Ancestralidade e esquecimento: uma análise sociológica do filme Um dia com Jerusa (2020)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/11600/72136 |
Resumo: | Este trabalho propõe uma análise sociológica do filme brasileiro 'Um dia com Jerusa' (2020), dirigido pela roteirista Viviane Ferreira, uma ficção indicada ao AMAA - African Movie Academy Awards como melhor filme realizado em diáspora. A produção apresenta uma interpretação da imagem da mulher negra no cinema que valoriza a identidade e desconstrói estereótipos, permitindo-nos ponderar conceitos de Patricia Hill Collins e articulá-los em nossa argumentação. Através da análise das personagens e seus questionamentos sobre ancestralidade, memória e esquecimento, podemos observar como as personagens constroem suas identidades negras, evidenciando a pluralidade da experiência feminina negra. Para tal, utilizaremos a análise interna da obra (planos, movimentos de câmera, cor, etc.) com base nos conceitos desenvolvidos pelo historiador francês Pierre Sorlin, apresentados em seu livro "Sociologia Del Cine" (1985). A escolha de Sorlin se deve à sua abordagem única, que demonstra como o filme não se baseia apenas no repertório do visível, mas também no invisível, através da ideologia que é o conjunto de combinações e associações que realizamos com nossas ferramentas sociais, considerando as restrições do sistema de produção. Por meio dessa análise, compreendemos como a interseccionalidade, como ferramenta analítica, revela a formação das categorias sociais que moldam os personagens do longa-metragem, evidenciando a riqueza da identidade feminina negra. Além disso, o filme destaca a importância de discutir memória e ancestralidade, temas frequentemente negligenciados ou distorcidos pela perspectiva colonialista predominante na formação da população brasileira. |
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