Comparação de diferentes protocolos na estratificação do risco cardiovascular e indicação do uso de estatina em pacientes portadores de hipertensão arterial
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/11600/62186 |
Resumo: | Objetivo: Avaliar a diferença na indicação do uso de estatina em pacientes submetidos à aplicação de diferentes protocolos de estratificação de risco cardiovascular para o tratamento da dislipidemia. Métodos: Foram revisados 641 prontuários de pacientes regularmente atendidos no Ambulatório de Hipertensão da Fundação Osvaldo Ramos, os quais estavam sem o uso de estatina. Tais pacientes foram submetidos à aplicação de diferentes ferramentas para classificar o risco cardiovascular. Os escores utilizados foram o de Framingham e a Pooled Cohort Equation. Após tais pacientes serem submetidos a diferentes protocolos para o cálculo do risco cardiovascular, foram aplicados os critérios conforme cada protocolo National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III e American College of Cardiology/American Heart Association 2013 para o início do uso de estatinas. Resultados: Dos 641 pacientes analisados (56,9 ± 9,7 anos; 66,1% sexo feminino; 30,7% diabéticos; 31% negros; 11,2% tabagista; 44,1% com presença de Síndrome Metabólica; 10,1% com Doença Cardiovascular; 24,1% com uso de 3 ou mais hipotensores; 21,1% com doença renal crônica), foram identificados 5,1% (33) pacientes de alto risco pelo escore de Framingham versus 51,8% (332) pacientes classificados como alto risco quando utilizado a Pooled Cohort Equation. Essa diferença impactou na quantidade de pacientes candidatos ao início do uso de estatina. Quando aplicados os critérios de elegibilidade para o uso de estatina, foi constatada diferença significativa conforme os protocolos. Observaram-se 66,2% (339) dos pacientes com indicação de estatina pelo protocolo da American Heart Association 2013 versus 21,1% (135) quando submetidos aos critérios do protocolo National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III (p<0,05). Conclusão: Para a população envolvida, a capacidade de identificação de pacientes com alto risco cardiovascular e indicação do início do uso de estatina foi mais abrangente quando utilizado o protocolo da American Heart Association 2013. Talvez a identificação destes pacientes e a introdução de medidas medicamentosas mais precoces possam alterar a incidência de eventos cardiovasculares primários. No entanto, ainda não se sabe o verdadeiro impacto socioeconômico e na morbimortalidade ocasionados por essas mudanças. |
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Comparação de diferentes protocolos na estratificação do risco cardiovascular e indicação do uso de estatina em pacientes portadores de hipertensão arterialComparison of the different protocols of cardiovascular stratification and indication of the use of statin in patients with arterial hypertensiondislipidemia, risco, estatinaObjetivo: Avaliar a diferença na indicação do uso de estatina em pacientes submetidos à aplicação de diferentes protocolos de estratificação de risco cardiovascular para o tratamento da dislipidemia. Métodos: Foram revisados 641 prontuários de pacientes regularmente atendidos no Ambulatório de Hipertensão da Fundação Osvaldo Ramos, os quais estavam sem o uso de estatina. Tais pacientes foram submetidos à aplicação de diferentes ferramentas para classificar o risco cardiovascular. Os escores utilizados foram o de Framingham e a Pooled Cohort Equation. Após tais pacientes serem submetidos a diferentes protocolos para o cálculo do risco cardiovascular, foram aplicados os critérios conforme cada protocolo National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III e American College of Cardiology/American Heart Association 2013 para o início do uso de estatinas. Resultados: Dos 641 pacientes analisados (56,9 ± 9,7 anos; 66,1% sexo feminino; 30,7% diabéticos; 31% negros; 11,2% tabagista; 44,1% com presença de Síndrome Metabólica; 10,1% com Doença Cardiovascular; 24,1% com uso de 3 ou mais hipotensores; 21,1% com doença renal crônica), foram identificados 5,1% (33) pacientes de alto risco pelo escore de Framingham versus 51,8% (332) pacientes classificados como alto risco quando utilizado a Pooled Cohort Equation. Essa diferença impactou na quantidade de pacientes candidatos ao início do uso de estatina. Quando aplicados os critérios de elegibilidade para o uso de estatina, foi constatada diferença significativa conforme os protocolos. Observaram-se 66,2% (339) dos pacientes com indicação de estatina pelo protocolo da American Heart Association 2013 versus 21,1% (135) quando submetidos aos critérios do protocolo National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III (p<0,05). Conclusão: Para a população envolvida, a capacidade de identificação de pacientes com alto risco cardiovascular e indicação do início do uso de estatina foi mais abrangente quando utilizado o protocolo da American Heart Association 2013. Talvez a identificação destes pacientes e a introdução de medidas medicamentosas mais precoces possam alterar a incidência de eventos cardiovasculares primários. No entanto, ainda não se sabe o verdadeiro impacto socioeconômico e na morbimortalidade ocasionados por essas mudanças.Objective: To evaluate the difference in indication of the use of statin in patients submitted to different protocols of stratification of cardiovascular risk for the treatment of dyslipidemia. Methods: A total of 641 patient charts were reviewed regularly in the Osvaldo Ramos Foundation Hypertension Outpatient Clinic, who were without the use of statin. These patients were submitted to the application of different guidelines to classify the cardiovascular risk. The Framingham and Pooled Cohort Equation scores were used. After these patients were submitted to different protocols for calculating cardiovascular risk, the criteria were applied according to each National Cholesterol Education Program's Adult Treatment Panel III and American College of Cardiology/American Heart Association 2013 protocol for the start of the use of statins. Results: Of the 641 patients analyzed (56.9 ± 9.7 years, 66.1% female, 30.7% diabetic, 31% black, 11.2% smoker, 44.1% with Metabolic Syndrome, 10 (33%) were identified as having high risk for the Framingham score versus 51.8% (332) patients classified as high risk when using the Pooled Cohort Equation. This difference had an impact on the number of patients who were candidates for statin use. When the eligibility criteria for statin use were applied, a significant difference was observed according to the protocols (P <0.05), and the mean follow-up of the patients was significantly higher than that of the American Heart Association. Conclusion: For the population involved, the capacity of and identification of patients at high cardiovascular risk and indication of statin use was more comprehensive when using the American Heart Association 2013 protocol. Perhaps the identification of these patients and the introduction of earlier drug measures may alter the incidence of cardiovascular events primary. However, the true socioeconomic impact and the mortality caused by these changes is not yet known.Não recebi financiamentoUniversidade Federal de São PauloBatista, Marcelo Costa [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/0614350233628814http://lattes.cnpq.br/7993718298978429Oliveira, Vinicius de [UNIFESP]2021-11-05T21:15:18Z2021-11-05T21:15:18Z2018-06-25info:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion38 f.application/pdfOLIVEIRA, V. Comparação de diferentes protocolos na estratificação do risco cardiovascular e indicação do uso de estatina em pacientes portadores de hipertensão arterial. São Paulo, 2018. 38 f. Dissertação (Mestrado em Nefrologia) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2018.https://hdl.handle.net/11600/62186porSão Pauloinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-07-26T10:24:55Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/62186Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-07-26T10:24:55Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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