Radiação solar ultravioleta e a fotoprodução de vitamina D in vitro em cidades do Nordeste e Sudeste do Brasil
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9969148 https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/64763 |
Resumo: | A fim de comparar a produção de Vitamina D em diferentes latitudes do Brasil, realizou-se este experimento in vitro, expondo à luz solar ampolas de vidro contendo precursor de vitamina D (7-dehidrocolesterol). Este modelo simula a produção cutânea humana de vitamina D. Esta pesquisa foi executada concomitantemente em Fortaleza (latitude 3.7°S, 38.5°W, 27 m - LAT 3°S) e em São Paulo (23.5°S, 46.6°W, 760 m - LAT 23°S), expondo as ampolas ao sol a cada 1 hora, entre 07h e 17h, 1 dia por mês, ao longo de um ano. As ampolas expostas e posteriormente guardadas protegidas do sol tiveram seu conteúdo analisado por cromatografia de alta performance (HPLC) no Laboratório de pesquisa em vitamina D, pele e ossos na Escola Médica da Universidade de Boston. Foi calculada a porcentagem de conversão do precursor em vitamina D e em derivados inativos. A análise dos resultados obtidos demonstrou maior variação sazonal da produção de vitamina D na LAT 23°S, enquanto na LAT 3°S a produção foi 19,7% maior e mais estável ao longo de um ano. A produção correspondente ao início de conversão de Vitamina D na pele humana pode ser identificada a partir das 08 h na LAT 3°S durante todo o ano. Entretanto, durante os meses de inverno na LAT 23°S, a produção de Vitamina D foi bem menor e iniciou-se apenas após as 10 hs. A presença de nebulosidade prejudicou sensivelmente a formação da Vitamina D em ambas latitudes, mesmo nos meses de verão. Durante os meses quentes de novembro, dezembro e janeiro 2012/13, houve uma redução na eficiência da produção de vitamina D, principalmente na LAT 23°S, em concordância com relatos meteorológicos de alta nebulosidade no período. O experimento foi repetido em 2014/15, quando houve menos nebulosidade, demonstrando níveis significativamente maiores de vitamina D na LAT 23°S. Concluindo, a latitude, estação do ano, hora do dia, incidência da radiação ultravioleta B e nebulosidade influenciaram fortemente a fotoconversão de Vitamina D in vitro, produzindo diferenças regionais importantes. Em um país continental como o Brasil, isto deve se refletir nas concentrações plasmáticas da população, sugerindo que recomendações de exposição solar devem ser particularizadas de acordo as condições geográficas. |
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Leal, Angela Cristina Gomes Borges [UNIFESP]Universidade Federal de São PauloCastro, Marise Lazaretti [UNIFESP]2022-07-22T13:50:47Z2022-07-22T13:50:47Z2020-12-18https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9969148https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/64763ANGELA CRISTINA GOMES BORGES LEAL.pdfA fim de comparar a produção de Vitamina D em diferentes latitudes do Brasil, realizou-se este experimento in vitro, expondo à luz solar ampolas de vidro contendo precursor de vitamina D (7-dehidrocolesterol). Este modelo simula a produção cutânea humana de vitamina D. Esta pesquisa foi executada concomitantemente em Fortaleza (latitude 3.7°S, 38.5°W, 27 m - LAT 3°S) e em São Paulo (23.5°S, 46.6°W, 760 m - LAT 23°S), expondo as ampolas ao sol a cada 1 hora, entre 07h e 17h, 1 dia por mês, ao longo de um ano. As ampolas expostas e posteriormente guardadas protegidas do sol tiveram seu conteúdo analisado por cromatografia de alta performance (HPLC) no Laboratório de pesquisa em vitamina D, pele e ossos na Escola Médica da Universidade de Boston. Foi calculada a porcentagem de conversão do precursor em vitamina D e em derivados inativos. A análise dos resultados obtidos demonstrou maior variação sazonal da produção de vitamina D na LAT 23°S, enquanto na LAT 3°S a produção foi 19,7% maior e mais estável ao longo de um ano. A produção correspondente ao início de conversão de Vitamina D na pele humana pode ser identificada a partir das 08 h na LAT 3°S durante todo o ano. Entretanto, durante os meses de inverno na LAT 23°S, a produção de Vitamina D foi bem menor e iniciou-se apenas após as 10 hs. A presença de nebulosidade prejudicou sensivelmente a formação da Vitamina D em ambas latitudes, mesmo nos meses de verão. Durante os meses quentes de novembro, dezembro e janeiro 2012/13, houve uma redução na eficiência da produção de vitamina D, principalmente na LAT 23°S, em concordância com relatos meteorológicos de alta nebulosidade no período. O experimento foi repetido em 2014/15, quando houve menos nebulosidade, demonstrando níveis significativamente maiores de vitamina D na LAT 23°S. Concluindo, a latitude, estação do ano, hora do dia, incidência da radiação ultravioleta B e nebulosidade influenciaram fortemente a fotoconversão de Vitamina D in vitro, produzindo diferenças regionais importantes. Em um país continental como o Brasil, isto deve se refletir nas concentrações plasmáticas da população, sugerindo que recomendações de exposição solar devem ser particularizadas de acordo as condições geográficas.In order to compare the production of Vitamin D in different latitudes in Brazil, this in vitro experiment was carried out exposing glass ampoules containing vitamin D precursor (7-dehydrocholesterol) to sunlight. This model simulates human cutaneous production of vitamin D. This research was conducted concurrently in Fortaleza (latitude 3.7°S, 38.5°W, 27 m - LAT 3°S) and in São Paulo (23.5°S, 46.6°W, 760 m - LAT 23°S), exposing the ampoules to sunlight hourly from 7 a.m. to 5 p.m., one day per month, over a year. Following exposure, the vials had their content analyzed via High Performance Liquid Chromatography (HPLC) at the Vitamin D, Skin and Bone Research Laboratory at Boston University School of Medicine, which calculated the percentage conversion of 7-DHC to vitamin D3 and inactive derivatives. The analysis of the results obtained showed a greater seasonal variation in vitamin D production in LAT 23°S, while in LAT3°S the production was 19.7% higher and more stable over a year. The production corresponding to the beginning of conversion of Vitamin D in human skin could be detectable from 8 am on LAT 3°S throughout the year. However, during the winter months at LAT 23 ° S, the production of Vitamin D was much lower and started only after 10 am. The presence of cloudiness significantly impaired the formation of Vitamin D in both latitudes, even in summer months. During the warmer months of November, December and January 2012/13, there was a reduction in the efficiency of vitamin D production, mainly in LAT 23°S, in accordance with high cloud weather reports in the period. The experiment was repeated in 2014/15, when there was less cloudiness, showing significantly higher levels of vitamin D in LAT 23°S. In conclusion, latitude, season, time of day, incidence of ultraviolet B radiation and cloudiness strongly influenced Vitamin D photoconversion in vitro, outlining important regional differences. In a continental country like Brazil, this should reflect in population mean plasma 25(OH)D concentrations, suggesting that sun exposure recommendations should be particularized according to geographical conditions.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2020)53 p.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Vitamina DLuz SolarFotossínteseRadiação UltravioletaLatitudeÂngulo Zênite SolarVitamin DSunlightPhotoconversionUV-BLatitudeSolar Zenith AngleRadiação solar ultravioleta e a fotoprodução de vitamina D in vitro em cidades do Nordeste e Sudeste do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM)Medicina (Endocrinologia e Metabologia)Endocrinologia E MetabologiaFisiologia, Fisiopatologia E EtiopatogeniaORIGINALANGELA CRISTINA GOMES BORGES LEAL.pdfANGELA CRISTINA GOMES BORGES LEAL.pdfapplication/pdf1293143${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64763/1/ANGELA%20CRISTINA%20GOMES%20BORGES%20LEAL.pdf8355e598ce00ddc0ae79f1b7b9cc17ceMD51open accessTEXTANGELA CRISTINA GOMES BORGES LEAL.pdf.txtANGELA CRISTINA GOMES BORGES LEAL.pdf.txtExtracted texttext/plain136572${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64763/2/ANGELA%20CRISTINA%20GOMES%20BORGES%20LEAL.pdf.txt94d5c714ba353a3ec354565d300d9739MD52open accessTHUMBNAILANGELA CRISTINA GOMES BORGES LEAL.pdf.jpgANGELA CRISTINA GOMES BORGES LEAL.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg4485${dspace.ui.url}/bitstream/11600/64763/4/ANGELA%20CRISTINA%20GOMES%20BORGES%20LEAL.pdf.jpgf82c6ecbb2ad78a59d084cc5ed5e7668MD54open access11600/647632023-05-12 06:05:26.817open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/64763Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-12T09:05:26Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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A fim de comparar a produção de Vitamina D em diferentes latitudes do Brasil, realizou-se este experimento in vitro, expondo à luz solar ampolas de vidro contendo precursor de vitamina D (7-dehidrocolesterol). Este modelo simula a produção cutânea humana de vitamina D. Esta pesquisa foi executada concomitantemente em Fortaleza (latitude 3.7°S, 38.5°W, 27 m - LAT 3°S) e em São Paulo (23.5°S, 46.6°W, 760 m - LAT 23°S), expondo as ampolas ao sol a cada 1 hora, entre 07h e 17h, 1 dia por mês, ao longo de um ano. As ampolas expostas e posteriormente guardadas protegidas do sol tiveram seu conteúdo analisado por cromatografia de alta performance (HPLC) no Laboratório de pesquisa em vitamina D, pele e ossos na Escola Médica da Universidade de Boston. Foi calculada a porcentagem de conversão do precursor em vitamina D e em derivados inativos. A análise dos resultados obtidos demonstrou maior variação sazonal da produção de vitamina D na LAT 23°S, enquanto na LAT 3°S a produção foi 19,7% maior e mais estável ao longo de um ano. A produção correspondente ao início de conversão de Vitamina D na pele humana pode ser identificada a partir das 08 h na LAT 3°S durante todo o ano. Entretanto, durante os meses de inverno na LAT 23°S, a produção de Vitamina D foi bem menor e iniciou-se apenas após as 10 hs. A presença de nebulosidade prejudicou sensivelmente a formação da Vitamina D em ambas latitudes, mesmo nos meses de verão. Durante os meses quentes de novembro, dezembro e janeiro 2012/13, houve uma redução na eficiência da produção de vitamina D, principalmente na LAT 23°S, em concordância com relatos meteorológicos de alta nebulosidade no período. O experimento foi repetido em 2014/15, quando houve menos nebulosidade, demonstrando níveis significativamente maiores de vitamina D na LAT 23°S. Concluindo, a latitude, estação do ano, hora do dia, incidência da radiação ultravioleta B e nebulosidade influenciaram fortemente a fotoconversão de Vitamina D in vitro, produzindo diferenças regionais importantes. Em um país continental como o Brasil, isto deve se refletir nas concentrações plasmáticas da população, sugerindo que recomendações de exposição solar devem ser particularizadas de acordo as condições geográficas. |
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