Como e quando começar a orientação sexual na escola: a opinião dos professores do município de Embu-SP
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/24231 |
Resumo: | A Orientação Sexual constitui-se na atualidade um tema transversal devendo permear todo o currículo escolar, num processo de intervenção pedagógica com o objetivo de transmitir informações e problematizar questões relacionadas à sexualidade. O professor é a peça chave para execução e sucesso desta intervenção, portanto, este estudo teve como objetivos identificar o conhecimento e a prática dos mesmos em relação à orientação sexual, bem como conhecer a opinião dos professores sobre o momento (Quando) e a maneira (Como) de iniciar as atividades de orientação sexual na escola. Trata-se de uma pesquisa descritivoexploratório, realizada em quatro escolas estaduais de ensino fundamental e médio do município de Embu das Artes, SP. A amostra foi constituída por 130 professores também participantes do Projeto de Extensão Universitária Corporalidade e Promoção da Saúde. A coleta de dados foi realizada em dois momentos distintos, sendo o primeiro por meio de um questionário, e o segundo, pela técnica de Grupo Focal. Os resultados apontam que os professores deste estudo consideram importante a orientação sexual, pois a escola mostra-se importante não somente para transmissão de informações, mas também para promover reflexão sobre essas questões e mudanças de conceitos e comportamentos sexuais, complementando a educação sexual recebida da família. Os professores reconhecem sua falta de preparo para a função não somente teórica e metodológica, mas também nas questões pessoais com suas áreas de interdição sobre o aspecto sexual. Soma-se, ainda, a falta de recursos materiais e de tempo para preparo das aulas, o que compromete o desenvolvimento do trabalho de orientação sexual na escola. Para eles, a orientação sexual deveria ter início desde o ingresso da criança na escola, ou seja, desde a 1ª série, em um processo contínuo e gradativo. Usando de linguagem apropriada para cada idade, respeitando o nível de maturidade da criança para absorção das informações transmitidas. A 5ª série foi apontada como a fase indicada para o aprofundamento das questões sobre sexualidade, pelo aumento da curiosidade dos alunos sobre o tema e por terem maior maturidade para discussão dos assuntos. Apesar de se considerarem despreparados para o desenvolvimento das atividades de orientação sexual, a maioria dos professores aborda o tema em sala de aula. As atividades sugeridas são: uso de dinâmicas e brincadeiras com auxílio de recursos áudio-visuais, através da leitura de textos e de discussões baseadas nas perguntas feitas pelos próprios alunos. Aproveitam, ainda, as situações do cotidiano escolar ou social trazidas pela mídia para suscitar discussões. Os docentes consideram-se aptos a discutirem todos os assuntos relacionados à sexualidade, porém, declaram ter mais habilidade para discussão de temas com enfoque biológico como Doenças Sexualmente Transmissíveis, gravidez, conhecimento sobre o corpo e métodos contraceptivos. Conclui-se que os professores precisam ser capacitados para conduzir os alunos em um processo contínuo e gradativo de aquisição de conhecimentos e de instrumentos que transformem este conhecimento em mudanças de comportamento. Desta forma, um desenvolvimento saudável da sexualidade deles, livre de riscos físicos, psíquicos e sociais poderá ser garantido. |
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Como e quando começar a orientação sexual na escola: a opinião dos professores do município de Embu-SPHow and when to start sexual education in school: the understanding of professors from the municipality of Embu, SP, BrazilEducação SexualComportamento SexualOrientação SexualSexualidadeAdolescentesSaúde ColetivaSexual behaviorSex educationSexualityAdolescentPublic HealthSexual behaviorA Orientação Sexual constitui-se na atualidade um tema transversal devendo permear todo o currículo escolar, num processo de intervenção pedagógica com o objetivo de transmitir informações e problematizar questões relacionadas à sexualidade. O professor é a peça chave para execução e sucesso desta intervenção, portanto, este estudo teve como objetivos identificar o conhecimento e a prática dos mesmos em relação à orientação sexual, bem como conhecer a opinião dos professores sobre o momento (Quando) e a maneira (Como) de iniciar as atividades de orientação sexual na escola. Trata-se de uma pesquisa descritivoexploratório, realizada em quatro escolas estaduais de ensino fundamental e médio do município de Embu das Artes, SP. A amostra foi constituída por 130 professores também participantes do Projeto de Extensão Universitária Corporalidade e Promoção da Saúde. A coleta de dados foi realizada em dois momentos distintos, sendo o primeiro por meio de um questionário, e o segundo, pela técnica de Grupo Focal. Os resultados apontam que os professores deste estudo consideram importante a orientação sexual, pois a escola mostra-se importante não somente para transmissão de informações, mas também para promover reflexão sobre essas questões e mudanças de conceitos e comportamentos sexuais, complementando a educação sexual recebida da família. Os professores reconhecem sua falta de preparo para a função não somente teórica e metodológica, mas também nas questões pessoais com suas áreas de interdição sobre o aspecto sexual. Soma-se, ainda, a falta de recursos materiais e de tempo para preparo das aulas, o que compromete o desenvolvimento do trabalho de orientação sexual na escola. Para eles, a orientação sexual deveria ter início desde o ingresso da criança na escola, ou seja, desde a 1ª série, em um processo contínuo e gradativo. Usando de linguagem apropriada para cada idade, respeitando o nível de maturidade da criança para absorção das informações transmitidas. A 5ª série foi apontada como a fase indicada para o aprofundamento das questões sobre sexualidade, pelo aumento da curiosidade dos alunos sobre o tema e por terem maior maturidade para discussão dos assuntos. Apesar de se considerarem despreparados para o desenvolvimento das atividades de orientação sexual, a maioria dos professores aborda o tema em sala de aula. As atividades sugeridas são: uso de dinâmicas e brincadeiras com auxílio de recursos áudio-visuais, através da leitura de textos e de discussões baseadas nas perguntas feitas pelos próprios alunos. Aproveitam, ainda, as situações do cotidiano escolar ou social trazidas pela mídia para suscitar discussões. Os docentes consideram-se aptos a discutirem todos os assuntos relacionados à sexualidade, porém, declaram ter mais habilidade para discussão de temas com enfoque biológico como Doenças Sexualmente Transmissíveis, gravidez, conhecimento sobre o corpo e métodos contraceptivos. Conclui-se que os professores precisam ser capacitados para conduzir os alunos em um processo contínuo e gradativo de aquisição de conhecimentos e de instrumentos que transformem este conhecimento em mudanças de comportamento. Desta forma, um desenvolvimento saudável da sexualidade deles, livre de riscos físicos, psíquicos e sociais poderá ser garantido.Sexual Education is currently constituted of a transversal topic that should span the whole school curriculum, in a pedagogic intervention process aiming at providing information and addressing issues related to sexuality. The teacher is a key part in the accomplishment of this intervention, and should be prepared for the function. Therefore, this study aimed at identifying teachers' knowledge and practice concerning Sexual Education, as well as to know their opinion about the time (when) and manner (how) the Sexual Orientation should be started as a school activity. A descriptive-exploratory research was carried out in four state-run elementary and high schools in the municipality of Embu das Artes, SP. The sample was composed by 130 teachers who also took part in the Corporality and Health Promotion University Project. Data were collected at two distinct moments, firstly through a questionnaire, and then through the Focal Group technique. Results demonstrated that teachers consider Sexual Education at school to be important. To them, the school seems important not only to spread information, but also to promote reflection upon these issues and to promote changes of sexual behaviors and concepts. Thus, the school enhances the sexual education received from the family. Teachers acknowledge their lack of prepare for the function, which includes not only theoretical and methodological aspects, but also personal issues regarding their own sexual restraints. In addition to that is the lack of material resources and time for class preparation, what impairs the development of Sexual Education tasks at school. In their opinion, Sexual Education should start at the moment children are admitted to school, that is, in the first grade, in a continuous and gradual process, by using appropriate language for each age, and respecting the child’s maturity level to absorb the provided information. The fifth grade was pointed out as the appropriate age for in-depth education of sexuality-related issues because of the increase in curiosity for the topic, and also for having more maturity to discuss the topics. Despite the teachers feel unprepared for the development of Sexual Education activities at school, the most of them approach the insertion of the issue in the classroom. The activities suggested by them are: group dynamics and plays with audiovisual resources, readings, and discussions based on questions asked by the students themselves. They also use daily school and social life brought by the media to raise discussions. Teachers considered themselves able to discuss all the issues related to sexuality, however, reporting more ability to discuss topics of biological scope such as Sexually-Transmitted Diseases/AIDS, pregnancy, knowledge about the human body and contraceptive methods. It was concluded that teachers need to be properly instructed to lead students into a continuous and gradual process of knowledge acquisition and proper tools that turn this knowledge in behavior changes. Thus, a healthy development of sexuality, without physical, psychic and social risks can be assured.BV UNIFESP: Teses e dissertaçõesUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Brêtas, José Roberto da Silva [UNIFESP]Jardim, Dulcilene Pereira [UNIFESP]2015-12-06T23:47:43Z2015-12-06T23:47:43Z2008info:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion145 f.application/pdfJardim, Dulcilene Pereira. Como e quando começar a orientação sexual na escola: a opinião dos professores do município de Embu-SP. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2008.Publico-24231.pdfhttp://repositorio.unifesp.br/handle/11600/24231porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-07-30T11:11:12Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/24231Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-07-30T11:11:12Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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A Orientação Sexual constitui-se na atualidade um tema transversal devendo permear todo o currículo escolar, num processo de intervenção pedagógica com o objetivo de transmitir informações e problematizar questões relacionadas à sexualidade. O professor é a peça chave para execução e sucesso desta intervenção, portanto, este estudo teve como objetivos identificar o conhecimento e a prática dos mesmos em relação à orientação sexual, bem como conhecer a opinião dos professores sobre o momento (Quando) e a maneira (Como) de iniciar as atividades de orientação sexual na escola. Trata-se de uma pesquisa descritivoexploratório, realizada em quatro escolas estaduais de ensino fundamental e médio do município de Embu das Artes, SP. A amostra foi constituída por 130 professores também participantes do Projeto de Extensão Universitária Corporalidade e Promoção da Saúde. A coleta de dados foi realizada em dois momentos distintos, sendo o primeiro por meio de um questionário, e o segundo, pela técnica de Grupo Focal. Os resultados apontam que os professores deste estudo consideram importante a orientação sexual, pois a escola mostra-se importante não somente para transmissão de informações, mas também para promover reflexão sobre essas questões e mudanças de conceitos e comportamentos sexuais, complementando a educação sexual recebida da família. Os professores reconhecem sua falta de preparo para a função não somente teórica e metodológica, mas também nas questões pessoais com suas áreas de interdição sobre o aspecto sexual. Soma-se, ainda, a falta de recursos materiais e de tempo para preparo das aulas, o que compromete o desenvolvimento do trabalho de orientação sexual na escola. Para eles, a orientação sexual deveria ter início desde o ingresso da criança na escola, ou seja, desde a 1ª série, em um processo contínuo e gradativo. Usando de linguagem apropriada para cada idade, respeitando o nível de maturidade da criança para absorção das informações transmitidas. A 5ª série foi apontada como a fase indicada para o aprofundamento das questões sobre sexualidade, pelo aumento da curiosidade dos alunos sobre o tema e por terem maior maturidade para discussão dos assuntos. Apesar de se considerarem despreparados para o desenvolvimento das atividades de orientação sexual, a maioria dos professores aborda o tema em sala de aula. As atividades sugeridas são: uso de dinâmicas e brincadeiras com auxílio de recursos áudio-visuais, através da leitura de textos e de discussões baseadas nas perguntas feitas pelos próprios alunos. Aproveitam, ainda, as situações do cotidiano escolar ou social trazidas pela mídia para suscitar discussões. Os docentes consideram-se aptos a discutirem todos os assuntos relacionados à sexualidade, porém, declaram ter mais habilidade para discussão de temas com enfoque biológico como Doenças Sexualmente Transmissíveis, gravidez, conhecimento sobre o corpo e métodos contraceptivos. Conclui-se que os professores precisam ser capacitados para conduzir os alunos em um processo contínuo e gradativo de aquisição de conhecimentos e de instrumentos que transformem este conhecimento em mudanças de comportamento. Desta forma, um desenvolvimento saudável da sexualidade deles, livre de riscos físicos, psíquicos e sociais poderá ser garantido. |
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