Mulheres mães presas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matos, Beatriz Torres [UNIFESP]
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
dARK ID: ark:/48912/001300000s1h1
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/68628
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar as problemáticas enfrentadas por mulheres mães presas no sistema carcerário brasileiro, utilizando produções teóricas sobre o tema, para, assim, refletir sobre a função desempenhada pela Psicologia e seu compromisso ético-político em interface com a Justiça. A metodologia adotada consiste em uma pesquisa qualitativa de revisão bibliográfica de caráter exploratório. Por meio desse estudo, busca-se aprofundar as reflexões sobre a temática relevante, visando uma compreensão mais abrangente e sensível, além de fornecer forças para o desenvolvimento de práticas psicológicas pensadas e efetivas nesse contexto específico. Desta forma, se faz necessário entender a história das prisões, e a relação capitalista, racista e patriarcal na qual esta instituição está inserida. A ascensão do capitalismo desempenhou um papel significativo na consolidação do sistema prisional como uma resposta à manutenção da ordem social aos crimes, e para a proteção dos bens e direitos, preservando a estabilidade e a reprodução das relações de poder e desigualdade. Desse modo, a realidade das mulheres encarceradas deve ser vista à luz das interseccionalidades de classe, raça e gênero, sendo que sua condição apresenta elementos ainda mais danosos se comparados ao encarceramento masculino. A maternidade no cárcere, por sua vez, agudiza os processos de violação de direitos, estendendo para o bebê e a relação mãe-bebê os atravessamentos punitivistas e marginalizadores do Estado.
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