Educação e saúde: o trabalho em equipe interdisciplinar e interprofissional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Suane Ribeiro de [UNIFESP]
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/54650
Resumo: Esta pesquisa emergiu como desdobramento de duas investigações desenvolvidas no período 2009-2011: “A Psicologia Educacional como campo de conhecimento e prática: concepções de discentes e docentes de psicologia da UNIFESP” e “Educação e saúde: o trabalho em equipe na perspectiva dos estudantes”. A investigação concluída em 2010 permitiu reconhecer perspectivas de construção de práticas de formação e atuação em Psicologia Educacional educativas e saudáveis a partir de uma perspectiva crítica, ética e comprometida com as demandas dos sujeitos em seus cotidianos de produção da vida humana. O recorte definido para o segundo estudo incidiu sobre as relações entre educação e saúde no contexto do trabalho em equipe, apreendendo concepções e práticas de estudantes envolvidos no estágio de educação. No presente estudo pretendeu-se aprofundar estas concepções, identificando também as concepções dos docentes supervisores do estágio em educação. INTRODUÇÃO: A literatura indica que a formação em saúde é historicamente marcada pela fragmentação dos conhecimentos e atualmente busca-se reverter esta característica através do trabalho baseado na interdisciplinaridade e trabalho em equipe. A possibilidade de trabalhar em equipe ancorando-se na interdisciplinaridade surgiu como uma forma de abordar as situações e problemas pela integração e articulação de diferentes saberes, gerando uma ação comum na intervenção e atingindo o objetivo do trabalho em saúde. OBJETIVOS: analisar as concepções e práticas de estudantes e docentes de Psicologia e Terapia Ocupacional envolvidos no estágio em educação oferecido no Campus Baixada Santista/UNIFESP, considerando as potencialidades e limites do trabalho em equipe no contexto da educação; apreender as concepções de estudantes e docentes sobre educação e saúde; mapear as relações existentes entre as concepções e práticas de estudantes e docentes no âmbito da educação e saúde quando inseridos em contextos de educação; e identificar as potencialidades e limites do trabalho em equipe para articular saúde e educação nos espaços educacionais. METODOLOGIA: Participaram do estudo onze estudantes que atuavam no estágio em educação (cursos de Psicologia e Terapia Ocupacional) e três docentes supervisores. A coleta de dados foi feita a partir de um grupo focal com os estagiários, entrevista coletiva com os docentes e observação a campo na escola e em supervisões de estágio. O grupo focal e a entrevista foram gravados em áudio para posterior transcrição e análise. Foram realizadas cinco observações semi-abertas: duas supervisões coletivas, duas supervisões específicas de Psicologia e uma supervisão específica de Terapia Ocupacional. Para análise foi utilizada a técnica de análise de conteúdo, do tipo temática, assumindo como eixos orientadores: trabalho em equipe, relação saúde e educação e práticas de atuação/intervenção e a escola. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os dados produzidos indicaram que o trabalho em equipe interprofissional emerge como aprendizagem construída no decorrer da formação dos alunos, sendo capaz de tornar a atuação potente, ampliar as possibilidades de atuação e de troca entre as diferentes áreas, facilitando uma postura baseada na integralidade do cuidado. A formação de profissionais aptos para o trabalho em equipe mostra-se como um desafio para os docentes, que buscam embasamento em vivências do percurso profissional e a partir de uma visão crítica de sua própria formação. Na concepção dos docentes, a formação dos estudantes interfere visivelmente na postura profissional, principalmente com relação à disponibilidade para desenvolver projetos em equipes. A relação saúde e educação para a instituição escolar mostrou-se, na perspectiva dos estudantes e docentes participantes, ainda centralizada na queixa do aluno-problema, na concepção de “cura” das dificuldades entendidas como localizadas nas crianças. A atuação dos estagiários busca uma atuação ampliada, relacionando educação e saúde a partir da articulação de esforços com a escola e problematização dos diagnósticos e do contexto educacional.
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No presente estudo pretendeu-se aprofundar estas concepções, identificando também as concepções dos docentes supervisores do estágio em educação. INTRODUÇÃO: A literatura indica que a formação em saúde é historicamente marcada pela fragmentação dos conhecimentos e atualmente busca-se reverter esta característica através do trabalho baseado na interdisciplinaridade e trabalho em equipe. A possibilidade de trabalhar em equipe ancorando-se na interdisciplinaridade surgiu como uma forma de abordar as situações e problemas pela integração e articulação de diferentes saberes, gerando uma ação comum na intervenção e atingindo o objetivo do trabalho em saúde. OBJETIVOS: analisar as concepções e práticas de estudantes e docentes de Psicologia e Terapia Ocupacional envolvidos no estágio em educação oferecido no Campus Baixada Santista/UNIFESP, considerando as potencialidades e limites do trabalho em equipe no contexto da educação; apreender as concepções de estudantes e docentes sobre educação e saúde; mapear as relações existentes entre as concepções e práticas de estudantes e docentes no âmbito da educação e saúde quando inseridos em contextos de educação; e identificar as potencialidades e limites do trabalho em equipe para articular saúde e educação nos espaços educacionais. METODOLOGIA: Participaram do estudo onze estudantes que atuavam no estágio em educação (cursos de Psicologia e Terapia Ocupacional) e três docentes supervisores. A coleta de dados foi feita a partir de um grupo focal com os estagiários, entrevista coletiva com os docentes e observação a campo na escola e em supervisões de estágio. O grupo focal e a entrevista foram gravados em áudio para posterior transcrição e análise. Foram realizadas cinco observações semi-abertas: duas supervisões coletivas, duas supervisões específicas de Psicologia e uma supervisão específica de Terapia Ocupacional. Para análise foi utilizada a técnica de análise de conteúdo, do tipo temática, assumindo como eixos orientadores: trabalho em equipe, relação saúde e educação e práticas de atuação/intervenção e a escola. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os dados produzidos indicaram que o trabalho em equipe interprofissional emerge como aprendizagem construída no decorrer da formação dos alunos, sendo capaz de tornar a atuação potente, ampliar as possibilidades de atuação e de troca entre as diferentes áreas, facilitando uma postura baseada na integralidade do cuidado. 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A atuação dos estagiários busca uma atuação ampliada, relacionando educação e saúde a partir da articulação de esforços com a escola e problematização dos diagnósticos e do contexto educacional.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Batista, Sylvia Helena Souza da Silva [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/7402359906381953http://lattes.cnpq.br/4319060502992220Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Sousa, Suane Ribeiro de [UNIFESP]2020-07-15T15:20:47Z2020-07-15T15:20:47Z2011-12-06info:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion122 f.application/pdfSOUSA, Suane Ribeiro de. Educação e saúde: o trabalho em equipe interdisciplinar e interprofissional. 2011. 122 f. 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