Temperatura do ar exalado, um novo biomarcador no controle da asma: um estudo piloto
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/6079 http://dx.doi.org/10.1590/S1806-37132010000600005 |
Resumo: | OBJETIVO: Avaliar se a temperatura do ar exalado (TAE), medida por um método não invasivo, é efetiva no monitoramento de pacientes com asma não controlada. MÉTODOS: Estudo piloto com nove pacientes (sete mulheres e dois homens; média de idade: 39 anos) com diagnóstico de asma por pelo menos um ano e sem uso de tratamento de manutenção por pelo menos três meses antes do início do estudo. Na primeira visita, os pacientes foram submetidos à espirometria e à medida da TAE. Todos os pacientes foram orientados a iniciar tratamento com budesonida/formoterol (200/6 µg) inalatório a cada 12 h por seis semanas. Além disso, os pacientes com asma grave (VEF1 < 60% do previsto) foram orientados a utilizar prednisolona oral (40 mg/dia) por cinco dias. Após seis semanas, os pacientes foram submetidos aos mesmos testes. RESULTADOS: Todos os pacientes relataram melhora dos sintomas de asma; confirmada por um aumento significativo de VEF1 da primeira para a segunda visita (média de VEF1: 56,1% vs. 88,7% do previsto; p < 0,05). Cinco pacientes utilizaram prednisolona oral, mas somente nos cinco dias iniciais do tratamento. Seis pacientes utilizaram doses extras da medicação inalatória (média de tempo de uso de medicação adicional = 2,5 semanas). Houve uma diminuição significativa da TAE entre os momentos de avaliação (média de TAE: 35,1ºC vs. 34,1ºC; p < 0,05). CONCLUSÕES: A asma não controlada, sobretudo durante exacerbações, é acompanhada pela elevação da TAE, que se reduz após o controle adequado da asma, demonstrado pela melhora do VEF1 e dos sintomas referidos. Esses resultados preliminares apontam para o monitoramento da TAE como um parâmetro possível na avaliação do controle da asma. |
id |
UFSP_8f40aad05317226b2b37806beffffa04 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unifesp.br:11600/6079 |
network_acronym_str |
UFSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
repository_id_str |
3465 |
spelling |
Melo, Raul Emrich [UNIFESP]Popov, Todor ASolé, Dirceu [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Universidade Médica de Sofia Clínica de Alergia e Asma2015-06-14T13:42:01Z2015-06-14T13:42:01Z2010-12-01Jornal Brasileiro de Pneumologia. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, v. 36, n. 6, p. 693-699, 2010.1806-3713http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/6079http://dx.doi.org/10.1590/S1806-37132010000600005S1806-37132010000600005.pdfS1806-3713201000060000510.1590/S1806-37132010000600005WOS:000285670500005OBJETIVO: Avaliar se a temperatura do ar exalado (TAE), medida por um método não invasivo, é efetiva no monitoramento de pacientes com asma não controlada. MÉTODOS: Estudo piloto com nove pacientes (sete mulheres e dois homens; média de idade: 39 anos) com diagnóstico de asma por pelo menos um ano e sem uso de tratamento de manutenção por pelo menos três meses antes do início do estudo. Na primeira visita, os pacientes foram submetidos à espirometria e à medida da TAE. Todos os pacientes foram orientados a iniciar tratamento com budesonida/formoterol (200/6 µg) inalatório a cada 12 h por seis semanas. Além disso, os pacientes com asma grave (VEF1 < 60% do previsto) foram orientados a utilizar prednisolona oral (40 mg/dia) por cinco dias. Após seis semanas, os pacientes foram submetidos aos mesmos testes. RESULTADOS: Todos os pacientes relataram melhora dos sintomas de asma; confirmada por um aumento significativo de VEF1 da primeira para a segunda visita (média de VEF1: 56,1% vs. 88,7% do previsto; p < 0,05). Cinco pacientes utilizaram prednisolona oral, mas somente nos cinco dias iniciais do tratamento. Seis pacientes utilizaram doses extras da medicação inalatória (média de tempo de uso de medicação adicional = 2,5 semanas). Houve uma diminuição significativa da TAE entre os momentos de avaliação (média de TAE: 35,1ºC vs. 34,1ºC; p < 0,05). CONCLUSÕES: A asma não controlada, sobretudo durante exacerbações, é acompanhada pela elevação da TAE, que se reduz após o controle adequado da asma, demonstrado pela melhora do VEF1 e dos sintomas referidos. Esses resultados preliminares apontam para o monitoramento da TAE como um parâmetro possível na avaliação do controle da asma.OBJECTIVE: To evaluate whether the exhaled breath temperature (EBT), measured by a noninvasive method, is an effective means of monitoring patients with uncontrolled asthma. METHODS: A pilot study comprising nine patients (seven women and two men; mean age: 39 years) diagnosed with asthma at least one year prior to the beginning of the study and not having been under maintenance therapy for the last three months. In the first visit, the patients underwent spirometry and measurement of EBT. The patients were then instructed to use inhaled budesonide/formoterol (200/6 µg) every 12 h for six weeks. In addition, the patients with severe asthma (FEV1 < 60% of predicted) were instructed to use oral prednisolone (40 mg/day) for five days. After six weeks, the patients underwent the same tests. RESULTS: All of the patients reported an improvement in the symptoms of asthma, as confirmed by a statistically significant increase in FEV1 from the first to the second visit (mean, 56.1% vs. 88.7% of predicted; p < 0.05). Five patients used oral prednisolone for the first five days of the treatment period. Six patients used additional doses of inhaled budesonide/formoterol (mean duration, 2.5 weeks). The EBT decreased significantly from the first to the second visit (mean EBT: 35.1ºC vs. 34.1ºC; p < 0.05). CONCLUSIONS: Uncontrolled asthma, especially during exacerbations, is followed by an increase in EBT, which decreases after appropriate asthma control, as demonstrated by an increase in FEV1 and an improvement of the reported symptoms. These preliminary results suggest that EBT can be used as a parameter for the assessment of asthma control.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de Medicina Departamento de PediatriaUniversidade Médica de Sofia Clínica de Alergia e AsmaUNIFESP, EPM, Depto. de PediatriaSciELO693-699porSociedade Brasileira de Pneumologia e TisiologiaJornal Brasileiro de PneumologiaAsmaBiomarcadores farmacológicosHidroxicorticosteroidesAsthmaBiomarkers, pharmacologicalHydroxycorticosteroidsTemperatura do ar exalado, um novo biomarcador no controle da asma: um estudo pilotoExhaled breath temperature, a new biomarker in asthma control: a pilot studyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS1806-37132010000600005.pdfapplication/pdf572197${dspace.ui.url}/bitstream/11600/6079/1/S1806-37132010000600005.pdfe8f02b9a6f547dc5aac8e52cfaeb8875MD51open accessTEXTS1806-37132010000600005.pdf.txtS1806-37132010000600005.pdf.txtExtracted texttext/plain30718${dspace.ui.url}/bitstream/11600/6079/21/S1806-37132010000600005.pdf.txtda5c0c7b7c7bcf726399e624690877a8MD521open accessTHUMBNAILS1806-37132010000600005.pdf.jpgS1806-37132010000600005.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg6277${dspace.ui.url}/bitstream/11600/6079/23/S1806-37132010000600005.pdf.jpgc43497a2f6a0524f60772bad53883c84MD523open access11600/60792023-06-05 19:07:08.66open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/6079Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-05T22:07:08Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
dc.title.pt.fl_str_mv |
Temperatura do ar exalado, um novo biomarcador no controle da asma: um estudo piloto |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Exhaled breath temperature, a new biomarker in asthma control: a pilot study |
title |
Temperatura do ar exalado, um novo biomarcador no controle da asma: um estudo piloto |
spellingShingle |
Temperatura do ar exalado, um novo biomarcador no controle da asma: um estudo piloto Melo, Raul Emrich [UNIFESP] Asma Biomarcadores farmacológicos Hidroxicorticosteroides Asthma Biomarkers, pharmacological Hydroxycorticosteroids |
title_short |
Temperatura do ar exalado, um novo biomarcador no controle da asma: um estudo piloto |
title_full |
Temperatura do ar exalado, um novo biomarcador no controle da asma: um estudo piloto |
title_fullStr |
Temperatura do ar exalado, um novo biomarcador no controle da asma: um estudo piloto |
title_full_unstemmed |
Temperatura do ar exalado, um novo biomarcador no controle da asma: um estudo piloto |
title_sort |
Temperatura do ar exalado, um novo biomarcador no controle da asma: um estudo piloto |
author |
Melo, Raul Emrich [UNIFESP] |
author_facet |
Melo, Raul Emrich [UNIFESP] Popov, Todor A Solé, Dirceu [UNIFESP] |
author_role |
author |
author2 |
Popov, Todor A Solé, Dirceu [UNIFESP] |
author2_role |
author author |
dc.contributor.institution.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Universidade Médica de Sofia Clínica de Alergia e Asma |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Melo, Raul Emrich [UNIFESP] Popov, Todor A Solé, Dirceu [UNIFESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Asma Biomarcadores farmacológicos Hidroxicorticosteroides |
topic |
Asma Biomarcadores farmacológicos Hidroxicorticosteroides Asthma Biomarkers, pharmacological Hydroxycorticosteroids |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Asthma Biomarkers, pharmacological Hydroxycorticosteroids |
description |
OBJETIVO: Avaliar se a temperatura do ar exalado (TAE), medida por um método não invasivo, é efetiva no monitoramento de pacientes com asma não controlada. MÉTODOS: Estudo piloto com nove pacientes (sete mulheres e dois homens; média de idade: 39 anos) com diagnóstico de asma por pelo menos um ano e sem uso de tratamento de manutenção por pelo menos três meses antes do início do estudo. Na primeira visita, os pacientes foram submetidos à espirometria e à medida da TAE. Todos os pacientes foram orientados a iniciar tratamento com budesonida/formoterol (200/6 µg) inalatório a cada 12 h por seis semanas. Além disso, os pacientes com asma grave (VEF1 < 60% do previsto) foram orientados a utilizar prednisolona oral (40 mg/dia) por cinco dias. Após seis semanas, os pacientes foram submetidos aos mesmos testes. RESULTADOS: Todos os pacientes relataram melhora dos sintomas de asma; confirmada por um aumento significativo de VEF1 da primeira para a segunda visita (média de VEF1: 56,1% vs. 88,7% do previsto; p < 0,05). Cinco pacientes utilizaram prednisolona oral, mas somente nos cinco dias iniciais do tratamento. Seis pacientes utilizaram doses extras da medicação inalatória (média de tempo de uso de medicação adicional = 2,5 semanas). Houve uma diminuição significativa da TAE entre os momentos de avaliação (média de TAE: 35,1ºC vs. 34,1ºC; p < 0,05). CONCLUSÕES: A asma não controlada, sobretudo durante exacerbações, é acompanhada pela elevação da TAE, que se reduz após o controle adequado da asma, demonstrado pela melhora do VEF1 e dos sintomas referidos. Esses resultados preliminares apontam para o monitoramento da TAE como um parâmetro possível na avaliação do controle da asma. |
publishDate |
2010 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2010-12-01 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2015-06-14T13:42:01Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2015-06-14T13:42:01Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
Jornal Brasileiro de Pneumologia. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, v. 36, n. 6, p. 693-699, 2010. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/6079 http://dx.doi.org/10.1590/S1806-37132010000600005 |
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv |
1806-3713 |
dc.identifier.file.none.fl_str_mv |
S1806-37132010000600005.pdf |
dc.identifier.scielo.none.fl_str_mv |
S1806-37132010000600005 |
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv |
10.1590/S1806-37132010000600005 |
dc.identifier.wos.none.fl_str_mv |
WOS:000285670500005 |
identifier_str_mv |
Jornal Brasileiro de Pneumologia. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, v. 36, n. 6, p. 693-699, 2010. 1806-3713 S1806-37132010000600005.pdf S1806-37132010000600005 10.1590/S1806-37132010000600005 WOS:000285670500005 |
url |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/6079 http://dx.doi.org/10.1590/S1806-37132010000600005 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.none.fl_str_mv |
Jornal Brasileiro de Pneumologia |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
693-699 |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNIFESP instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) instacron:UNIFESP |
instname_str |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
instacron_str |
UNIFESP |
institution |
UNIFESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
collection |
Repositório Institucional da UNIFESP |
bitstream.url.fl_str_mv |
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/6079/1/S1806-37132010000600005.pdf ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/6079/21/S1806-37132010000600005.pdf.txt ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/6079/23/S1806-37132010000600005.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
e8f02b9a6f547dc5aac8e52cfaeb8875 da5c0c7b7c7bcf726399e624690877a8 c43497a2f6a0524f60772bad53883c84 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1783460258670182400 |