promovidos pela freqüência cardíaca (FC). MÉTODOS: Nove preparações de coração isolado de cães nutrido pelo sangue arterial de um outro cão e contraindo isovolumetricamente tiveram a freqüência cardíaca elevada de 60 bpm a 200 bpm, em etapas de 20 bpm. Foram avaliadas as variáveis antes (C) e depois (D) da isquemia (15 min) e reperfusão (30 min): a pressão desenvolvida durante a contração (PD), sua 1ª derivada positiva (+dP/dt) e negativa (-dP/dt), o tempo de pressão máxima (TPM), a pressão de repouso (Pr) e o tempo para a pressão desenvolvida regredir em 90% de seu valor máximo (TR90%). RESULTADOS: Os efeitos estimulantes da elevação da FC sobre o inotropismo e o relaxamento foram semelhantes em C e em D: houve aumento dos valores da +dP/dt, redução do TPM, acentuação da -dP/dt e diminuição do TR90%. A PD não sofreu alteração e a Pr se elevou. CONCLUSÃO: Os resultados confirmaram o efeito inotrópico positivo da elevação da FC (efeito Bowditch) e a ação depressora da isquemia/reperfusão. Evidenciaram ainda que a DMPIR não altera a ação estimulante do efeito Bowditch. Os resultados se adequam ao conceito vigente de que a DMPIR não compromete a cinética miocárdica do cálcio, favorecendo, a hipótese prevalente de que o decaimento da capacidade contrátil pós-isquemia/reperfusão depende de redução da responsividade dos miofilamentos ao cálcio. |
publishDate |
2005 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2005-01-01 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2015-06-14T13:31:25Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2015-06-14T13:31:25Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC, v. 84, n. 1, p. 38-43, 2005. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/2380 http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2005000100009 |
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv |
0066-782X |
dc.identifier.file.none.fl_str_mv |
S0066-782X2005000100009.pdf |
dc.identifier.scielo.none.fl_str_mv |
S0066-782X2005000100009 |
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv |
10.1590/S0066-782X2005000100009 |
identifier_str_mv |
Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC, v. 84, n. 1, p. 38-43, 2005. 0066-782X S0066-782X2005000100009.pdf S0066-782X2005000100009 10.1590/S0066-782X2005000100009 |
url |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/2380 http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2005000100009 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.none.fl_str_mv |
Arquivos Brasileiros de Cardiologia |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
38-43 |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNIFESP instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) instacron:UNIFESP |
instname_str |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
instacron_str |
UNIFESP |
institution |
UNIFESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
collection |
Repositório Institucional da UNIFESP |
bitstream.url.fl_str_mv |
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/2380/1/S0066-782X2005000100009.pdf ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/2380/2/S0066-782X2005000100009.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
0fd1e0c477441078e82647d093de1d57 c5626e0333427dae1957dcfb9ca6fdc9 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1802764148841381888 |