O teto de vidro nas organizações públicas: evidências para o Brasil
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/8116 http://dx.doi.org/10.1590/S0104-06182013000300007 |
Resumo: | No Brasil, as mulheres ainda são raras nos altos postos de comando das organizações. A percepção desta situação por parte dos dirigentes, no entanto, nem sempre é clara. No serviço público, em particular, a atitude menos discriminatória nas contratações - já que o acesso ao emprego público depende, via de regra, de aprovação prévia em concurso -, e a garantia de igualdade de tratamento a integrantes de uma mesma carreira conduzem à impressão de que o teto de vidro seja menos pronunciado. Este artigo reúne evidências de que, a despeito de seu modo de recrutamento por concurso, as carreiras do setor público brasileiro tampouco escapam ao teto de vidro. A distribuição desigual das mulheres nas distintas instâncias hierárquicas das organizações públicas se faz notar tanto em âmbito administrativo quanto técnico. As práticas discriminatórias sozinhas não explicam o fenômeno, cujas raízes também devem ser buscadas nas intersecções entre vida doméstica e profissional. |
id |
UFSP_ee19346ad72ee0d8cab901a9ff7e6641 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unifesp.br:11600/8116 |
network_acronym_str |
UFSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
repository_id_str |
3465 |
spelling |
Vaz, Daniela Verzola [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)2015-06-14T13:46:47Z2015-06-14T13:46:47Z2013-12-01Economia e Sociedade. Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas, v. 22, n. 3, p. 765-790, 2013.0104-0618http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/8116http://dx.doi.org/10.1590/S0104-06182013000300007S0104-06182013000300007.pdfS0104-0618201300030000710.1590/S0104-06182013000300007No Brasil, as mulheres ainda são raras nos altos postos de comando das organizações. A percepção desta situação por parte dos dirigentes, no entanto, nem sempre é clara. No serviço público, em particular, a atitude menos discriminatória nas contratações - já que o acesso ao emprego público depende, via de regra, de aprovação prévia em concurso -, e a garantia de igualdade de tratamento a integrantes de uma mesma carreira conduzem à impressão de que o teto de vidro seja menos pronunciado. Este artigo reúne evidências de que, a despeito de seu modo de recrutamento por concurso, as carreiras do setor público brasileiro tampouco escapam ao teto de vidro. A distribuição desigual das mulheres nas distintas instâncias hierárquicas das organizações públicas se faz notar tanto em âmbito administrativo quanto técnico. As práticas discriminatórias sozinhas não explicam o fenômeno, cujas raízes também devem ser buscadas nas intersecções entre vida doméstica e profissional.In Brazil women are still underrepresented in upper-level positions in companies. This situation, however, is frequently not recognized by leaders. In public service, in particular, the adoption of more transparent recruitment practices and the egalitarian treatment to members of the same career may give the misleading impression that the glass ceiling phenomenon is less pronounced. This article gathers evidences that the concerns of the public sector with the adoption of more transparent recruitment practices do not prevent the persistence of hierarchical gender segregation among public employees. Female underrepresentation at the top of public organizations can be observed either in administrative and technical tasks. Discrimination practices alone do not explain the phenomenon, which is also rooted in the intersections between private and professional life.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de Política, Economia e NegóciosUNIFESP, Escola Paulista de Política, Economia e NegóciosSciELO765-790porInstituto de Economia da Universidade Estadual de CampinasEconomia e SociedadeDiscriminaçãoGêneroTeto de vidroSetor públicoDiscriminationGenderGlass ceilingPublic sectorO teto de vidro nas organizações públicas: evidências para o BrasilThe glass ceiling in public organizations: the case of Brazilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0104-06182013000300007.pdfapplication/pdf630559${dspace.ui.url}/bitstream/11600/8116/1/S0104-06182013000300007.pdf1f556d2fac2c8d8bcd6f7efa6d300867MD51open accessTEXTS0104-06182013000300007.pdf.txtS0104-06182013000300007.pdf.txtExtracted texttext/plain74894${dspace.ui.url}/bitstream/11600/8116/12/S0104-06182013000300007.pdf.txte2491b83933294576f172fa774049061MD512open accessTHUMBNAILS0104-06182013000300007.pdf.jpgS0104-06182013000300007.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg5853${dspace.ui.url}/bitstream/11600/8116/14/S0104-06182013000300007.pdf.jpgef3f463521dd0db178f484535ae742b0MD514open access11600/81162023-06-05 19:32:44.345open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/8116Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-05T22:32:44Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
dc.title.pt.fl_str_mv |
O teto de vidro nas organizações públicas: evidências para o Brasil |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
The glass ceiling in public organizations: the case of Brazil |
title |
O teto de vidro nas organizações públicas: evidências para o Brasil |
spellingShingle |
O teto de vidro nas organizações públicas: evidências para o Brasil Vaz, Daniela Verzola [UNIFESP] Discriminação Gênero Teto de vidro Setor público Discrimination Gender Glass ceiling Public sector |
title_short |
O teto de vidro nas organizações públicas: evidências para o Brasil |
title_full |
O teto de vidro nas organizações públicas: evidências para o Brasil |
title_fullStr |
O teto de vidro nas organizações públicas: evidências para o Brasil |
title_full_unstemmed |
O teto de vidro nas organizações públicas: evidências para o Brasil |
title_sort |
O teto de vidro nas organizações públicas: evidências para o Brasil |
author |
Vaz, Daniela Verzola [UNIFESP] |
author_facet |
Vaz, Daniela Verzola [UNIFESP] |
author_role |
author |
dc.contributor.institution.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Vaz, Daniela Verzola [UNIFESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Discriminação Gênero Teto de vidro Setor público |
topic |
Discriminação Gênero Teto de vidro Setor público Discrimination Gender Glass ceiling Public sector |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Discrimination Gender Glass ceiling Public sector |
description |
No Brasil, as mulheres ainda são raras nos altos postos de comando das organizações. A percepção desta situação por parte dos dirigentes, no entanto, nem sempre é clara. No serviço público, em particular, a atitude menos discriminatória nas contratações - já que o acesso ao emprego público depende, via de regra, de aprovação prévia em concurso -, e a garantia de igualdade de tratamento a integrantes de uma mesma carreira conduzem à impressão de que o teto de vidro seja menos pronunciado. Este artigo reúne evidências de que, a despeito de seu modo de recrutamento por concurso, as carreiras do setor público brasileiro tampouco escapam ao teto de vidro. A distribuição desigual das mulheres nas distintas instâncias hierárquicas das organizações públicas se faz notar tanto em âmbito administrativo quanto técnico. As práticas discriminatórias sozinhas não explicam o fenômeno, cujas raízes também devem ser buscadas nas intersecções entre vida doméstica e profissional. |
publishDate |
2013 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2013-12-01 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2015-06-14T13:46:47Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2015-06-14T13:46:47Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
Economia e Sociedade. Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas, v. 22, n. 3, p. 765-790, 2013. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/8116 http://dx.doi.org/10.1590/S0104-06182013000300007 |
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv |
0104-0618 |
dc.identifier.file.none.fl_str_mv |
S0104-06182013000300007.pdf |
dc.identifier.scielo.none.fl_str_mv |
S0104-06182013000300007 |
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv |
10.1590/S0104-06182013000300007 |
identifier_str_mv |
Economia e Sociedade. Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas, v. 22, n. 3, p. 765-790, 2013. 0104-0618 S0104-06182013000300007.pdf S0104-06182013000300007 10.1590/S0104-06182013000300007 |
url |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/8116 http://dx.doi.org/10.1590/S0104-06182013000300007 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.none.fl_str_mv |
Economia e Sociedade |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
765-790 |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNIFESP instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) instacron:UNIFESP |
instname_str |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
instacron_str |
UNIFESP |
institution |
UNIFESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
collection |
Repositório Institucional da UNIFESP |
bitstream.url.fl_str_mv |
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/8116/1/S0104-06182013000300007.pdf ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/8116/12/S0104-06182013000300007.pdf.txt ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/8116/14/S0104-06182013000300007.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
1f556d2fac2c8d8bcd6f7efa6d300867 e2491b83933294576f172fa774049061 ef3f463521dd0db178f484535ae742b0 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1802764128118374400 |