Poéticas devir-canto e leituras em vertigem: literatura menor forjada entre histórias da branquitude e mitopoéticas negras
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/11600/71254 |
Resumo: | O objetivo desta tese é investigar como se dá o cruzamento dos elementos constituintes da literatura menor (Deleuze; Guattari, 2017) com aspectos da poética devir-canto, desencadeando leituras em vertigem. As ideias de comunal, diaspórico e insurgente perpassam a poética devircanto em diferentes intensidades, forjando uma literatura que opera entre o registro tradicional das mitopoéticas negras e o regime literário das histórias da branquitude. A hipótese analítica sustenta que os livros nos quais os aspectos comunal, diaspórico e insurgente se articulam poética e sincronicamente nas linguagens verbal e não verbal tendem a potencializar uma poética devir-canto. Conceito em construção ao longo do texto, devir-canto deflagra a invenção como forma relacional na dinâmica composicional do objeto literário, favorecendo a desautomatização de percepções racializadas e operando em modo de coexistência das alteridades (Sodré, 2023). Para tanto, a pesquisa perscrutou o corpus de treze livros ilustrados contemporâneos, publicados como literatura infantil no Brasil, na última década, vislumbrando possíveis formas de leitura em vertigem destes livros. No primeiro capítulo analisam-se os conceitos estruturantes de literatura menor (Deleuze; Guattari, 2017) e heterotopia (Foucault, 2013); no segundo, desenvolve-se o conceito de devir-canto à luz do corpus; no terceiro, abordam-se as possibilidades inventivas de leitura destes livros, a partir das ideias de plataforma, andaime e trampolim, ancoradas na distinção entre origem e invenção (Foucault, 2002). |
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