Variabilidade individual da sonolência de camundongos submetidos à privação de sono aguda e crônica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Guilherme Luiz [UNIFESP]
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=8295189
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/58746
Resumo: Introdução: A regulação homeostática do sono possui marcadores moleculares, como os receptores de adenosina 5’-trifosfato P2X7 e de glutamato AMPAR, e comportamentais, como a necessidade de sono, manifestada pela sonolência. Entretanto, faltam evidências testáveis pela privação de sono aguda e crônica que relacionem a necessidade de sono com os mecanismos moleculares de homeostasia. Objetivos: Investigar o desenvolvimento da sonolência e seus fatores relacionados em animais privados de sono. Métodos: Camundongos C57BL/6J adultos (n=340) foram distribuídos em 5 grupos de privação de sono, 5 grupos de sono rebote e 10 grupos controle. Os animais passaram por privação de sono total aguda por 3, 6, 9 ou 12 h, ou crônica por 6 h durante 5 dias consecutivos. Os grupos de sono rebote tiveram oportunidade de dormir por 1, 2, 3 ou 4 h após a privação de sono aguda ou 24 h após privação de sono crônica. Tentativas de sono durante os protocolos foram contabilizadas como índice de sonolência. Após eutanásia, o sangue foi coletado para dosagem da corticosterona. Resultados: Usando a média de tentativas de sono dos grupos, foi possível diferenciar animais sonolentos (média>média do grupo) de resistentes à sonolência (média <média do grupo). Observou-se a frequência de 65%, 56%, 56% e 53% de camundongos resistentes para 3, 6, 9 e 12 h de privação de sono aguda, respectivamente, e 74% na privação de sono crônica. 52% da variância da sonolência foi explicada pela variação individual na privação de sono crônica e, na privação aguda, 68% foi atribuída à vigília estendida. A privação de sono por 6 h reduziu a concentração de corticosterona. Conclusões: Verificou-se que existem diferentes graus de sonolência em camundongos privados de sono. A privação de sono foi o principal fator que explicou a sonolência na privação aguda de sono ao passo que na privação crônica, a variação individual foi mais relevante. Estabeleceu-se um método para extração e análise de proteínas de núcleos cerebrais específicos.
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Os animais passaram por privação de sono total aguda por 3, 6, 9 ou 12 h, ou crônica por 6 h durante 5 dias consecutivos. Os grupos de sono rebote tiveram oportunidade de dormir por 1, 2, 3 ou 4 h após a privação de sono aguda ou 24 h após privação de sono crônica. Tentativas de sono durante os protocolos foram contabilizadas como índice de sonolência. Após eutanásia, o sangue foi coletado para dosagem da corticosterona. Resultados: Usando a média de tentativas de sono dos grupos, foi possível diferenciar animais sonolentos (média>média do grupo) de resistentes à sonolência (média <média do grupo). Observou-se a frequência de 65%, 56%, 56% e 53% de camundongos resistentes para 3, 6, 9 e 12 h de privação de sono aguda, respectivamente, e 74% na privação de sono crônica. 52% da variância da sonolência foi explicada pela variação individual na privação de sono crônica e, na privação aguda, 68% foi atribuída à vigília estendida. A privação de sono por 6 h reduziu a concentração de corticosterona. Conclusões: Verificou-se que existem diferentes graus de sonolência em camundongos privados de sono. A privação de sono foi o principal fator que explicou a sonolência na privação aguda de sono ao passo que na privação crônica, a variação individual foi mais relevante. Estabeleceu-se um método para extração e análise de proteínas de núcleos cerebrais específicos.Introduction: Homeostatic sleep regulation has molecular markers, such as the adenosine-5’-triphosphate P2X7 and glutamate AMPAR receptors, or behavioral, such as sleep need, shown by sleepiness. However, there is a lack of evidence linking sleep need with the molecular mechanisms of homeostasis, which could be tested by acute and chronic sleep deprivation. Objectives: To investigate the development and related factors of sleepiness in sleep deprived mice. Methods: C57BL/6J mice (n=340) were distributed in 5 sleep deprivation groups, 5 sleep rebound groups and 10 control groups. Animals underwent acute total sleep deprivation for 3, 6, 9 or 12 hours or chronic sleep deprivation for 6 hours for 5 consecutive days. Sleep rebound groups had the opportunity to sleep for 1, 2, 3, 4 hours after acute sleep deprivation or 24 h after chronic sleep deprivation. During the protocol, sleep attempts were counted as a sleepiness index. After euthanasia, blood was collected for corticosterone assessment. Results: Using the average group sleep attempts, it was possible to differentiate between sleepy (mean> group average) and resistant to sleepiness animals (mean < group average). Frequency of resistant mice was 65%, 56%, 56% and 53% for 3, 6, 9 and 12h of acute sleep deprivation, respectively, and 74% in chronic sleep deprivation. 52% of the sleepiness variance might be explained by individual variation during chronic sleep deprivation and 68% of sleepiness variance during acute sleep deprivation could be attributed to extended wakefulness. 6 h of acute sleep deprivation lowered plasmatic corticosterone. Conclusions: Different degrees of sleepiness in sleep deprived mice were verified. Sleep deprivation per se was the main factor explaining sleepiness during acute sleep deprivation whereas in chronic deprivation individual variation was more relevant.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa (AFIP)FAPESP: 2017/18455-5CNPq: 169040/2017-874 f.https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=8295189FERNANDES, Guilherme Luiz. Variabilidade individual da sonolência de camundongos submetidos à privação de sono aguda e crônica. 2019. 74 f. Dissertação (Mestrado em Psicobiologia) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2019.Dissertação - Guilherme Luiz Fernandes-A.pdfhttps://repositorio.unifesp.br/handle/11600/58746porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Homeostase do sonoSonolênciaPrivação de sonoSleep homeostasisSleepinessSleep deprivationVariabilidade individual da sonolência de camundongos submetidos à privação de sono aguda e crônicaIndividual variability of sleepiness in mice submitted to acute e chronic sleep deprivationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM)PsicobiologiaMedicina e Biologia do SonoPrivação de Sono em Seres Humanos e Modelos AnimaisORIGINALDissertação - Guilherme Luiz Fernandes-A.pdfDissertação - Guilherme Luiz Fernandes-A.pdfapplication/pdf1452763https://repositorio.unifesp.br/bitstreams/806898c9-d6df-43e2-a493-86ae8d0b5856/download2643a89839062e79126ea241fb6f0526MD5211600/587462024-02-15 09:08:04.338oai:repositorio.unifesp.br/:11600/58746https://repositorio.unifesp.brRepositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652024-02-15T09:08:04Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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