A Guerra Fria no cinema, o cinema na Guerra Fria: uma análise do filme Red Dawn (1984) no contexto político neoconservador do governo Reagan

• Autor(a) principal: Ribeiro, Luan Borges [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/11600/65238
• topic: Cinema; Guerra Fria; Red Dawn; Neoconservadorismo; Ronald Reagan

O tema principal do presente trabalho está relacionado às discussões acerca da Guerra Fria no contexto de renovação da direita estadunidense, sobretudo após a ascensão de Ronald Reagan à presidência dos Estados Unidos, e a sua relação com o cinema enquanto fonte documental para a pesquisa histórica. Deste modo, essa monografia tem como principal objetivo analisar a obra cinematográfica Red Dawn, de 1984, dirigida por John Milius, na intenção de identificar, interpretar e discutir o modo como a mentalidade da época, extremamente influenciada pelos ideais neoconservadores, aparece no decorrer do longa-metragem. Portanto, o trabalho foi dividido em três capítulos: O primeiro aborda, brevemente, o desenvolvimento do cinema, discutindo a sua relação com a história enquanto fonte documental, além de uma pequena apresentação do filme utilizado como base para a pesquisa. O segundo traz uma exposição acerca da Guerra Fria e da indústria cinematográfica durante esse período, além da análise da fonte propriamente dita, que foi dividida em duas partes, sendo a primeira uma análise do enredo e a segunda uma discussão dos aspectos técnicos do filme, com foco para a sequência final. E, por fim, o terceiro e último capítulo refere-se ao governo de Ronald Reagan e como as suas características neoconservadoras aparecem no decorrer do filme. Nesse sentido, a partir da análise realizada, foi possível inferir que a obra de Milius incorporou muitas particularidades do discurso reaganista, difundindo os princípios do neoconservadorismo não apenas em território estadunidense, mas também em todos os países que sofriam intervenção direta da hegemonia cultural dos Estados Unidos.