Resistência anarquista no governo Vargas (1932-1935): entre a experiência corporativista no mundo do trabalho e o projeto libertário
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/65467 |
Resumo: | Esta pesquisa teve como finalidade analisar os exemplares (no: 01 ao 07 e do 30 ao 91) do periódico libertário A Plebe, publicados entre 1932 e 1935. Esses anos correspondem à parte do governo provisório e parte do governo constitucional de Getúlio Vargas, quando a questão social teve maior enfoque (se comparado ao período anterior) e algumas das leis trabalhistas foram gestadas. Contudo, elas foram embasadas em uma política corporativista que propunha a intervenção do Estado na relação entre capital e trabalho, indo de encontro à ideologia libertária que defendia a total autonomia para resolução de conflitos e a conquista de direitos, por meio da atuação no sindicalismo revolucionário. Assim, o objetivo geral foi compreender a experiência dos trabalhadores de tendência anarquista em relação ao estabelecimento das políticas trabalhistas, com ênfase na lei de sindicalização. Buscou-se entender a repercussão de tais mudanças sobre os militantes e trabalhadores, além da forma como estes se posicionaram tanto a elas quanto ao governo federal (mais especificamente a Vargas). Ademais, houve preocupação em verificar se a organização libertária e a luta em prol ao sindicalismo revolucionário conseguiram se manter de alguma forma mesmo diante aos ataques, ainda que indiretos, ao sindicalismo independente e com a crescente repressão policial sobre os trabalhadores, sindicatos e ao próprio jornal. Essa repressão foi interpretada como uma despreocupação aos direitos políticos e civis, apesar do inicial avanço nos direitos sociais com a instituição de órgãos responsáveis para o trato da questão trabalhista. O intuito foi dar visibilidade a uma parte da população, mais especificamente aos trabalhadores anarquistas que simbolizaram resistência na década de 30 frente à deslegitimação das formas organizativas da classe operária. |
id |
UFSP_e1aa62c6f2bd6c2d41a9a12277d1797d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unifesp.br/:11600/65467 |
network_acronym_str |
UFSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
repository_id_str |
3465 |
spelling |
Resistência anarquista no governo Vargas (1932-1935): entre a experiência corporativista no mundo do trabalho e o projeto libertárioTrabalhoSindicatoLeis trabalhistasAnarquismoCorporativismoRevolução SocialGetúlio VargasEsta pesquisa teve como finalidade analisar os exemplares (no: 01 ao 07 e do 30 ao 91) do periódico libertário A Plebe, publicados entre 1932 e 1935. Esses anos correspondem à parte do governo provisório e parte do governo constitucional de Getúlio Vargas, quando a questão social teve maior enfoque (se comparado ao período anterior) e algumas das leis trabalhistas foram gestadas. Contudo, elas foram embasadas em uma política corporativista que propunha a intervenção do Estado na relação entre capital e trabalho, indo de encontro à ideologia libertária que defendia a total autonomia para resolução de conflitos e a conquista de direitos, por meio da atuação no sindicalismo revolucionário. Assim, o objetivo geral foi compreender a experiência dos trabalhadores de tendência anarquista em relação ao estabelecimento das políticas trabalhistas, com ênfase na lei de sindicalização. Buscou-se entender a repercussão de tais mudanças sobre os militantes e trabalhadores, além da forma como estes se posicionaram tanto a elas quanto ao governo federal (mais especificamente a Vargas). Ademais, houve preocupação em verificar se a organização libertária e a luta em prol ao sindicalismo revolucionário conseguiram se manter de alguma forma mesmo diante aos ataques, ainda que indiretos, ao sindicalismo independente e com a crescente repressão policial sobre os trabalhadores, sindicatos e ao próprio jornal. Essa repressão foi interpretada como uma despreocupação aos direitos políticos e civis, apesar do inicial avanço nos direitos sociais com a instituição de órgãos responsáveis para o trato da questão trabalhista. O intuito foi dar visibilidade a uma parte da população, mais especificamente aos trabalhadores anarquistas que simbolizaram resistência na década de 30 frente à deslegitimação das formas organizativas da classe operária.Universidade Federal de São PauloToledo, Edilene Teresinhahttp://lattes.cnpq.br/8399485670405275http://lattes.cnpq.br/3321231659733365Silva, Maiara Puk Góes da [UNIFESP]2022-08-30T17:15:03Z2022-08-30T17:15:03Z2022-08-05info:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion228 f.application/pdfSILVA, Maiara Puk Góes da. Resistência anarquista no governo Vargas (1932-1935): entre a experiência corporativista no mundo do trabalho e o projeto libertário. Trabalho de Conclusão de Curso. Guarulhos, 2022, 228 f.https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/65467porGuarulhosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2024-08-11T21:36:23Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/65467Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652024-08-11T21:36:23Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Resistência anarquista no governo Vargas (1932-1935): entre a experiência corporativista no mundo do trabalho e o projeto libertário |
title |
Resistência anarquista no governo Vargas (1932-1935): entre a experiência corporativista no mundo do trabalho e o projeto libertário |
spellingShingle |
Resistência anarquista no governo Vargas (1932-1935): entre a experiência corporativista no mundo do trabalho e o projeto libertário Silva, Maiara Puk Góes da [UNIFESP] Trabalho Sindicato Leis trabalhistas Anarquismo Corporativismo Revolução Social Getúlio Vargas |
title_short |
Resistência anarquista no governo Vargas (1932-1935): entre a experiência corporativista no mundo do trabalho e o projeto libertário |
title_full |
Resistência anarquista no governo Vargas (1932-1935): entre a experiência corporativista no mundo do trabalho e o projeto libertário |
title_fullStr |
Resistência anarquista no governo Vargas (1932-1935): entre a experiência corporativista no mundo do trabalho e o projeto libertário |
title_full_unstemmed |
Resistência anarquista no governo Vargas (1932-1935): entre a experiência corporativista no mundo do trabalho e o projeto libertário |
title_sort |
Resistência anarquista no governo Vargas (1932-1935): entre a experiência corporativista no mundo do trabalho e o projeto libertário |
author |
Silva, Maiara Puk Góes da [UNIFESP] |
author_facet |
Silva, Maiara Puk Góes da [UNIFESP] |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Toledo, Edilene Teresinha http://lattes.cnpq.br/8399485670405275 http://lattes.cnpq.br/3321231659733365 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silva, Maiara Puk Góes da [UNIFESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Trabalho Sindicato Leis trabalhistas Anarquismo Corporativismo Revolução Social Getúlio Vargas |
topic |
Trabalho Sindicato Leis trabalhistas Anarquismo Corporativismo Revolução Social Getúlio Vargas |
description |
Esta pesquisa teve como finalidade analisar os exemplares (no: 01 ao 07 e do 30 ao 91) do periódico libertário A Plebe, publicados entre 1932 e 1935. Esses anos correspondem à parte do governo provisório e parte do governo constitucional de Getúlio Vargas, quando a questão social teve maior enfoque (se comparado ao período anterior) e algumas das leis trabalhistas foram gestadas. Contudo, elas foram embasadas em uma política corporativista que propunha a intervenção do Estado na relação entre capital e trabalho, indo de encontro à ideologia libertária que defendia a total autonomia para resolução de conflitos e a conquista de direitos, por meio da atuação no sindicalismo revolucionário. Assim, o objetivo geral foi compreender a experiência dos trabalhadores de tendência anarquista em relação ao estabelecimento das políticas trabalhistas, com ênfase na lei de sindicalização. Buscou-se entender a repercussão de tais mudanças sobre os militantes e trabalhadores, além da forma como estes se posicionaram tanto a elas quanto ao governo federal (mais especificamente a Vargas). Ademais, houve preocupação em verificar se a organização libertária e a luta em prol ao sindicalismo revolucionário conseguiram se manter de alguma forma mesmo diante aos ataques, ainda que indiretos, ao sindicalismo independente e com a crescente repressão policial sobre os trabalhadores, sindicatos e ao próprio jornal. Essa repressão foi interpretada como uma despreocupação aos direitos políticos e civis, apesar do inicial avanço nos direitos sociais com a instituição de órgãos responsáveis para o trato da questão trabalhista. O intuito foi dar visibilidade a uma parte da população, mais especificamente aos trabalhadores anarquistas que simbolizaram resistência na década de 30 frente à deslegitimação das formas organizativas da classe operária. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-08-30T17:15:03Z 2022-08-30T17:15:03Z 2022-08-05 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
SILVA, Maiara Puk Góes da. Resistência anarquista no governo Vargas (1932-1935): entre a experiência corporativista no mundo do trabalho e o projeto libertário. Trabalho de Conclusão de Curso. Guarulhos, 2022, 228 f. https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/65467 |
identifier_str_mv |
SILVA, Maiara Puk Góes da. Resistência anarquista no governo Vargas (1932-1935): entre a experiência corporativista no mundo do trabalho e o projeto libertário. Trabalho de Conclusão de Curso. Guarulhos, 2022, 228 f. |
url |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/65467 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
228 f. application/pdf |
dc.coverage.none.fl_str_mv |
Guarulhos |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNIFESP instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) instacron:UNIFESP |
instname_str |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
instacron_str |
UNIFESP |
institution |
UNIFESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
collection |
Repositório Institucional da UNIFESP |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
biblioteca.csp@unifesp.br |
_version_ |
1814268305624530944 |