Estado de inquietação das pernas: fator confundidor da síndrome das pernas inquietas/Doença de Willis-Ekbom

• Autor(a) principal: Carlos, Karla [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7772890; https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/59284
• topic: Inquietação; Movimento; Síndrome das Pernas Inquietas (SPI); Doença de Willis-Ekbom (DWE); Cognição; Restlessness; Movement; Restless Leg Syndrome (RLS); Willis-Ekbom Disease (DWE); Cognition

Contexto. A Síndrome das Pernas Inquietas/Doença de Willis-Ekbom (SPI/DWE) é frequentemente confundida com o hábito de movimentar as pernas. Esse padrão comportamental também é caracterizado pelo desejo de movimentar as pernas e ocorre durante o repouso. Objetivos. Verificar a prevalência do autodiagnóstico de SPI em médicos recém-formados e comparar com a entrevista clínica. Verificar se o 5°critério de diagnóstico do IRLSSG (International Restless Legs Syndrome Study Group) é necessário para o diagnóstico da SPI/DWE quando utilizamos apenas a denominação “Doença de Willis-Ekbom (DWE)”. Descrever os principais movimentos associados a um estado comportamental benigno, com a finalidade de caracterizar uma eventual condição clínica que contribua para o diagnóstico diferencial da SPI/DWE. Descrever o padrão de movimentos de pernas realizados por médicos recém-formados. Verificar qual denominação os médicos recém-formados atribuem para o hábito que possuem de movimentar as pernas. Avaliar a relação do hábito de movimentar as pernas com o desempenho nas provas do processo seletivo da Residência Médica da Escola Paulista de Medicina. Método. Estudamos uma grande população de médicos recém-formados, de ambos os sexos, sem restrição de idade ou etnia. Os dados foram coletados enquanto os participantes aguardavam, em salas apropriadas, o início da realização das provas para ingresso na Residência Médica da Escola Paulista de Medicina. Para responder os vários questionamentos científicos, utilizamos informações impressas e desenhos para serem interpretados segundo condições específicas pertinentes ao objetivo de cada etapa do estudo. Também utilizamos as notas das várias provas realizadas pelos médicos nesse processo seletivo, para comparar seu desempenho com os vários padrões comportamentais de movimentação das pernas. Resultados. A SPI é facilmente confundida com movimentos habituais das pernas. O 5° critério do IRLSSG não tem relevância para o autodiagnóstico da doença quando o nome utilizado é Doença de Willis-Ekbom. Ilustramos 13 movimentos de pernas comumente realizados por pessoas que não têm SPI/DWE. Uma grande proporção de médicos recém-formados atribui o nome SPI ao hábito que possuem de movimentar as pernas. Entre os indivíduos com hábito de mover as pernas quando sentados, os movimentos mais frequentes foram: bater os calcanhares no chão, chutar o ar, abanar o pé e abrir e fechar as coxas. Os candidatos que têm o hábito de realizar o movimento de chutar o ar, tiveram pior desempenho na prova informatizada. Conclusões. A SPI/DWE é facilmente confundida com o hábito de mover as pernas e o 5º critério da IRLSSG não tem importância quando o nome WED é utilizado. O estado de inquietação das pernas associado ao hábito de movê-las pode ser representando em 13 figuras de fácil compreensão e os candidatos que executaram o movimento de chutar o ar tiveram pior desempenho na prova informatizada.