Abordagem clínica para avaliação do impacto do trauma sexual na infância no tratamento adjunto com escetamina subcutânea para depressão resistente ao tratamento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Magalhães, Eduardo Jorge Muniz [UNIFESP]
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/63779
Resumo: Objetivo: O histórico de abuso sexual na infância (ASI) tem associação com maior risco para suicídio e pior resposta ao tratamento de um episódio depressivo em adultos. Vinte anos após o primeiro estudo avaliando os efeitos da escetamina na depressão e no suicídio, ainda existem muitas lacunas de informações sobre os efeitos do ASI neste tratamento. Neste estudo, nós avaliamos o impacto do ASI no tratamento adjunto com escetamina subcutânea (SC) para a depressão resistente ao tratamento (DRT). Métodos: Construímos um gráfico acíclico direto (GAD) para a identificação de confundidores clínicos entre o ASI e os preditores de resposta a sintomas depressivos com o uso de escetamina. Os confundidores foram aplicados a um modelo estatístico para a predição da trajetória de sintomas depressivos em uma amostra de 67 pacientes ambulatoriais com DRT. Resultados: A amostra de pacientes apresentava uma alta prevalência de ASI (35.82%). Gênero e história familiar positiva de parentes de primeiro grau com transtorno de uso de álcool se apresentaram como possíveis mediadores clínicos dos efeitos da escetamina na população com ASI. De maneira geral, a presença de pelo menos um ASI não foi associado à trajetória de variação dos sintomas após um protocolo de tratamento com escetamina subcutânea. Conclusão: Contrário à resposta insatisfatória aos antidepressivos convencionais e à psicoterapia, o ASI parece não predizer uma pior resposta ao tratamento com escetamina.
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Métodos: Construímos um gráfico acíclico direto (GAD) para a identificação de confundidores clínicos entre o ASI e os preditores de resposta a sintomas depressivos com o uso de escetamina. Os confundidores foram aplicados a um modelo estatístico para a predição da trajetória de sintomas depressivos em uma amostra de 67 pacientes ambulatoriais com DRT. Resultados: A amostra de pacientes apresentava uma alta prevalência de ASI (35.82%). Gênero e história familiar positiva de parentes de primeiro grau com transtorno de uso de álcool se apresentaram como possíveis mediadores clínicos dos efeitos da escetamina na população com ASI. De maneira geral, a presença de pelo menos um ASI não foi associado à trajetória de variação dos sintomas após um protocolo de tratamento com escetamina subcutânea. Conclusão: Contrário à resposta insatisfatória aos antidepressivos convencionais e à psicoterapia, o ASI parece não predizer uma pior resposta ao tratamento com escetamina.Objective: A history of child sexual abuse (CSA) is related to higher suicide rates and poor treatment outcomes in depressed adult patients. Twenty years after the first study investigating the effects of ketamine/ esketamine, on depression and suicide, there is a lack of data on the CSA effects on this emerging treatment. Here we assess the impact of CSA on adjunctive subcutaneous (SC) esketamine for treatment-resistant depression (TRD). Methods: A directed acyclic graphic (DAG) was designed to identify clinical confounders between CSA and esketamine predictors of response. The confounders were applied in a statistical model to predict depression symptoms trajectory in a sample of sixty-seven TRD outpatients. Results: The patient sample had a relatively high prevalence rate of CSA (35.82%). Positive family history of first-degree relatives with alcohol use disorder and sex were clinical mediators of the effects of esketamine in a CSA adult population. Overall, the presence of at least one CSA event was unrelated to esketamine symptom reduction. Conclusions: Unlike responses to conventional antidepressants and psychotherapy, CSA does not appear to predict poor response to esketamine56 f.porUniversidade Federal de São PauloAbuso sexual na infânciaDepressão resistente ao tratamentoEscetaminaSexoGráfico acíclico diretoAbordagem clínica para avaliação do impacto do trauma sexual na infância no tratamento adjunto com escetamina subcutânea para depressão resistente ao tratamentoA clinical rationale for assessing the impact of childhood sexual abuse on adjunctive subcutaneous esketamine for treatment-resistant depressioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPEscola Paulista de Medicina (EPM)Psiquiatria e Psicologia MédicaORIGINALABORDAGEM CLÍNICA PARA AVALIAÇÃO DO IMPACTO DO TRAUMA SEXUAL NA INFÂNCIA NO TRATAMENTO ADJUNTO COM ESCETAMINA SUBCUTÂNEA PARA A 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Magalhães, Eduardo Jorge Muniz [UNIFESP]
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author Magalhães, Eduardo Jorge Muniz [UNIFESP]
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Depressão resistente ao tratamento
Escetamina
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Gráfico acíclico direto
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description Objetivo: O histórico de abuso sexual na infância (ASI) tem associação com maior risco para suicídio e pior resposta ao tratamento de um episódio depressivo em adultos. Vinte anos após o primeiro estudo avaliando os efeitos da escetamina na depressão e no suicídio, ainda existem muitas lacunas de informações sobre os efeitos do ASI neste tratamento. Neste estudo, nós avaliamos o impacto do ASI no tratamento adjunto com escetamina subcutânea (SC) para a depressão resistente ao tratamento (DRT). Métodos: Construímos um gráfico acíclico direto (GAD) para a identificação de confundidores clínicos entre o ASI e os preditores de resposta a sintomas depressivos com o uso de escetamina. Os confundidores foram aplicados a um modelo estatístico para a predição da trajetória de sintomas depressivos em uma amostra de 67 pacientes ambulatoriais com DRT. Resultados: A amostra de pacientes apresentava uma alta prevalência de ASI (35.82%). Gênero e história familiar positiva de parentes de primeiro grau com transtorno de uso de álcool se apresentaram como possíveis mediadores clínicos dos efeitos da escetamina na população com ASI. De maneira geral, a presença de pelo menos um ASI não foi associado à trajetória de variação dos sintomas após um protocolo de tratamento com escetamina subcutânea. Conclusão: Contrário à resposta insatisfatória aos antidepressivos convencionais e à psicoterapia, o ASI parece não predizer uma pior resposta ao tratamento com escetamina.
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