Elderly people´s definition of quality of life

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Xavier, Flávio M F [UNIFESP]
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Ferraz, Marcos P T [UNIFESP], Marc, Norton, Escosteguy, Norma U, Moriguchi, Emílio H
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/1679
http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462003000100007
Resumo: OBJETIVOS: A velhice para alguns é uma etapa de desenvolvimento e satisfação, enquanto para outros é uma fase negativa da vida. Os determinantes da boa qualidade de vida na velhice variam de sujeito para sujeito. O objetivo do presente estudo foi identificar: 1) a prevalência de octagenários que avaliavam sua vida atual na velhice como preponderantemente de uma qualidade positiva e 2) quais aspectos eles identificavam como os determinantes desta qualidade positiva. Igual estudo em paralelo foi feito com sujeitos que avaliavam a velhice como uma experiência preponderantemente negativa. MÉTODOS: Uma amostra randômica e representativa de 35% dos idosos com mais de 80 anos residentes na comunidade foi selecionada entre os residentes em Veranópolis, Rio Grande do Sul. Um questionário semi- estruturado de qualidade de vida foi aplicado, bem como a escala de sintomas depressivos Geriatric Depression Scale (GDS) e o Índice de Saúde Geral Cumulative Illness Rating Scale (CIRS). RESULTADO: Um pouco mais da metade dos idosos estudados (57%) definia sua qualidade de vida atual com avaliações positivas, sendo que 18% tinham uma avaliação negativa da vida atual. Um grupo de 25% definia sua vida atual de forma neutra ou de dois valores (aspectos positivos e aspectos negativos). Comparados com os satisfeitos, os insatisfeitos tinham mais problemas de saúde pela CIRS e mais sintomas depressivos quando avaliados pela GDS. Os satisfeitos tinham diferentes motivos para justificar este estado, porém os insatisfeitos tinham principalmente a falta de saúde física como motivo do sofrimento. A maior fonte de bem estar no dia-a-dia citada era o envolvimento com atividades rurais ou domésticas. Entre os entrevistados, a perda da saúde física era a principal fonte de mal estar, sendo que havia variabilidade interpessoal quanto ao que cada sujeito considerava como perda de saúde. CONCLUSÃO: É possível que para idosos, qualidade negativa de vida seja equivalente a perda de saúde e qualidade de vida positiva seja equivalente a uma pluralidade maior de categorias como atividade, renda, vida social e relação com a família, categorias diferentes de sujeito para sujeito. O aspecto saúde parece assim um bom indicador de qualidade de vida negativa, porém um indicador insuficiente de velhice bem sucedida.
id UFSP_b48f7d534fbd879992bba41461a471ab
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br:11600/1679
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str 3465
spelling Xavier, Flávio M F [UNIFESP]Ferraz, Marcos P T [UNIFESP]Marc, NortonEscosteguy, Norma UMoriguchi, Emílio HCatholic University of the state of Rio Grande do Sul Institute of Geriatrics and Gerontology Geriatric neuropsychiatric ambulatoryWHO PAHO Associated Chronic Degenerating DiseasesUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)PUCRS Medical School Department of Psychiatry2015-06-14T13:29:58Z2015-06-14T13:29:58Z2003-03-01Revista Brasileira de Psiquiatria. Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP, v. 25, n. 1, p. 31-39, 2003.1516-4446http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/1679http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462003000100007S1516-44462003000100007.pdfS1516-4446200300010000710.1590/S1516-44462003000100007OBJETIVOS: A velhice para alguns é uma etapa de desenvolvimento e satisfação, enquanto para outros é uma fase negativa da vida. Os determinantes da boa qualidade de vida na velhice variam de sujeito para sujeito. O objetivo do presente estudo foi identificar: 1) a prevalência de octagenários que avaliavam sua vida atual na velhice como preponderantemente de uma qualidade positiva e 2) quais aspectos eles identificavam como os determinantes desta qualidade positiva. Igual estudo em paralelo foi feito com sujeitos que avaliavam a velhice como uma experiência preponderantemente negativa. MÉTODOS: Uma amostra randômica e representativa de 35% dos idosos com mais de 80 anos residentes na comunidade foi selecionada entre os residentes em Veranópolis, Rio Grande do Sul. Um questionário semi- estruturado de qualidade de vida foi aplicado, bem como a escala de sintomas depressivos Geriatric Depression Scale (GDS) e o Índice de Saúde Geral Cumulative Illness Rating Scale (CIRS). RESULTADO: Um pouco mais da metade dos idosos estudados (57%) definia sua qualidade de vida atual com avaliações positivas, sendo que 18% tinham uma avaliação negativa da vida atual. Um grupo de 25% definia sua vida atual de forma neutra ou de dois valores (aspectos positivos e aspectos negativos). Comparados com os satisfeitos, os insatisfeitos tinham mais problemas de saúde pela CIRS e mais sintomas depressivos quando avaliados pela GDS. Os satisfeitos tinham diferentes motivos para justificar este estado, porém os insatisfeitos tinham principalmente a falta de saúde física como motivo do sofrimento. A maior fonte de bem estar no dia-a-dia citada era o envolvimento com atividades rurais ou domésticas. Entre os entrevistados, a perda da saúde física era a principal fonte de mal estar, sendo que havia variabilidade interpessoal quanto ao que cada sujeito considerava como perda de saúde. CONCLUSÃO: É possível que para idosos, qualidade negativa de vida seja equivalente a perda de saúde e qualidade de vida positiva seja equivalente a uma pluralidade maior de categorias como atividade, renda, vida social e relação com a família, categorias diferentes de sujeito para sujeito. O aspecto saúde parece assim um bom indicador de qualidade de vida negativa, porém um indicador insuficiente de velhice bem sucedida.OBJECTIVES: Senescence for some elderly people is a phase of with development and satisfaction, whereas for others is a negative stage of life. The determinants of a good quality of life in old age vary from person to person. The aims of this study were to identify: 1) the prevalence of octogenarian people who evaluate their current life as being mainly characterized by a positive quality and 2) which were the domains that they identified as being the determinants of this positive quality. A same parallel study was conducted with subjects who evaluated senescence as a preponderantly negative experience. METHODS: A random and representative sample of 35% of the octogenarian people, living residing in the community, was selected among the dwellers of the city of Veranópolis, state of Rio Grande do Sul. A semi-structured questionnaire on quality of life quality was applied as well as the scale of depressive symptoms Geriatric Depression Scale (GDS) and the index of general health Cumulative Illness Rating Scale (CIRS). RESULTS: Slightly more than half of the studied sample (57%) defined their current quality of life with positive evaluations, whereas 18% presented a negative evaluation of it. A group 0f 25% defined their current lives as neutral or having both values (positive and negative). Those who were dissatisfied presented more health problems according to the CIRS and more depressive symptoms when evaluated by the GDS. Satisfied subjects ones had different reasons to justify this state, however, the dissatisfied had mainly the lack of health as a reason for their suffering. The main source of reported daily well-being was the involvement with rural or domestic activities. Among the interviewed, lack of health was the main source for not presenting well-being, although there was interpersonal variability regarding what each subject considered as loss of health. CONCLUSION: Possibly, for the elderly subjects a negative quality of life is equivalent to loss of health and a positive life quality is equivalent to a greater range of categories such as activity, income, social life and relationship with the family, categories which differed from subject to subject. Therefore, health seems to be a good indicator of negative quality of life, though an insufficient indicator of successful elderliness.Catholic University of the state of Rio Grande do Sul Institute of Geriatrics and Gerontology Geriatric neuropsychiatric ambulatoryWHO PAHO Associated Chronic Degenerating DiseasesFederal University of São Paulo Paulista Medical School Department of PsychiatryPUCRS Medical School Department of PsychiatryUNIFESP, EPM, Department of PsychiatrySciELO31-39engAssociação Brasileira de Psiquiatria - ABPRevista Brasileira de PsiquiatriaQualidade de vidaIdososDepressãoQuality of lifeElderlyDepressionElderly people´s definition of quality of lifeA definição dos idosos de qualidade de vidainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS1516-44462003000100007.pdfapplication/pdf192864${dspace.ui.url}/bitstream/11600/1679/1/S1516-44462003000100007.pdf66a1418ae8ca0b498e35980af816cae7MD51open accessTEXTS1516-44462003000100007.pdf.txtS1516-44462003000100007.pdf.txtExtracted texttext/plain47901${dspace.ui.url}/bitstream/11600/1679/2/S1516-44462003000100007.pdf.txtb8d6f4aca01a48711a07cc6706ce9d88MD52open access11600/16792021-10-05 11:31:47.989open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/1679Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652021-10-05T14:31:47Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.en.fl_str_mv Elderly people´s definition of quality of life
dc.title.alternative.pt.fl_str_mv A definição dos idosos de qualidade de vida
title Elderly people´s definition of quality of life
spellingShingle Elderly people´s definition of quality of life
Xavier, Flávio M F [UNIFESP]
Qualidade de vida
Idosos
Depressão
Quality of life
Elderly
Depression
title_short Elderly people´s definition of quality of life
title_full Elderly people´s definition of quality of life
title_fullStr Elderly people´s definition of quality of life
title_full_unstemmed Elderly people´s definition of quality of life
title_sort Elderly people´s definition of quality of life
author Xavier, Flávio M F [UNIFESP]
author_facet Xavier, Flávio M F [UNIFESP]
Ferraz, Marcos P T [UNIFESP]
Marc, Norton
Escosteguy, Norma U
Moriguchi, Emílio H
author_role author
author2 Ferraz, Marcos P T [UNIFESP]
Marc, Norton
Escosteguy, Norma U
Moriguchi, Emílio H
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.institution.none.fl_str_mv Catholic University of the state of Rio Grande do Sul Institute of Geriatrics and Gerontology Geriatric neuropsychiatric ambulatory
WHO PAHO Associated Chronic Degenerating Diseases
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
PUCRS Medical School Department of Psychiatry
dc.contributor.author.fl_str_mv Xavier, Flávio M F [UNIFESP]
Ferraz, Marcos P T [UNIFESP]
Marc, Norton
Escosteguy, Norma U
Moriguchi, Emílio H
dc.subject.por.fl_str_mv Qualidade de vida
Idosos
Depressão
topic Qualidade de vida
Idosos
Depressão
Quality of life
Elderly
Depression
dc.subject.eng.fl_str_mv Quality of life
Elderly
Depression
description OBJETIVOS: A velhice para alguns é uma etapa de desenvolvimento e satisfação, enquanto para outros é uma fase negativa da vida. Os determinantes da boa qualidade de vida na velhice variam de sujeito para sujeito. O objetivo do presente estudo foi identificar: 1) a prevalência de octagenários que avaliavam sua vida atual na velhice como preponderantemente de uma qualidade positiva e 2) quais aspectos eles identificavam como os determinantes desta qualidade positiva. Igual estudo em paralelo foi feito com sujeitos que avaliavam a velhice como uma experiência preponderantemente negativa. MÉTODOS: Uma amostra randômica e representativa de 35% dos idosos com mais de 80 anos residentes na comunidade foi selecionada entre os residentes em Veranópolis, Rio Grande do Sul. Um questionário semi- estruturado de qualidade de vida foi aplicado, bem como a escala de sintomas depressivos Geriatric Depression Scale (GDS) e o Índice de Saúde Geral Cumulative Illness Rating Scale (CIRS). RESULTADO: Um pouco mais da metade dos idosos estudados (57%) definia sua qualidade de vida atual com avaliações positivas, sendo que 18% tinham uma avaliação negativa da vida atual. Um grupo de 25% definia sua vida atual de forma neutra ou de dois valores (aspectos positivos e aspectos negativos). Comparados com os satisfeitos, os insatisfeitos tinham mais problemas de saúde pela CIRS e mais sintomas depressivos quando avaliados pela GDS. Os satisfeitos tinham diferentes motivos para justificar este estado, porém os insatisfeitos tinham principalmente a falta de saúde física como motivo do sofrimento. A maior fonte de bem estar no dia-a-dia citada era o envolvimento com atividades rurais ou domésticas. Entre os entrevistados, a perda da saúde física era a principal fonte de mal estar, sendo que havia variabilidade interpessoal quanto ao que cada sujeito considerava como perda de saúde. CONCLUSÃO: É possível que para idosos, qualidade negativa de vida seja equivalente a perda de saúde e qualidade de vida positiva seja equivalente a uma pluralidade maior de categorias como atividade, renda, vida social e relação com a família, categorias diferentes de sujeito para sujeito. O aspecto saúde parece assim um bom indicador de qualidade de vida negativa, porém um indicador insuficiente de velhice bem sucedida.
publishDate 2003
dc.date.issued.fl_str_mv 2003-03-01
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-06-14T13:29:58Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-06-14T13:29:58Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv Revista Brasileira de Psiquiatria. Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP, v. 25, n. 1, p. 31-39, 2003.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/1679
http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462003000100007
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv 1516-4446
dc.identifier.file.none.fl_str_mv S1516-44462003000100007.pdf
dc.identifier.scielo.none.fl_str_mv S1516-44462003000100007
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv 10.1590/S1516-44462003000100007
identifier_str_mv Revista Brasileira de Psiquiatria. Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP, v. 25, n. 1, p. 31-39, 2003.
1516-4446
S1516-44462003000100007.pdf
S1516-44462003000100007
10.1590/S1516-44462003000100007
url http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/1679
http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462003000100007
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.relation.ispartof.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Psiquiatria
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 31-39
dc.publisher.none.fl_str_mv Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP
publisher.none.fl_str_mv Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
bitstream.url.fl_str_mv ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/1679/1/S1516-44462003000100007.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/1679/2/S1516-44462003000100007.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 66a1418ae8ca0b498e35980af816cae7
b8d6f4aca01a48711a07cc6706ce9d88
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1802764157380984832