Análise da cultura da segurança do paciente: percepção de profissionais de saúde de um hospital da cidade de São Paulo

• Autor(a) principal: Cardoso, Ana Tucunduva [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/51826; http://www2.unifesp.br/centros/cedess/mestrado/teses/tese_229_ana_cardoso.pdf
• topic: Segurança do paciente; Capacitação profissional; Competência profissional; Equipe Interdisciplinar de Saúde; Patient safety; Professional qualification; Professional competence; Interdisciplinary Health Team

O presente estudo adotou como tema central a Cultura da Segurança do Paciente. A Segurança do Paciente é definida como a redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde. A cultura de segurança tem recebido crescente atenção nas últimas décadas no campo das organizações de saúde. Culturas seguras são aquelas em que as pessoas voluntariamente se manifestam quando observam situações e comportamentos de risco. No Brasil, observa-se uma escassez de trabalhos publicados acerca do tema, pois a avaliação da cultura de segurança em hospitais ainda é incipiente. Esta pesquisa tem como objetivo analisar a cultura da segurança do paciente na percepção dos profissionais de saúde de um hospital da cidade de São Paulo. Desenvolveu-se uma pesquisa exploratória descritiva com abordagem qualitativa e quantitativa por meio de estudo de caso, realizada em uma instituição hospitalar no município de São Paulo que possui 766 leitos ativos e aproximadamente 5000 colaboradores. A pesquisa foi realizada em unidades de terapia intensiva e contou com 150 participantes, profissionais de saúde em nível superior e técnicos, que atuavam na função por mais de três meses e completaram um instrumento composto de assertivas em Escala tipo Likert e espaço aberto para outras considerações. Um questionário foi aplicado com 9 participantes com vistas a identificar as potencialidades e as fragilidades acerca da Cultura da Segurança do Paciente na instituição, e quais competências o profissional de saúde precisa para desenvolver a Cultura da Segurança do Paciente. Os dados da Escala Likert receberam análise estatística e os relatos espontâneos e os questionários foram tratados com a análise de conteúdo na modalidade temática. Os resultados demonstraram que 12% das assertivas encontram-se em zona de perigo, 69% em zona de alerta e 19% em zona de conforto, e que na percepção dos profissionais participantes da pesquisa há fragilidades acerca da Segurança do Paciente. A partir dos resultados desenvolveu-se um programa técnico-educativo para a educação permanente de profissionais de saúde com vistas a proporcionar conhecimento funcional em segurança do paciente e em áreas correlatas, e reforçar as competências relacionadas à segurança. Concluiu-se que conhecer a cultura da segurança do paciente nas organizações de saúde é imperativo para desenvolver qualquer tipo de programa de segurança.