Influência do sistema opioidérgico na variabilidade individual à sensibilização comportamental ao etanol

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Abrahão, Karina Possa [UNIFESP]
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/23894
Resumo: A sensibilização comportamental ao efeito estimulante do etanol é caracterizada I pelo progressivo aumento da atividade locomotora observada com a repetida I administração de uma mesma dose da droga. Atualmente, está sendo bastante estudado o envolvimento do sistema opioidérgico endógeno no alcoolismo e na dependência de outras drogas. Alguns estudos sugerem que o sistema opioidérgico modula a sensibilização comportamental ao etanol. No entanto, a sensibilização não ocorre de maneira homogênea para todas as espécies e nem mesmo para todos os indivíduos de uma mesma espécie. Dessa maneira, o objetivo geral desse estudo foi avaliar se o sistema opioidérgico influencia a expressão da atividade locomotora de animais que diferem quanto o nível de sensibilização comportamental ao efeito estimulante do etanol. Em todos os experimentos, camundongos Suíços albinos foram tratados durante 10 dias, recebendo 2,2g/kg de etanol (ip) ou salina, em dias alternados, sendo nestas ocasiões submetidos a testes de atividade locomotora, para avaliação do desenvolvimento da sensibilização. De acordo com a atividade locomotora avaliada no teste do 5° dia de administração, os animais tratados com etanol foram classificados em "sensibilizados" ¬aqueles que se encontraram no tercil mais alto de atividade - e "não-sensibilizados" ¬: aqueles que se encontraram no tercil mais baixo de atividade. Em cada experimento foram utilizados diferentes grupos de animais. Nos experimentos 1 e 2.1, os camundongos receberam, respectivamente, antagonistas opioidérgicos (naloxona e naltrexona) e agonista opioidérgico (morfina) ip, seguido pela administração de 2,2g/kg de etanol (ip). No experimento 2.2, os animais receberam morfina intracerebral (ICV) seguida pela administração de 2,2g/kg de etanol (ip). Apesar dos antagonistas opioidérgicos não afetarem a expressão da sensibilização ao etanol, a administração de morfina impediu o aumento da locomoção dos animais sensibilizados, quando administrada antes do etanol. No experimento 3, após o tratamento, os camundongos foram sacrificados, sendo seus cérebros retirados e cortados em criostato. As fatias de cérebro passaram pelo procedimento de auto-radiografia para marcação de receptores µ com [3H]DAMGO. A auto-radiografia não detectou diferença entre os animais do grupo controle, sensibilizado e não-sensibilizado em relação às densidades de ligação aos receptores µ, em regiões cerebrais do sistema de recompensa..
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