Inquérito soroepidemiológico de SARS-COV-2 em pacientes atendidos em um hospital universitário na cidade de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, Luiz Vinícius Leão [UNIFESP]
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://hdl.handle.net/11600/63946
Resumo: O SARS-CoV-2 infecta indivíduos de todas as faixas etárias em geral, os idosos são mais suscetíveis a apresentar condições graves de COVID-19. Compreende-se também que a reposta imunológica do hospedeiro define se o indivíduo terá um quadro leve ou uma hospitalização pela COVID-19. Nesse contexto, este estudo teve como objetivo realizar um inquérito sorológico de COVID-19 em pacientes ambulatoriais e hospitalizados por meio da mensuração de anticorpos da classe IgG. As amostras sorológicas foram investigadas retrospectivamente em 1.085 pacientes ambulatoriais e 1015 pacientes hospitalizados atendidos no Hospital São Paulo de novembro de 2020 a julho de 2021. 25 pacientes hospitalizados puderam ser avaliados prospectivamente quanto a dinâmica da resposta humoral. Foram utilizados testes qualitativos e quantitativos de quimioluminescência (CLIA), com o Access SARS- Teste de anticorpo IgG CoV-2 (Beckman Coulter, Brea, EUA) (detecção de IgG de domínio de ligação ao receptor anti-Spike S1); seguindo as instruções do fabricante. No geral, os anticorpos IgG foram detectados em 16,2% (176/1085) dos pacientes ambulatoriais. A detecção de IgG foi maior em pacientes com doença renal crônica (37,5%), seguida por indivíduos com moléstias infecciosas (26,8%). No estudo transversal de pacientes hospitalizados, anticorpos anti-SARS-CoV-2 IgG foram detectados em 31,8% (323/1015) dos soros. No estudo prospectivo de pacientes hospitalizados, quem havia tomado duas doses da vacina CoronaVac, apresentou níveis de anticorpos mais elevados que pacientes não vacinados, porém ainda sim, observou-se uma alta taxa de óbitos dentre esses pacientes 58,8% (10/17). Notou-se que a maior frequência de detecção em pacientes ambulatoriais ocorreu em adultos não vacinados de 30 a 69 anos, que era a população mais exposta no início da pandemia, de acordo com estudos nacionais e internacionais. O título de anticorpos no estudo transversal de pacientes hospitalizados independente da produção em resposta a doença ou vacinação prévia não conferiu uma proteção quando o fator idade foi mais relevante para um pior desfecho. No estudo prospectivo de pacientes hospitalizados, a vacinação parece ter sido um fator que influenciou no aparecimento de maiores títulos de anticorpos, porém, duas doses de vacina e produção de anticorpos durante a internação não foram suficientes para proteger contra o pior desfecho, principalmente nos pacientes com faixa etária mais elevadas.
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As amostras sorológicas foram investigadas retrospectivamente em 1.085 pacientes ambulatoriais e 1015 pacientes hospitalizados atendidos no Hospital São Paulo de novembro de 2020 a julho de 2021. 25 pacientes hospitalizados puderam ser avaliados prospectivamente quanto a dinâmica da resposta humoral. Foram utilizados testes qualitativos e quantitativos de quimioluminescência (CLIA), com o Access SARS- Teste de anticorpo IgG CoV-2 (Beckman Coulter, Brea, EUA) (detecção de IgG de domínio de ligação ao receptor anti-Spike S1); seguindo as instruções do fabricante. No geral, os anticorpos IgG foram detectados em 16,2% (176/1085) dos pacientes ambulatoriais. A detecção de IgG foi maior em pacientes com doença renal crônica (37,5%), seguida por indivíduos com moléstias infecciosas (26,8%). No estudo transversal de pacientes hospitalizados, anticorpos anti-SARS-CoV-2 IgG foram detectados em 31,8% (323/1015) dos soros. No estudo prospectivo de pacientes hospitalizados, quem havia tomado duas doses da vacina CoronaVac, apresentou níveis de anticorpos mais elevados que pacientes não vacinados, porém ainda sim, observou-se uma alta taxa de óbitos dentre esses pacientes 58,8% (10/17). Notou-se que a maior frequência de detecção em pacientes ambulatoriais ocorreu em adultos não vacinados de 30 a 69 anos, que era a população mais exposta no início da pandemia, de acordo com estudos nacionais e internacionais. O título de anticorpos no estudo transversal de pacientes hospitalizados independente da produção em resposta a doença ou vacinação prévia não conferiu uma proteção quando o fator idade foi mais relevante para um pior desfecho. No estudo prospectivo de pacientes hospitalizados, a vacinação parece ter sido um fator que influenciou no aparecimento de maiores títulos de anticorpos, porém, duas doses de vacina e produção de anticorpos durante a internação não foram suficientes para proteger contra o pior desfecho, principalmente nos pacientes com faixa etária mais elevadas.SARS-CoV-2 infects individuals of all age groups and in general, the elderly are more susceptible to having severe conditions from COVID-19. It is also understood that the host's immune response defines whether the individual will have a mild condition or hospitalization for COVID-19. In this context, this study aimed to carry out a serological survey of COVID-19 in outpatients and hospitalized patients by measuring antibodies of the IgG class. Serological samples were retrospectively investigated in 1085 outpatients and 1015 inpatients seen at Hospital São Paulo from November 2020 to July 2021. 25 hospitalized patients could be prospectively evaluated for humoral response dynamics. Qualitative and quantitative chemiluminescence (CLIA) tests were used, with the Access SARS- CoV-2 IgG Antibody Test (Beckman Coulter, Brea, USA) (detection of IgG anti-Spike S1 receptor binding domain); following the manufacturer's instructions. Overall, IgG antibodies were detected in 16.2% (176/1085) of outpatients. IgG detection was higher in patients with chronic kidney disease (37.5%), followed by individuals with infectious diseases (26.8%). In the cross-sectional study of hospitalized patients, anti-SARS-CoV-2 IgG antibodies were detected in 31.8% (323/1015) of the sera. In the prospective study of hospitalized patients, those who had taken two doses of the CoronaVac vaccine had higher antibody levels than unvaccinated patients, but still, a high death rate was observed among these patients 58.8% (10/17 ). It was noted that the highest frequency of detection in outpatients occurred in unvaccinated adults aged 30 to 69 years, which was the most exposed population at the beginning of the pandemic, according to national and international studies. The antibody titer in the cross-sectional study of hospitalized patients regardless of production in response to disease or previous vaccination did not provide protection when the age factor was more relevant for a worse outcome. In the prospective study of hospitalized patients, vaccination seems to have been a factor that influenced the appearance of higher antibody titers, however, two doses of vaccine and production of antibodies during hospitalization were not enough to protect against the worst outcome, especially in patients with higher age groups.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)01Universidade Federal de São PauloBellei, Nancy Cristina Junqueira [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/1571196803842272http://lattes.cnpq.br/5903771241006054Moreira, Luiz Vinícius Leão [UNIFESP]2022-06-08T14:36:12Z2022-06-08T14:36:12Z2022-04-14info:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion94 f.application/pdfhttps://hdl.handle.net/11600/63946porSão Pauloinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-07-26T22:34:59Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/63946Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-07-26T22:34:59Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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