Síntese e caracterização de Nanopartículas de Pectina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Daniele Aparecida [UNIFESP]
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/66575
Resumo: A nanotecnologia, especialmente no ramo de nanomateriais, tem recebido crescente atenção de estudos visando a síntese de nanopartículas que devido suas dimensões e arranjos atômicos/moleculares carregam propriedades e aplicações exclusivas que vão desde a eletrônica até a medicina. Particularmente as nanopartículas poliméricas têm destaque pelas suas peculiaridades estruturais, que permite arranjos propícios para adsorção e encapsulamento de moléculas orgânicas. Essas nanopartículas têm também a vantagem de poderem ser preparadas com biopolímeros, materiais interessantes geralmente devido sua abundância, baixo custo e biocompatibilidade. A pectina é um exemplo de biopolímero muito divulgado na literatura científica. É um polissacarídeo já de amplo uso na indústria alimentícia que resiste a enzimas presentes no estômago e intestino delgado. Alguns trabalhos recentes divulgaram o uso de pectina no preparo de nanopartículas. Este presente trabalho visou a obtenção de nanopartículas de pectina para um possível uso como carreador de fármaco usado no tratamento de diabetes mellitus 2. As dimensões das partículas são fator de extrema importância para que cumpra a ação no tecido alvo, e obtenção de nanopartículas de pectina através da nanoemulsão foi alvo desse estudo. Foram realizados quatro métodos de síntese variando concentração de pectina de 1,5%e 3,0% em massa, tipo de homogeneizador e controle de temperatura. Os resultados em análise do diâmetro hidrodinâmico pelo espalhamento dinâmico de luz (DLS) e a análise dos resultados obtidos no MEV mostraram que todos os métodos permitiram a formação de nanopartículas esféricas, importante para o carreamento de fármacos, e as dimensões alcançadas foram na faixa de nanômetros e micrômetros. Sendo que métodos com 1,5%m/m uso de homogeneizador Ultraturrax® e com controle de temperatura a fim de evitar aquecimento durante a agitação resultou em diâmetros médios de partículas na faixa micrométrica, distribuições de tamanho estreitas. Enquanto métodos com concentração 3,0%m/m atingiram diâmetros médios de partículas na escala nanométrica, mas, em uma faixa mais ampla de distribuição de tamanhos. As análises de MEV foram compatíveis com resultados encontrados em DLS. Dessa forma a síntese de nanopartículas de pectina através de nanoemulsão é possível e deve-se manter investigação futura sobre sua toxicidade e capacidade de carreamento do fármaco.
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