Métodos de comunicação suplementar e alternativa: o conhecimento dos professores da educação básica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso, Flávia Santos [UNIFESP]
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/65877
Resumo: A comunicação expressiva é fundamental para o estabelecimento das relações entre indivíduos, porém existem indivíduos com déficits de comunicação oral, como pessoas com deficiência auditiva/surdez ou encefalopatia crônica infantil não progressiva, ou de comunicação escrita, como pessoas com cegueira ou baixa visão. Por isso existem métodos de comunicação que ajudam estes indivíduos a terem suas necessidades e vontades atendidas, via seleção de letras ou figuras que sinalizam, construção de frases, gestos ou simbologia tátil. A comunicação alternativa aumentativa ou comunicação suplementar alternativa (CSA) é um grupo de métodos utilizados com objetivo de promover o desenvolvimento da comunicação e da interação social (MASSARO; DELIBERATO, 2013) em indivíduos que apresentam distúrbios graves de comunicação expressiva (Augmentative and Alternative Communication, 2013). A Convenção sobre os direitos da pessoa com deficiência da ONU e a Constituição Federal brasileira asseguram o direito de igualdade e oportunidades para todos, mas o que vemos na realidade, são escolas regulares pouco acessíveis e com recursos insuficientes para que a criança usuária de algum tipo de CSA tenha pleno aprendizado e oportunidades. Assim cada vez mais os professores devem se munir de informações. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi caracterizar o conhecimento dos professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental I (1º. Ao 5º ano) referente aos métodos de comunicação suplementar alternativa e o seu uso na escola. MÉTODO: Foram apresentadas 14 questões fechadas via Google Forms. Foram 21 respondentes à pesquisa, todos do gênero feminino, entre 28 e 59 anos, nove apenas lecionam em educação básica, 10 em fundamental 1 e 2 em ambas as categorias. RESULTADOS: Foi observado que os métodos de comunicação alternativa e aumentativa mais utilizados pelos alunos das participantes, foram a prancha de comunicação com símbolos ou figuras(72,7%) e a escrita ampliada (54,5%). Os métodos mais conhecidos, entre os que sabiam ou não utilizar, foram: Libras (86,9%) e Braile (82,6%). A Prancha de comunicação alfabética foi referida por 34,8% como conhecida, porém não sabiam utilizar, e a Prancha de comunicação com símbolos ou figuras obteve a maior frequência entre os que conheciam e sabiam utilizar (34,8%). Na análise das respostas às questões referentes aos métodos de CSA, a maior frequência de acertos foi de 91,3% para as questões: “Pessoas surdocegas utilizam apenas o braile para se comunicar” e “O uso das pranchas de comunicação por símbolos ou figuras imitam o usuário e ele não desenvolverá a fala”. Para os erros a maior frequência foi de 43,5% na questão: “A seleção direta nas pranchas de comunicação é utilizada para pessoas com deficiências motoras”. Conclusão: Foi observado que os professores de Educação Básica e Ensino Fundamental conhecem parcialmente os métodos de comunicação suplementar alternativa, fazendo-se necessário maior divulgação dos métodos e mais facilidade ao acesso dos mesmos, a fim de criar interlocutores capazes em ambiente escolar.
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A comunicação alternativa aumentativa ou comunicação suplementar alternativa (CSA) é um grupo de métodos utilizados com objetivo de promover o desenvolvimento da comunicação e da interação social (MASSARO; DELIBERATO, 2013) em indivíduos que apresentam distúrbios graves de comunicação expressiva (Augmentative and Alternative Communication, 2013). A Convenção sobre os direitos da pessoa com deficiência da ONU e a Constituição Federal brasileira asseguram o direito de igualdade e oportunidades para todos, mas o que vemos na realidade, são escolas regulares pouco acessíveis e com recursos insuficientes para que a criança usuária de algum tipo de CSA tenha pleno aprendizado e oportunidades. Assim cada vez mais os professores devem se munir de informações. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi caracterizar o conhecimento dos professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental I (1º. Ao 5º ano) referente aos métodos de comunicação suplementar alternativa e o seu uso na escola. MÉTODO: Foram apresentadas 14 questões fechadas via Google Forms. Foram 21 respondentes à pesquisa, todos do gênero feminino, entre 28 e 59 anos, nove apenas lecionam em educação básica, 10 em fundamental 1 e 2 em ambas as categorias. RESULTADOS: Foi observado que os métodos de comunicação alternativa e aumentativa mais utilizados pelos alunos das participantes, foram a prancha de comunicação com símbolos ou figuras(72,7%) e a escrita ampliada (54,5%). Os métodos mais conhecidos, entre os que sabiam ou não utilizar, foram: Libras (86,9%) e Braile (82,6%). A Prancha de comunicação alfabética foi referida por 34,8% como conhecida, porém não sabiam utilizar, e a Prancha de comunicação com símbolos ou figuras obteve a maior frequência entre os que conheciam e sabiam utilizar (34,8%). Na análise das respostas às questões referentes aos métodos de CSA, a maior frequência de acertos foi de 91,3% para as questões: “Pessoas surdocegas utilizam apenas o braile para se comunicar” e “O uso das pranchas de comunicação por símbolos ou figuras imitam o usuário e ele não desenvolverá a fala”. Para os erros a maior frequência foi de 43,5% na questão: “A seleção direta nas pranchas de comunicação é utilizada para pessoas com deficiências motoras”. Conclusão: Foi observado que os professores de Educação Básica e Ensino Fundamental conhecem parcialmente os métodos de comunicação suplementar alternativa, fazendo-se necessário maior divulgação dos métodos e mais facilidade ao acesso dos mesmos, a fim de criar interlocutores capazes em ambiente escolar.Expressive communication is fundamental for establishing relationships between individuals, yet there are individuals with oral communication deficits, such as people with hearing impairment/deafness or chronic non-progressive infantile encephalopathy, or written communication, such as people with blindness or low vision. Therefore, there are communication methods that help these individuals to have their needs and wills met, through the selection of letters or figures that signal, construction of sentences, gestures or tactile symbology. Alternative and augmentative communication (AAC) is a group of methods used to promote the development of communication and social interaction (MASSARO; DELIBERATO, 2013) in individuals with severe expressive communication disorders (Augmentative and Alternative Communication, 2013). The UN Convention on the Rights of Persons with Disabilities and the Brazilian Federal Constitution ensure the right of equal opportunity for all, however what we see in reality are regular schools that are inaccessible and with insufficient resources for the child who is a user of some type of AAC to have full learning and opportunities. So more and more teachers must have acess to information. OBJECTIVE: The objective of this research was to characterize the knowledge of teachers of Early Childhood Education and Elementary School I (1st. Year 5) referring to alternative and augmentative communication methods and their use in school. METHODS: 14 multi-choice questions were submitted via Google Forms. There were 21 respondents to the survey, all female, between 28 and 59 years old, nine only teach in basic education, 10 in elementary 1 and 2 in both categories. RESULTS: It was observed that the alternative and augmentative communication methods most used by the participants students were the communication board with symbols or figures (72.7%) and the expanded writing (54.5%). The most well-known methods, among those who knew or did not use, were: Libras (86.9%) and Braille (82.6%). The Alphabetic Communication Board was reported by 34.8% as known, but did not know how to use it, and the Communication Board with symbols or figures obtained the highest frequency among those who knew and knew how to use (34.8%). In the analysis of the answers to the questions related to AAC methods, the highest frequency of correct answers was 91.3% for the questions: "Deaf people use braille only to communicate" and "The use of communication boards by symbols or figures mimic the user and he will not develop speech". For errors, the highest frequency was 43.5% in the question: "Direct selection on communication boards is used for people with motor disabilities”. CONCLUSION: It was observed that teachers of basic education and elementary school partially know the methods of alternative supplementary communication, making it necessary to disseminate the methods and easier access to them, in order to create capable interlocutors in the school environment.Universidade Federal de São PauloSacaloski, Marisa [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/3501056496991426http://lattes.cnpq.br/3603494394690466Cardoso, Flávia Santos [UNIFESP]2022-11-16T15:34:15Z2022-11-16T15:34:15Z2022info:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion45 f.application/pdfhttps://repositorio.unifesp.br/handle/11600/65877porSão Pauloinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-08-12T01:46:49Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/65877Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-08-12T01:46:49Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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